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WeWork pede recuperação judicial nos Estados Unidos

Situação da companhia de coworking envolve os Estados Unidos e Canadá e não afeta o Brasil e a América Latina


7 de novembro de 2023 - 12h53

Atualizada às 17h31

A WeWork, startup de escritórios compartilhados, entrou em recuperação judicial na última segunda-feira, 06. O pedido de proteção contra falência, chamado de Capítulo 11 nos Estados Unidos, foi feito no tribunal federal da cidade de Nova Jersey.

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Pedido de recuperação judicial da WeWork vale para espaços do Canadá e EUA (Crédito: nmann77-AdobeStock)

Segundo a empresa, o processo limita-se às dependências da WeWork nos Estados Unidos e no Canadá. Em nota à imprensa, o o CEO David Trolley apontou que a startup segue comprometida a investir em produtos, serviços e equipe de funcionários de classe mundial para apoiar a comunidade – apesar de ter relatado passivos entre US$ 10 bilhões e US$ 50 bilhões, conforme indica o pedido.

Após a notícia do pedido de recuperação judicial, a WeWork Latam divulgou comunicado em que afirma que a situação não interfere em sua operação na região da América Latina (incluindo o Brasil).

A WeWork contabiliza mais de 700 escritórios pelo mundo. No Brasil, a empresa tem 27 espaços espalhados pelo Rio de Janeiro, São Paulo e Belo Horizonte, bem como em Porto Alegre. Já na América Latina, a companhia opera na Argentina, Costa Rica, Chile, Costa Rica, Peru e outros.

“Essa ação não tem impacto nos nossos membros, seus vínculos, serviços ou acesso aos nossos prédios na América Latina. Não causa nenhuma mudança nem exige qualquer ação.”, diz a WeWork. A companhia reforça, ainda que os franqueados da WeWork em todo o mundo não são afetados pelo pedido de recuperação judicial da WeWork Inc.

Em setembro, o CEO da WeWork Inc. anunciou que trabalhava em um processo global com os proprietários a nível global para renegociar cerca de US$ 16 bilhões em obrigações de arrendamento de longo prazo. As informações são da Comissão de Segurança e Câmbio dos Estados Unidos.

WeWork ao longo dos anos

Adam Neumann fundou a WeWork em 2010 e a empresa alcançou uma avaliação de R$ 47 bilhões em seu melhor momento. Em 2017, o SoftBank investiu US$ 100 bilhões no negócio por meio do Vision Fund.

Já no ano de 2019, a empresa decidiu abrir capital. O pedido de IPO indicou que a organização havia perdido capital no ano anterior e estava prestes a esgotar o caixa que restava. A movimentação só ocorreu, de fato, em 2021. Ainda, a pandemia foi um agravante para os negócios, uma vez que forçou indivíduos no mundo todo a trabalhar de casa.

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