Além do prêmio: os esforços do Grammy em prol da música latina

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Além do prêmio: os esforços do Grammy em prol da música latina

Em viagem ao Brasil, Manuel Abud, CEO da Academia Latina da Gravação, quer estreitar laços com ecossistema nacional e incentivar demais iniciativas da entidade

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10 de agosto de 2022 - 6h00

Em novembro acontece a edição 2022 do Grammy Latino, premiação que acontece desde 2000 e que tem como objetivo celebrar e reconhecer a herança cultural musical da América Latina. Neste ano, uma das homenageadas será Rita Lee, que receberá o Prêmio de Excelência Musical.

A instituição por trás da realização do evento é a Academia Latina da Gravação, uma organização internacional sem fins lucrativos reconhecida como autoridade global no segmento.

 

Manuel Abud durante a Latin Grammy Acoustic Sessions (Crédito: The Latin Recording Academy/Mauricio Santana)

O posto de CEO da instituição é ocupado por Manuel Abud desde agosto do ano passado e, recentemente, esteve no Brasil em sua primeira viagem depois de assumir o cargo para dar início a uma série de ações que demonstram o trabalho contínuo da Academia por trás das câmeras do Grammy. “Meu trabalho é realmente tentar construir essa ponte entre os criadores latinos e brasileiros. Minha missão aqui é, antes de tudo, ouvir. Tenho me reunido com líderes do setor, com criadores e músicos”, afirma ele.

Entre os compromissos de Abud no País esteve o Latin Grammy Acoustic Sessions. O evento aconteceu recentemente no escritório da Meta, em São Paulo, da qual participaram as cantoras Agnes Nunes, Giulia Be, Luísa Sonza, Manu Gavassi e Paula Lima. A parceria com a big tech é uma forma de, além de incentivar a música brasileira no cenário cultural latino-americano, servir como base para a produção de conteúdo rumo ao fomento da digitalização da entidade.

“Seja com a Meta, no Facebook, com o TikTok ou com outras plataformas digitais, o que tentamos fazer é ter certeza de que somos relevantes em cada plataforma”, diz o CEO. “Não tentamos fazer uma produção que caiba em tudo, mas sim, tentamos criar conteúdo em parceria com as plataformas de forma que possamos nos conectar com o usuário”, completa.

A transformação é vista como uma das prioridades da Academia, contudo, sem perder a essência do que ela representa para o cenário, representando a excelência da música latina independentemente do meio. De acordo com Abud, apesar da mudança de consumo de música por parte do público, potencializada pela ascensão das plataformas digitais, a intenção é respeitar todos os gêneros e proporcionar um espaço para os criadores de música nesses locais para engajar diferentes audiências a partir de diversas ferramentas.

 

Giulia Be, Paula Lima, Luisa Sonza, Manu Gavassi (Crédito: The Latin Recording Academy/Mauricio Santana)

 

Empoderamento pela aprendizagem

O mesmo padrão de excelência é mantido ao firmar parcerias com marcas. Uma das iniciativas da entidade é a Latin Grammy Culture Foundation, considerada pelo executivo como a “missão interna” da Academia. A organização beneficente, também sem fins lucrativos, visa apoiar, promover e incentivar o reconhecimento internacional e valorização da música latina e de seus criadores. Para isso, a entidade filantrópica providencia bolsas de estudo, subvenções e programas educacionais para jovens artistas da região.

“Acreditamos que o talento se espalha universalmente, mas as oportunidades não. Assim como o que tentamos fazer com a Latin Grammy Cultural Foundation é oferecer cada vez mais oportunidades aos aspirantes a músicos”, declara o CEO. A iniciativa já angariou US$6,5 milhões, que foram destinados a estudantes, escolas de música e pesquisadores, entre outros, em todo o mundo. Além de artistas e doadores independentes, a fundação funciona com o apoio de patrocinadores, entre eles nomes como Mondelēz, Ford, The Walt Disney Company e Spotify.

O objetivo é atrair marcas que vejam o potencial das ações para além do Grammy. “Temos nossa própria maneira de fazer as coisas, de celebrar a música e a excelência – e se isso for atraente para uma marca, adoraríamos trabalhar com ela, tudo com o que chamamos de conformidade com a marca. E, para nós, marca é sobre excelência, integridade e diversidade”, detalha Abud. “Não buscamos o lucro, mas isso não significa que não somos um grande veículo para que elas [as marcas] se aproximem do público da música e ganhem dinheiro. Isso não é um pecado, é o nosso trabalho”, finaliza.

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