Após Uomo, Editora Carbono volta a publicar Donna
Título feminino da Editora Carbono retoma a circulação com pegada sustentável, público-alvo mais jovem e crença no conteúdo de nicho
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Thaís Monteiro
18 de agosto de 2023 - 14h40
Este mês, a Editora Carbono voltou a publicar o título Carbono Donna, revista da editora voltada ao público feminino.
Essa é a segunda fase da publicação, que teve sua estreia no final de 2019, mas parou de circular durante a pandemia de Covid-19. Com o retorno, o título visa conquistar um novo público, com metas sustentáveis e novos relacionamentos com o mercado publicitário.
O retorno da Carbono Donna acontece em uma edição que estampa na capa a atriz Paolla Oliveira sem uso de filtros ou alterações de imagem. No conteúdo, o título também se propõe a abordar outras temáticas atuais, como sustentabilidade, impactos ambientais, conscientização, tecnologia, empreendedorismo, governança corporativa e transparência.
O tema sustentabilidade ganha a editoria Carbono Zero, na qual são exploradas iniciativas de empresas no âmbito ESG. Além disso, a editora adotou práticas sustentáveis no uso de papel, tinta e outros elementos que agridam menos o ambiente. Assim como a Carbono Uomo, a Donna terá entregas feitas por bicicletas em algumas localidades. Segundo a publisher da editora, Lili Carneiro, a empresa destina parte da renda para instituições sociais.
Por outro lado, seguindo a temática social e sustentável, o público-alvo também mudou. Conforme dados da editora, antes voltada ao grupo de mulheres 35+, o título agora quer atrair o público 25+. “Isso é um reflexo de um amadurecimento social em relação a questões de desenvolvimento sustentável e futuro consciente”, justifica a executiva.
Atualmente, o público da Carbono Donna é formado por mulheres das classes A e B. Já o público da Carbono Uomo é formado por homens (60%) e mulheres (40%) das mesmas classes. São 126 mil leitores entre empresários, executivos, consumidores e clientes em potencial do mercado de luxo a partir de 25 anos.
Pensando no retorno da publicação impressa, a editora teve que realizar um trabalho de aproximação com o mercado publicitário e clientes. O time comercial, comandado por Fábio Justos, realizou reuniões de apresentação e prospecção durante um ano para apresentar as novidades dos títulos. “Eram muitas novidades para o mercado absorver, então, tínhamos uma planilha de passo-a-passo para ir mostrando ao setor nossos principais pontos sem sermos muito incisivos, demandando deles uma rápida absorção. Fizemos tudo em uma dinâmica prolongada, prazerosa e conclusiva”, descreve Lili.
Outra frente de negócios importante para a editora – a de eventos – também sofreu paralisação durante a pandemia e ainda não foi retomada. Segundo a publisher, a empresa decidiu cessar os esforços nessa área por ora e voltar a atenção para o impresso, sejam as revistas proprietárias ou as customizadas para empresas.
Atualmente, 85% da tiragem da publicação é distribuída para um mailing e a receita da editora é majoritariamente publicitária. Apesar disso, a empresa realiza vendas em algumas bancas e livrarias. A tiragem é de 18 mil exemplares para cada título.
Apesar do segmento de revistas estar em queda, Lili Carneiro acredita que há futuro nesse mercado enquanto produto de nichos. “Uma revista com informações breves e superficiais pode ser facilmente substituída por uma plataforma digital. Mas, quando se tem um papel de toque especialíssimo, um manuseio agradável, páginas repletas de conteúdo aprofundado, um projeto gráfico de encher os olhos, símbolos e fontes que se complementam, é uma experiência que transcende a leitura em si. É nisso que nos baseamos”, defende.
De acordo com a executiva, quando a pandemia teve início, novas edições de ambas as revistas estavam prontas para distribuição. Diante das dificuldades com correios, distribuidoras e clientes que não podiam receber materiais externos, a Carbono optou por paralisar a entrega dos impressos.
Além disso, o conteúdo não teve continuidade no digital, como fizeram outras publicações do formato. Segundo Lili, o ambiente digital não combina com a linha editorial e posicionamento de ambos, Uomo e Donna. “Apesar de sermos uma plataforma 360º, nosso foco sempre foi o impresso. A apuração detalhada das pautas, assuntos exclusivos, sempre com fotos inéditas, textos bem elaborados por repórteres especializados, convidados únicos e temáticas especiais. Isso tudo é muito diferente do que se vê hoje em canais digitais, onde a informação é mais rápida e rasa. Gostamos de ir a fundo em nossas apurações e o online em geral não tem espaço para isso. Precisamos do ambiente impresso para apresentar nossas realizações e nosso online é um resumo do que fazemos fora do mundo virtual”, justifica.
Assim, a empresa decidiu doar as tiragens impressas antes da pandemia (30 mil revistas) para instituições de leitura e estabelecimentos comerciais. Somente no final de 2022, a Carbono Uomo voltou ao mercado. A editora optou por publicr o título masculino por acreditar já tem mais intimidade com esse público, com o qual já lida há sete anos, bem como com o mercado publicitário. “Com o retorno de duas edições de Uomo, tivemos tempo para preparar o mercado para o relançamento de Donna”, coloca a publisher.
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