Mudança de logotipo da Coca-Cola Company teve toque brasileiro
Há quatro anos atuando na sede da companhia, em Atlanta, o designer Rapha Abreu fez parte do trio de profissionais que liderou o projeto
Mudança de logotipo da Coca-Cola Company teve toque brasileiro
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BuscarHá quatro anos atuando na sede da companhia, em Atlanta, o designer Rapha Abreu fez parte do trio de profissionais que liderou o projeto
Luiz Gustavo Pacete
7 de janeiro de 2019 - 6h00
Uma das mudanças mais importantes para a Coca-Cola Company, anunciada no fim de 2018, teve a participação de um brasileiro. A nova logomarca institucional da empresa, que foi aplicada globalmente, contou com a participação do carioca Rapha Abreu, diretor sênior de design global da empresa, que conduziu o projeto em parceria com outros dois profissionais diretamente da sede da Coca-Cola Company, em Atlanta.
Abreu está na Coca-Cola desde 2011 e em Atlanta há 4 anos. “Dentre todo o projeto a tipografia foi a mudança mais estratégica e o processo mais longo levando cerca de três meses. Chamamos o Neville Brody – um dos gurus em tipografia no mundo – para o desenvolvimento e vivenciamos um processo bem interessante e transformador. Queríamos uma fonte única e facilmente adaptável para todos os nomes das unidades de negócios (Coca-Cola Brasil, Coca-Cola México) ”, explica Abreu.
De acordo com Abreu, Brody fez um mergulho nos arquivos em Atlanta em materiais de comunicação internos e externos e foi catalogando todos os diversos desenhos de letras que um dia a Coca-Cola já usou em 130 anos de companhia.
“O objetivo foi extrair a nossa herança, nossa essência em tipografia e usá-la de inspiração para construção de uma nova fonte proprietária, contemporânea e ‘digital first’, com potencial de ser usada nos próximos 100 anos da nossa comunicação. Um trabalho minucioso e de inspiração histórica que gerou a TCCC Unity (The Coca-Cola Company Unity), nome que demos a nossa nova fonte.
“Em um primeiro momento, podem parecer letras muito simples, mas se você olhar no detalhe tem a nossa essência nessa tipografia”, defende Abreu. “O círculo significa falar de tempo. A interpretação é livre e pode ser de um dia, uma vida. As oito bebidas de diferentes categorias – suco, chá, refrigerante, lácteo, com e sem açúcar etc – reforçam que temos uma solução para cada momento, produtos para todos, e mostra a diversidade do portfólio. Para chegar à ideia, desenvolver o conceito, levamos duas semanas. É uma diretriz global que todas os países vão adaptar de acordo com seu portfólio”, explica.
Ainda segundo Abreu, a mudança nasceu da necessidade de a empresa ser mais abrangente com as demais marcas. “Coca-Cola continua sendo nosso principal produto, mas a companhia desenvolve muitos outros para atender as necessidades dos nossos consumidores. Para mover para a nova estratégia de empresa total de bebidas, precisávamos fazer essa desassociação entre a marca do produto e da companhia para acabar com a confusão. Assim, somos mais “justos” com as demais marcas do nosso portfólio. Temos marcas líderes, muito fortes, mas o peso da marca Coca-Cola sobre elas não ajudava na proposta abrangente da nossa companhia. Coca-Cola é de onde nascemos e temos muito orgulho, tanto que seguimos com ela no nome da empresa”, explica.
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