Campeonato Carioca faz Record movimentar negócios
Thomaz Naves, diretor comercial e de Marketing da RecordTV Rio, avalia o retorno do esporte à grade, que já rendeu cinco patrocinadores à emissora
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Valeria Contado
22 de março de 2021 - 6h00
No dia 2 de março, a Record TV Rio transmitiu sua primeira partida do Campeonato Carioca, direto do Maracanã. O jogo entre Flamengo X Nova Iguaçu foi exibido para 26 cidades brasileiras atraindo mais olhares para o Cariocão. Até o ano passado, os direitos do Campeonato Carioca pertenciam à Globo, que rompeu a parceria com a Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro em julho de 2020.
Nesta estreia, o canal registrou audiência consolidada de 14 pontos, com picos de 16, apenas no Rio de Janeiro, o que representou um crescimento de 102% em sua audiência (segundo informações do UOL Esporte).
A força da competição em outras regiões do Brasil – especialmente Norte, Nordeste e Centro-Oeste – gerou o interesse de outras praças, que receberam da emissora carioca os direitos de transmissão e comercialização do conteúdo. A Record TV aposta, ainda, em ações especiais para que as transmissões e seus patrocinadores ganhem ainda mais força no cenário do futebol nacional.
As transmissões contam com uma equipe de jornalistas formadas pelo narrador Lucas Pereira, comentários de Gutemberg Fonseca, ex-árbitro da Fifa, do ex-jogador Ricardo Rocha, além da apresentadora Mylene Ciribeli e dos repórteres Aline Pacheco, Bruna Dealtry e Fábio Peixoto.
Em entrevista ao Meio & Mensagem, Thomaz Navez, diretor comercial e de Marketing da Record TV Rio, fala sobre a importância da retomada do futebol à grade. “Vamos entregar esse campeonato com muita qualidade, muito afinco, muita vontade de acertar, porque este é o nosso DNA. É o DNA Record TV Rio: fazer com que tudo o que a gente coloque a mão, a gente coloque também excelência, experiência, nosso conhecimento, nosso coração. Para que o telespectador carioca tenha acesso aos seus clubes de coração e ao campeonato mais charmoso do Brasil.”
Qual a importância de trazer a transmissão do Carioca para a Record TV?
É de suma importância atender a todos os desejos e anseios do nosso telespectador. E nós já atendemos a estes desejos super bem: com informação, jornalismo transparente, profundo, investigativo e com entretenimento. Além da teledramaturgia, com nossos programas de auditório, proporcionamos diversão para o telespectador. Temos também os realities, que transformaram a audiência e que são programas que atraem a atenção do público pela forma como revelam sobre as pessoas, suas reações, como se sobressaem em situações de stress, tensão, convívio com o desconhecido, com o confinamento. Atendíamos a todos estes aspectos, mas não atendíamos na questão do esporte. E agora, a Record TV Rio conseguiu ocupar essa lacuna, levando o Campeonato Carioca para os nossos telespectadores.
Que tipos de ações vocês vêm realizando para atrair o público?
No primeiro momento, temos a própria emissora, nosso canhão de audiência e alcance. Estamos usando a força do jornalismo regional para divulgação. Somos uma das emissoras com o maior volume de produção de jornalismo local. Temos quase oito horas de jornalismo local e contamos com a força dos nossos apresentadores, nossos “TV influencers”. Desde a manhã, com nosso Wagner Montes Filho, passando para a hora do almoço com o nosso genial Tino Jr, com sua força, carisma, até o fim de tarde, no Cidade Alerta, com nosso Ernani. Também nos sábados, no Balanço Geral de sábado, somos uma força de jornalismo. Estamos usando isso para conscientizar o telespectador de que temos essa propriedade e que essa propriedade vai ser apresentada a ele. Em um segundo momento iremos para a rua também. Precisamos ampliar essa informação para outros telespectadores que não necessariamente estão conectados ao canal.
No âmbito comercial, como foi a receptividade de patrocinadores?
Como eu previa, o futebol é a paixão nacional. E, consequentemente, também atrai a paixão de muitas marcas. E, apesar do curto tempo para comercialização, tivemos um êxito impressionante. Já conseguimos vender cinco cotas de patrocínio. Só temos mais uma cota disponível. São hoje nossos patrocinadores Governo do Estado do Rio de Janeiro, TIM, BRB, AMBEV e CCR. Estamos na reta final da negociação da última cota, com três patrocinadores interessados. Tivemos 20 dias para vender as cotas. Diria que foi a comercialização feita de forma mais rápida na minha história de vida profissional.
Como vem sendo a exposição dessas marcas nos jogos?
A exposição das marcas está sendo espetacular e o feedback que estamos recebendo está sendo muito positivo. E ainda vem muita novidade por aí, com ações diferenciadas a partir de agora. Como as cotas foram vendidas muito próximas do início do campeonato, temos algumas empresas que estão desenvolvendo suas ativações comerciais que entrarão no ar à medida que forem aprovadas por suas áreas de marketing. O BRB, que foi um dos primeiros a fechar conosco, já está tirando proveito do patrocínio, através do seu cartão rubro-negro. O Governo do Estado também, através do Campeonato Carioca, está reforçando sua carga total na conscientização da população sobre a importância dos cuidados da Covid e das vacinas que estão sendo disponibilizadas para a população.
Já faz algum tempo desde a última transmissão esportiva realizada pela emissora, tivemos as Olímpiadas, mas nada exclusivamente voltada ao futebol. Em termos de transmissão, o que muda de um evento que contempla o esporte como um todo, para um voltado exclusivamente ao futebol?
A última transmissão da Record TV Rio foi em 1997. Já estávamos há 23 anos sem futebol. É um motivo de muito orgulho essa oportunidade de ter de volta esse esporte tão querido pelo brasileiro, especialmente pelo carioca, que ama o futebol e ama ver os seus clubes na nossa tela. O que muda agora é nossa expertise. Há muito tempo não fazíamos transmissões de futebol e por isso agora todo nosso foco está em transmitir esse produto da melhor forma possível. Com novos diferenciais. Não acreditamos que precisamos fazer como a concorrente fazia, ou seja, por mais que tenha sido feito com maestria nos últimos anos, acreditamos que podemos – e devemos – agregar novidades, transformar as transmissões em uma coisa mais lúdica. Os estádios estão sem acesso ao torcedor, então por que não transformar o estádio em uma festa, em entretenimento para o torcedor? Neste momento em que o telespectador está em casa, achamos importante transformar os intervalos em uma coisa mais lúdica, mais alegre, que tem tudo a ver com o espírito do carioca.
Vocês pensam em investir, mais para frente, em outras modalidades (como futebol de base, ou feminino), ou até mesmo em outros esportes?
Estamos sempre abertos. Se vamos investir, o futuro a Deus pertence. Se houver uma oportunidade crível que esteja adequada à nossa grade de programação e com aderência comercial, estaremos sempre analisando. Como fizemos com o beach tennis, por exemplo, que é um esporte que sempre investimos com êxito impressionante. O Mundial de Beach Tennis do Rio, patrocinado por nós, já é considerado o melhor evento de beach tennis no mundo com êxito comercial total nas duas edições.
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