Pessoas que comem sabão: uma breve cronologia

25 de janeiro de 2018 - 12h00

Por Jack Neff, do AdAge

Capsulas de sabão para roupas não são novidades no mercado estadunidense. Tampouco o problema de pessoas ingerindo esses produtos. Apesar disso, recentemente, um meme encorajando pessoas a fazer isso se tornou viral.

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Agora, marcas como Tide, da P&G, fabricante de uma das principais marcas de cápsulas de detergente que, sozinha, vendeu US$ 1 bilhão em cápsulas no ano passado, enfrentam o risco de uma reação negativa relacionada aos seus produtos.

Acompanhe uma breve cronologia do caso:

2012: As cápsulas entram no mercado.

2013: Mais de 10 mil crianças tentam comer o produto, que tem cores fortes, após possivelmente confundir com doces. Então, a P&G realiza mudanças na embalagem dos produtos para deixá-los mais seguros.

2015: O número de pessoas envenenadas com as cápsulas ultrapassa 12 mil, de acordo com a Associação Americana dos Centros de Controle de Envenenamento.

2016: A marca da P&G começa uma campanha de mídia para informar os perigos que as crianças correm ao comer o produto, e realiza mais mudanças na embalagem das capsulas. A taxa de intoxicação começa a cair.

Março de 2017: O canal CollegeHumor posta um vídeo informando os riscos de comer o produto. Na ocasião, o canal mostrou um rapaz comendo uma cápsula do detergente.

Dezembro de 2017: A prática se torna uma meme nas rede sociais, impulsionado por posts que realizavam brincadeiras com o produto.

Janeiro de 2018: O meme se transforma em uma desafio online e número de ligações a centro de controle de envenenamento aumenta vertiginosamente.

12 de janeiro de 2018: A empresa contrata o jogador do New England Patriots, Rob Gronkowski, para realizar um vídeo explicando que as cápsulas são feitas para lavar roupa, e não são comestíveis. A função de reprodução automática do YouTube apresentava vídeos do desafio junto com os de uma companhia que realiza doces que são parecidos com as cápsulas.

18 de Janeiro de 2018: O Google e o Facebook começam a realizar ações para restringir os vídeos encorajando a prática.

19 de janeiro de 2018: Parte dos problemas das redes sociais são resolvidos. A maioria dos vídeos do desafio é apagada, e o vídeo do canal CollegeHumor é restringido para maiores de 18 anos.

Tradução: Salvador Strano