Natura renova Ekos e L’Occitane au Brésil adota pronúncia local
Marcas apresentaram novos produtos e embaixadoras: Gisele Bündchen, para Ekos, e o quarteto Grazi Massafera, Ivi Mesquita, Raissa Santana e Isabeli Fontana, na “L’Occitane Brasil”
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Roseani Rocha
30 de abril de 2021 - 6h00
Duas marcas icônicas no mercado de beleza nacional, no que diz respeito ao uso da biodiversidade brasileira como matéria-prima, anunciaram novidades nesta semana: a Natura e a L’Occitane au Brésil.
Nesta quarta-feira, 28, a Natura anunciou o relançamento de sua linha Ekos, que passou por reformulação de ingredientes e embalagens, além de ganhar produtos, que utilizam novos bioativos, como o hidratante e creme para as mãos de Tukumã ou o desodorante colônia à base de Estoraque (e feito com álcool orgânico).
Fernanda Rol, diretora de marketing da Natura, explicou que as linhas de hidratantes agora têm três vezes mais bioativos e até 98% de ingredientes naturais, o que os torna biocompatíveis com a pele humana e altamente biodegradáveis no ambiente. Todos têm embalagens ecoeficientes e tiveram o design remodelado. Principalmente com as mudanças nas fórmulas dos produtos, a companhia afirma estar inaugurando o conceito de “biobeleza” e escalou para divulgar a novidade uma ativista de peso global: Gisele Bündchen, que já há alguns dias vem falando sobre a marca em suas redes sociais.
“O conceito de biobeleza traz a consciência de que só vai ser bom para mim se for bom para o mundo”, disse Fernanda Rol, além de ressaltar que o relançamento reforça a vocação da marca de produtos que defendem a floresta em pé. Um exemplo, entre os muitos ingredientes de Ekos, foi a descoberta das propriedades emolientes da ucuuba, que estava quase em extinção, porque era utilizada para fazer vassouras. Já o Tukumã, disse, tem propriedades antissinais, porque combate a perda de ácido hialurônico, e a palmeira é conhecida como “fênix da Amazônia”, pois após queimadas, costuma ser das primeiras plantas a renascer.
Denise Hills, diretora global de sustentabilidade da Natura, destacou o processo produtivo cuidadoso da linha Ekos, com foco em manter o manejo florestal e cultivo que conserve espécies para as gerações futuras, assim como a repartição de benefícios com as comunidades amazônicas, pelo acesso ao patrimônio genético. Essa compensação em muitos casos ocorre por meio de investimentos em infraestrutura, capacitação profissional, valorização cultural na cadeia produtiva, com as comunidades escolhendo onde aplicar os recursos.
Já ao consumidor final que queira colaborar com a economia circular, todas as lojas físicas da Natura e The Body Shop recebem embalagens de produtos usados – a cada cinco delas, aliás, o consumidor recebe um produto novo, com exceção para frascos em miniatura e de amostras. Lançando em agosto de 2020, o programa de logística reversa também recebe nas lojas produtos das outras marcas da Natura & Co: Avon e Aesop.
Pronúncia local
Um dia após a Natura, ou seja, nesta quinta-feira, 29, foi a vez de a L’Occitane au Brésil apresentar novidades. Quem fez isso, ao lado da jornalista Valéria Almeida, foi Bruno Bettencourt, que em janeiro assumiu como diretor de marketing da marca franco-brasileira, mas que está querendo, cada vez mais, destacar a vida que tem do lado de cá do Atlântico. Tanto assim, que a primeira novidade anunciada por Bruno foi o fato de que na empresa, em sua comunicação, lojas etc. ela passará a poder ser pronunciada “L’Occitane Brasil”, já que muita gente se engasgava ou encabulava na hora de dizer o “au Brésil”. Questionado sobre se este seria um primeiro passo para uma mudança da marca em si, o executivo disse que não por enquanto, mas assim como a nova pronúncia atende a uma necessidade que foi sentida entre os consumidores, logo, é possível que o nome em si vá pelo mesmo caminho.
Outras novidades apresentadas foram a extensão da linha Bacuri, com dois novos produtos: manteiga corporal e creme de mãos com textura cremosa, sendo que a casa de fragrâncias (e sabores) Firmenich também participou conferindo um novo aroma à nova versão. Os produtos estarão disponíveis nas lojas e e-commerce a partir de junho.
Finalmente, foram convidadas a participar da conversa as quatro novas embaixadoras da marca: a bailarina Ivi Mesquita, a modelo Isabelli Fontana, a Miss Brasil 2016 Raissa Santana e a atriz e modelo Grazi Massafera (Ivi e Isabeli, na verdade, já tinham feito ações para a marca, a primeira, durante o Carnaval, e a segunda, ao apresentar a linha Ninfa das Águas Encanto). Com o time – duas mulheres brancas, duas negras e todas igualmente lindas – a marca diz buscar diversidade e a quebra de paradigmas. “A escolha desse time maravilhoso é calcada no que elas são na vida real, em seu lado humano e transparente”, pontua Bruno. “Me encaixo nesse time e ideologia da marca. É tão linda a forma como ela honra a natureza e o nosso feminino”, destacou, por sua vez, Grazi.
Também questionado sobre se o quarteto irá atuar junto nas campanhas, até para ressaltar essa diversidade, Bruno conta que seu desejo era que sim em todas as campanhas e momentos, mas reconheceu a dificuldade hoje para isso, desde espaço a questões contratuais. “Mas tentaremos fazer isso da melhor forma possível e ter equilíbrio”, acrescentou.
E sobre o desempenho da L’Occitane au Brésil nos primeiros meses do ano e perspectivas, num contexto de mercado ainda afetado pela pandemia, Bettencourt destacou que foram positivos ajustes feitos no negócio ano passado, em que 39 lojas que não eram rentáveis foram fechadas. Já no Natal de 2020, diz, a marca cresceu duplo dígito. E tem planos de expansão para 2021 de forma multicanal, com lojas, social selling e canais alternativos. Fará isso, no entanto, diz o diretor de marketing, respeitando a vida e a natureza do mundo neste momento. “Mas vemos um futuro muito brilhante. Esta é uma marca que vai conquistar cada vez mais o coração dos brasileiros”, pontuou.
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