L’Oréal amplia apoio à representatividade racial
A multinacional de beleza patrocina ações educativas do Instituto Pretos Novos e abre espaço na agenda de inovação a produtos mais inclusivos
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Roseani Rocha
8 de setembro de 2022 - 13h21
Na última 3ª-feira, 6, a L’Oréal Brasil realizou um evento em sua sede no Rio de Janeiro, para anunciar o patrocínio ao Circuito de Oficinas de História e Cultura Afro-brasileira do Instituto Pretos Novos (IPN), que atua para preservar histórias africanas e afro-brasileiras.
Com isso, a companhia, por meio da Lei Municipal de Incentivo à Cultura, permitirá que o Instituto ofereça mais de 45 cursos focados na temática racial, que envolvem do próprio resgate histórico do local onde está instalado o Instituto, que na época da colonização foi porta de entrada para milhares de escravos, a pautas atuais em torno da discussão sobre o racismo estrutural no Brasil. Os cursos – ministrados por historiadores, sociólogos, jornalistas e outros profissionais – poderão ser acessados gratuitamente de forma online, na plataforma Sympla, e têm tradução em libras.
Além do compromisso social, uma questão simbólica aproxima a companhia do Instituto, já que a sede da L’Oréal também está localizada na mesma região da Zona Portuária do Rio de Janeiro que ficou conhecida como Pequena África.
Um evento para celebrar a parceria contou com as presenças da atriz Taís Araujo e da atriz e cantora Zezé Motta, embaixadoras, respectivamente, das marcas L’Oréal Paris e Vichy, além de Merced Guimarães, diretora-presidente do IPN; Marcelo Zimet, CEO da L’Oréal Brasil; e Márcia Silveira, head de diversidade, equidade e inclusão da L’Oréal Brasil.
“Essa é uma cadeira que está tomando corpo cada vez mais forte e está no centro da estratégia do negócio da companhia”, pontua Márcia, explicando que a L’Oréal organiza suas iniciativas em cinco causas (raça, PCD, LGBTQIAP+, equidade de gênero e gerações, que envolve tanto os públicos 50+ quanto jovens) e quatro pilares estratégicos (time interno; produtos; comunicações e impacto social). “Dentro do nosso pilar de pessoas, sempre fazemos diversas ações e uma delas é o letramento racial”, pontua para explicar a ação com o IPN e que o objetivo não é atingir apenas o público interno da L’Oréal, que tem 3.000 colaboradores, mas a sociedade como um todo.
Movimento que não tem volta
Os cursos têm um conteúdo bastante diverso e Márcia afirma que o objetivo é gerar uma “onda de positividade” e que sem diversidade a empresa não atinge seu propósito, que é “criar a beleza que move o mundo”. Nesse sentido, ela ainda destaca a participação da L’Oréal no Mover – Movimento pela equidade racial, que reúne 47 empresas, comprometidas com três grandes ambições ligadas a empregabilidade, uma relacionando empregabilidade e educação antirracista e as outras duas, metas para pavimentar caminhos que possam ampliar o número de pessoas pretas e pardas em posições de liderança, até 2030: ter três milhões de pessoas educadas corporativamente, com educação técnica, inglês etc., para que possam adentrar o mercado de trabalho melhor preparadas e chegar a 10 mil pessoas pretas e pardas em posições de liderança nessas 47 empresas até 2030.
Na L’Oréal, a situação no que diz respeito à equidade gênero é considerada boa, pois 61% do total de colaboradores é de mulheres e elas são 56% em cargos de liderança (supervisão para cima). No âmbito racial, no entanto, 36% dos colaboradores são negros. “Estamos numa crescente desde 2020. Em 2021, 49% das contratações foram de pessoas negras, pois existe uma intensidade e vontade em transformar”, pontua. Assim, a empresa esperar sair dos atuais 18% de pessoas pretas/pardas em cargos de liderança para 30%, até 2025.
Inovação a serviço de todas
As presenças de Taís Araújo e Zezé Motta ao evento, além obviamente de serem duas das personalidades negras femininas mais importantes do País, também se deveu ao fato de que elas são estrelas de marcas da L’Oréal que têm estado numa jornada de ampliação de portfólio para abarcar as demandas das consumidoras pretas e pardas, assim como outras necessidades.
Zezé, por exemplo, é uma das influenciadoras a divulgar o lançamento da linha Neovadiol Menopausa, da Vichy, com produtos que buscam reduzir os impactos na pele causados pela menopausa. Já Taís, é influenciadora para a linha Cachos Longos dos Sonhos, também lançada recentemente. “É uma linha de cuidado formulada especificamente para esse tipo de fio. Há uns dez anos, temos visto um movimento das mulheres assumindo seus cachos, mas muitas vezes, as próprias mulheres não reconheciam ou sabiam como tratar. A L’Oréal já teve algumas linhas e a diferença é que vem numa trajetória também de oferecer o produto certo, com a tecnologia certa”, afirma Laura Parkinson, diretora da marca L’Oréal Paris no Brasil.
Ainda segundo a executiva, isso melhorou após a inauguração no Brasil de um dos sete hubs de inovação que a companhia possui no mundo. E a diversidade é a agenda do momento, com produtos que entregam aquilo que a companhia prega, ou seja, o empoderamento através da autoestima. Ela enfatiza também o aumento dos investimentos em marketing e o fato de a comunicação da empresa ter mais de 60% de suas influenciadoras consideradas de grupos diversos.
Bom socialmente, bom para os negócios, já que essa maior abrangência também é considerada oportunidade. Sem citar números, Laura afirma que a receptividade à nova linha Cachos Longos dos Sonhos, por exemplo, está sendo duas vezes mais acelerada que as previsões.
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