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Met Gala 2025: como as marcas podem se engajar no evento?

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Met Gala 2025: como as marcas podem se engajar no evento?

Tradicional festa do Metropolitan Museu de Arte, de nova York, é uma oportunidade para as marcas se engajaram no buzz gerado nas redes sociais


2 de maio de 2025 - 14h34

Met Gala marcas

No Met Gala do ano passado, Maria Sharapova usou vestido feito com tecido da marca de roupas de cama Boll & Branch (Crédito: Reprodução/Instagram)

Com informações do Ad Age

Poucos eventos são tão exclusivos como o Met Gala, promovido pela fundação do Metropolitan Museu de Arte, de Nova York, e organizado pela Vogue. Mas isso não significa que as marcas não estejam convidadas.

O baile, marcado para o próximo dia 5, acaba sendo uma oportunidade para estrelas como Zendaya, Kim Kardashian e Blake Lively exibirem seus looks de alta costura e suas interpretações criativas. No entanto, o Met Gala também oferece aos anunciantes a chance de se engajarem nas conversas culturais do momento e aproveitarem as trends das redes sociais.

“A forma como o Meta Gala se organizou – não é apenas celebridades, sim a vanguarda das celebridades e da moda – cria o nexo entre essas duas coisas”, declara Art Tavee, cofundador do Creative Strategy Inc., que trabalha com marcas de moda e hospitalidade. “Ester presente mostra que você tem um incrível senso sobre o que é relevante hoje e amanhã”, acrescenta.

O evento do ano passado teve recorde de audiência. A transmissão do evento pela Vogue, feita pelo site da publicação, além dos canais no YouTube e TikTok, atraíram 74 milhões de views, um crescimento de 30% na comparação com 2023.

Apenas o TikTok registrou 13,6 milhões de espectadores, que acompanharam a transmissão ao vivo no perfil da Vogue. O evento da próxima segunda-feira marcará a quinta vez em que a Vogue transmitirá o baile, nos Estados Unidos.

O dress-code deste ano tem o tema “Tailored for You”, que anuncia o mote da próxima exposição do Costume Institute: “Superfine: Tailoring Black Style”, que acontece no Met entre os dias 10 de maio e 26 de outubro.

A Vogue declarou que a exposição é inspirada no livro “Slaves to Fashion: Black Dandyism and the Styling og Black Diasporic Identity”, escrito por Monica L.Miller, em 2009.

Os anfitriões do Met Gala desta segunda-feira, 5, serão Colman Domingo, Lewis Hamilton, A$AP Rocky, Pharrell Williams e Anna Wintour, editora-chefe da Vogue. LeBron James é o chair honorário.

Enquanto algumas marcas podem veicular anúncios durante o evento ou investir como patrocinadora, outras podem encontrar uma abordagem mais criativa, de acordo com especialistas.

“Há várias maneiras de as marcas podem explorar esse potencial sem ser um patrocinador, de fato”, disse Stacey Levine, consultora de marca que trabalhou com L’Oréal Paris no ano passado para o Met Gala. “Isso é fundamental para fazer parte da conversa cultural e ter seu nome associado com aquilo de que muitas pessoas estão falando”.

Mas o Met Gala de 2025 é um pouco diferente por uma razão. O evento acontece em meio a uma incerteza econômica para as marcas, incluindo estilistas que compram tecidos no exterior e que tem encarado agressivas tarifas, além de consumidores preocupados em ter acesso a itens do dia a dia. As marcas ansiosas para aproveitar o buzz do evento precisam ter cuidado para não parecerem insensíveis ao falarem de tamanha opulência.

“As pessoas têm sentido que o Met Gala está fora de sintonia nos últimos anos”, admite Levine. Mas ela acrescenta que os consumidores não veem as atividades das marcas de maneira isolada; se uma marca tem se mostrado conectada com a realidade, isso será aceito.

As pessoas já estão interessadas no Met Gala deste ano. Desde fo dia 4 de fevereiro, dia em que o evento foi anunciado, até o último dia 29 de abril, foram registradas 328.523 menções ao evento nas redes sociais e 7,22 bilhões de potenciais impressões. Os dados são da empresa de análise de mídias sociais Sprout Social. Que detectou, ainda, que 49% das impressões sobre o evento são positivas.

Abaixo, o Ad Age cita algumas dicas para as marcas que queiram aproveitar o evento:

Seja super criativo

Como o evento é o expoente máximo da moda, o céu é o limite para a criatividade, segundo os especialistas. Tavee observou que, embora o Met Gala tenha uma máquina de marketing, a maioria dos produtos não são vendáveis. “É a moda em seu estado mais extrema, mais criativa”, declarou. “É uma oportunidade para as marcas se divertirem e serem supercriativas com o que estão fazendo”.

No ano passado, a Gap apareceu com um vestido personalizado, feito pelo seu novo diretor criativo, Zac Posen, para a atriz Da’Vine Joy Randolph. O visual, feito inteiramente com o jeans da Gap, gerou burburinho para a grife.

“Sempre há os suspeitos de sempre — as grifes europeias e os grandes nomes — e então você vê uma marca que não é necessariamente conhecida por alta-costura, de repente, aparecer de uma forma inesperada”, disse Jennifer O’Brien, cofundadora da Creative Strategy Inc. com Tavee. Ela observou que a aparição provavelmente ajudou a impulsionar o recente renascimento da Gap entre os consumidores como uma marca em ascensão.

Lembre-se do tema do Met Gala

O tema do Met Gala de cada ano oferece uma maneira para as marcas serem elogiadas pela criatividade ou criticadas por errarem o alvo. Por exemplo, no ano passado, a marca de roupas de cama Boll & Branch entrou na onda ao firmar uma parceria com o designer Prabal Gurung para o material de um vestido de ateliê para a estrela do tênis Maria Sharapova. O envolvimento fez sentido devido ao tema do evento de 2024 — Belas Adormecidas: O Despertar da Moda, e seu código de vestimenta: O Jardim do Tempo — disse Scott Tannen, cofundador e CEO da Boll & Branch.

“Somos vistos como uma marca de roupas de cama, mas quando aparecemos no tapete vermelho do Met Gala, isso mudou repentinamente a forma como as pessoas nos viam”, disse Tannen. “Isso reforçou o fato de que, sim, vendemos roupas de cama, mas também atuamos na fabricação de tecidos bonitos, e isso ajudou a consolidar isso.”

Em relação ao tema deste ano em particular, as marcas devem agir com cautela, disseram os especialistas. Levine observou que o código de vestimenta “Tailored for You” e o tema “Tailored for Black Style” não são a mesma coisa.

“É importante ter essa distinção entre tema e código de vestimenta — você não quer se envolver em nada que remotamente possa ser visto comoapropriação cultural”, disse ela. “Uma maneira de participar dessa conversa cultural é fazer parceria com um influenciador ou estilista que faça parte dessa comunidade”, disse ela, destacando potenciais influenciadores negros ou críticos culturais que sejam autênticos em relação ao tema.

Não force o encaixe

As marcas precisam considerar se elas pertencem ou não aquela conversa, já que os consumidores não estão ali para ver publicidade ostensiva. Aquilo não é o Super Bowl, lembra Tannen.

“Todo mundo sabe que com um anúncio do Super Bowl você pode ser o mais extravagante e ousado possível, mas ao tentar entrar nesses espaços, marcas e anúncios não são bem-vindos”, disse ele. “É quase como uma violação de confiança com o consumidor”, continuou, dizendo que os espectadores estão assistindo porque amam moda, não porque querem publicidade.

O’Brien enfatizou a importância da autenticidade, especialmente para marcas que não estão na categoria de moda. Ela observou que os profissionais de marketing devem evitar clichês comuns do setor, como “fazer pose”, passarelas falsas ou outros clichês. Essa linguagem pode não agradar aos consumidores.

“É fácil perceber quando uma marca que não está no mundo da moda tenta fazer uma caricatura da moda”, disse ela.

Envolva-se por meio de um creator do universo do Met Gala

Uma estratégia testada e comprovada para engajamento é uma campanha em parceria com um estilista ou maquiador de celebridades. O estilista pode gravar alguns vídeos “de forma simples e prática” enquanto prepara o cliente para o evento, postar o conteúdo em seus próprios canais e a marca ampliará o esforço.

“Essa é uma tática que já existe há muitos anos, mas, desde que seja feita de forma autêntica e crível, continua funcionando”, disse Levine.

O’Brien disse que trabalhar com esses creatros, incluindo fotógrafos, mesmo de maneiras inesperadas, pode ajudar as marcas a explorar a empolgação do Met Gala e gerar “capital social”.

“Trabalhar com as pessoas que estão nessa conversa demonstra um nível de compreensão privilegiada desse mundo que o torna mais nativo ao contexto”, disse ela.

Tempo real na noite do Met Gala

Marcas que buscam um impulso no Met Gala devem trabalhar na noite do evento. Um membro da equipe pode postar suas próprias avaliações ou fazer parceria com um influenciador para recapitular looks do tapete vermelho em tempo real nas redes sociais da marca, por exemplo. Participar de uma transmissão ao vivo no Instagram ou no TikTok com comentários também é uma maneira barata de se envolver. Levine também sugeriu que as marcas organizem watch parties como uma estratégia de conteúdo social ou enviem kits para influenciadores.

“Para marcas de beleza que não têm orçamento ou não se organizaram a tempo, estar online e trabalhando em tempo real durante o Met Gala pode ser benéfico”, disse Levine.

Também há potencial para buzz pós-evento. No ano passado, ela trabalhou com uma marca de beleza para realizar um brunch alguns dias após o evento, onde influenciadores e estilistas ajudaram a destrinchar e recriar certos looks do evento.
“Há muitas maneiras de se envolver — pode aumentar ou diminuir dependendo dos recursos”, disse ela.

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