Quatro coisas que a Puma aprendeu com influenciadores
Fábio Kadow, head de marketing da marca no Brasil, fala sobre a combinação entre atletas, artistas e criadores de conteúdo
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Luiz Gustavo Pacete
14 de novembro de 2017 - 8h28
O ano de 2014 entrou para a história recente da marca alemã Puma como um divisor de águas em termos de estratégia de marketing digital. A parceria iniciada com a cantora Rihanna possibilitou um processo de aprendizado em focar mais em espontaneidade do que em campanhas tradicionais. Muito do crescimento recente das vendas globais da marca, aproximadamente 17% no terceiro trimestre de 2017, estão associadas a esse movimento.
A influência da cultura sneaker no Brasil
O posicionamento global se estendeu para a operação no Brasil que desenvolveu parcerias com brasileiros como Ludmilla, Leo Picon, Gabbi Rippi, Rogério Sthanke, Marcio Atalla, Karina Oliani, a criadora do Ballet Fitness Betina Dantas, e diversos jogadores de futebol como Jadson do Corinthians e Moises do Palmeiras. Globalmente, além de Rihanna, a marca vem trabalhando com The Weeknd, Selena Gomes, New York City Ballet, Big Sean, Cara Delevingne, Antoine Griezmann, Buffon, entre outros.
De acordo com Fábio Kadow, head de marketing da Puma no Brasil, é normal que, no início do trabalho com Rihanna, fosse natural pensar na cantora como uma garota-propaganda nos moldes tradicionais. Algo que, com o tempo, foi mudando, tendo em vista o processo de aprendizado em se relacionar com ela e a necessidade de construir um relacionamento baseado em cocriação.
“O que buscamos hoje, seja com uma cantora com o a Rihanna ou qualquer outro influenciador que se transforma em um parceiro nosso, é verdade. Com todo cuidado de que as ações não lembrem os modelos tradicionais e levem autenticidade ao público-alvo”, diz Fábio. Segundo ele, a marca entendeu, em seu reposicionamento, o valor do storydoing e o adotou como premissa para nortear a estratégia daqui em diante. O trabalho com os influenciadores se complementa às ações que a marca desenvolve com celebridades e com os atletas de alto rendimento.
Fábio, que é jornalista de formação e tem passagem por diversos veículos como Vogue e Carta Capital, agências como Nova S/B e Ideal, além de marcas como Avon, conta que o atual momento em relação a influenciadores é o desafio da construção de relacionamentos. “Hoje, leva-se mais tempo para construir uma relação com um influenciador. É preciso conhecer, entender se ele se identifica com a marca. E construir algo junto. Vivemos uma ressaca de um momento de muitas opções. Mas apesar de ser uma ação digital, o processo de escolha precisa ser cada vez mais off-line”, diz Fábio.
E trabalho não deve faltar aos influenciadores da marca nos próximos meses. A Puma comemora, em 2018, o aniversário de 50 anos de um dos modelos mais representativos de sua história, o Suede. Lançado em 1968, o modelo foi um divisor de água para a marca já que reunia elementos da música e da cultura em um momento importante do ponto de vista cultural para o movimento rapper nos Estados Unidos. “Nosso objetivo é lançar, no próximo ano, 50 modelos em processo de cocriação com celebridades, atletas e marcas”, diz Fábio.
O executivo destaca quatro pontos do aprendizado da Puma com os influenciadores:
Verdade
“Nosso objetivo não é dizer qual tênis é o melhor para cada pessoa, mas criar um ambiente em que o consumidor tenha confiança necessária para tomar sua própria decisão. E quando nos aproximamos dos influenciadores digitais o principal objetivo é justamente o de buscar essa verdade e autenticidade de quem, de fato, gosta e usa a marca”
Relacionamento
“Ainda que as ações sejam feitas no mundo digital, o grande esforço é em conhecer pessoalmente esses influenciadores. Nós o levamos até nosso showroom. Conversamos e entendemos se vai ser algo legal para ambos. Precisa existir cumplicidade. Não é apenas mandar um modelo e ficar por isso mesmo.”
Storydoing
“É muito menos sobre campanhas de publicidade e muito mais sobre produzir conteúdo relevante e ter algo autêntico para contar. E isso é um processo cada vez mais forte dentro da nossa estratégia.”
Respeito
“Influenciadores são pessoas e não mídias. Por mais óbvio que pareça essa distinção é importante deixar claro que a questão aqui é respeitar o estilo, os limites e a essência de cada um dos influenciadores.”
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