Grupo Silvio Santos desiste de vender Jequiti à Cimed
Companhia disse que “não foi possível alinhar todos os interesses” junto à farmacêutica
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Bárbara Sacchitiello
27 de agosto de 2024 - 8h32
Após meses de tratativas, o Grupo Silvio Santos comunicou oficialmente nessa segunda-feira, 26, que encerrou as negociações com a Cimed para a possível venda da empresa de cosméticos Jequiti.
A informação do fim das conversas entre as duas portas foi dada em primeira mão pelo portal F5, da Folha de S.Paulo. Posteriormente, a assessoria de comunicação do Grupo Silvio Santos confirmou a informação à reportagem de Meio & Mensagem e divulgou um posicionamento sobre o tema.
“O Grupo Silvio Santos comunica que as tratativas para a venda da Jequiti à CIMED foram encerradas. Após um período de negociações e diálogo construtivo entre as partes, não foi possível alinhar todos os interesses envolvidos para concretizar o acordo”, diz a empresa.
No comunicado, o Grupo Silvio Santos reforça seu respeito à Cimed e diz que as empresas podem, no futuro, seguir como parceiras em futuras iniciativas. “A Jequiti continuará no seu projeto de transformação iniciado há 2 anos, impulsionada por uma estratégia voltada ao crescimento sustentável. No ano em que completamos 18 anos de existência, estamos confiantes de que os projetos e as ações em andamento demonstram a nossa maturidade e foco na rentabilidade dos negócios, e continuarão a pavimentar o caminho para um futuro ainda mais próspero para a companhia e para o Grupo”, encerra o texto.
De acordo com a reportagem do portal F5, o que impediu o Grupo Silvio Santos e a Cimed de assinarem acordo para a venda da Jequiti foi a divergência entre os valores. Ainda segundo a reportagem, a farmacêutica teria feito uma oferta de R$ 450 milhões pela empresa de cosméticos. O Grupo SS, porém, considerou o montante inferior ao valor de mercado da empresa e não houve acordo entre as partes.
A compra da Jequiti permitiria à Cimed ingressar no setor de venda direta, algo já citado pela farmacêutica como um objetivo estratégico. Em março deste ano, em convenção realizada para fornecedores, clientes e imprensa, a farmacêutica deixou claro sua pretensão de expandir os negócios.
Para o próximo biênio, o CEO da companhia, João Adibe, apresentou um plano estratégico de alcance da meta de R$ 5 bilhões em faturamento nos anos de 2024 e 2025.
Para além dessa projeção, a Cimed pretende atingir a liderança na área de consumer health no País, ultrapassando gigantes como L’Oréal, P&G e Hypera, que é a atual líder.
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