Valeria Contado
3 de outubro de 2023 - 6h30
“Nosso objetivo e nossa missão é criar a maior comunidade de propriedade de base de fãs do mundo”, Wolfgang W. Muller CEO da F2o (Crédito: Ricky /adobe-stock)
Nesta terça-feira, 3, estreia no mercado esportivo a F2o Sports Corporation. Fundada no Vale do Silício pelo CEO Wolfgang W. Muller e tendo Leo Learth como consultor de tecnologia e digitalização, a intenção da empresa é mudar a forma como as pessoas se relacionam com os esportes. O nome já revela os objetivos do grupo: tornar os torcedores donos (fan to owner).
Começando pelo futebol, mas com planos de atingir outras modalidades, a F2o chega com a proposta de descentralizar a tomada de decisões em clubes. Isso fará, na visão da empresa, com que os fãs tenham direito de opinar em momentos importantes de suas equipes.
“Queremos mudar este modelo ultrapassado de direito de propriedade desportiva que existe hoje e que existiu durante séculos. Nosso objetivo e nossa missão é criar a maior comunidade de propriedade de base de fãs do mundo”, explica o CEO.
Para que essa estrutura funcione, a F2o se baseia em três pilares. O primeiro é ser uma empresa global, formando uma comunidade. O segundo é, justamente, descentralizar o poder através da tecnologia. E, o terceiro, é como ordenar para que as pessoas participem do movimento por meio da digitalização. “Os times são controlados por cartolas, queremos inverter essa pirâmide”, analisa Learth.
Europa será a origem dos negócios
Esse movimento, como foi definido pelos dois executivos, será realizado a partir de uma rodada de crowdfunding sob o Regulamento Crowdfunding (Regulamento CF). Desse modo, os torcedores poderão participar da propriedade de um clube de futebol. A princípio, a empresa terá seu primeiro investimento na Europa.
Por ser um dos polos principais do futebol mundial, o Velho Continente, neste momento, está no foco da F2o. No entanto, a penetração das atividades da empresa deve ser global, fazendo com que qualquer torcedor possa participar da arrecadação de fundos. A abrangência deve se estender a pelo menos sete países, dentre eles Brasil e Argentina, na América do Sul.
“O futebol europeu é estruturado de uma forma que, se colocarmos capital e processos, podemos levar as equipes para outro patamar. Então é por isso que escolhemos primeiro lá, mas é uma questão de cultura”, avalia Leo Learth.
No entanto, o CEO afirma que o Brasil é um País que atrai o interesse da F2o, já que também tem uma cultura muito ligada aos esportes, especialmente ao futebol. “O que é tão atraente no Brasil é a cultura e a base de fãs e o quão apaixonados eles são por esportes. Agora temos que estar lá pelos torcedores”, projeta Wolfgang.
Como a F2o se apresentará ao mercado
Para começar sua rodada de arrecadação, a F2o traçou uma grande estratégia de comunicação, iniciada nesta terça, 3. No marketing, a marca quer levar emoção aos torcedores. Para isso, está programada a estreia de suas redes sociais, um website e uma estratégia com influenciadores. Além disso, um documentário produzido durante os últimos meses também faz parte dessa divulgação inicial.