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Disney+ irá incorporar conteúdo do Hulu em sua plataforma

De acordo com o CEO, Bob Iger, a Disney pretende lançar um único app de streaming combinando o conteúdo do Disney+ e do Hulu


11 de maio de 2023 - 10h11

*Da Bloomberg News com Parker Herren, do Ad Age

O Disney+ irá incluir o conteúdo do Hulu em sua plataforma. O comunicado foi feito pelo CEO, Bob Iger, em uma teleconferência de resultados depois que a gigante da mídia divulgou números de vendas e lucro no segundo trimestre.

A performance está em linha com as expectativas de Wall Street. Foi identificada uma perda menor do que o esperado no negócio de streaming de TV.

Disney+ e hulu

Bob Iger, CEO da Walt Disney Company, anunciou a incorporação de conteúdo do Hulu ao Disney+ (Crédito: Mika Baumeister/Unsplash)

O segmento de streaming da Disney, que inclui o principal serviço Disney+, registrou prejuízo de US$ 659 milhões, informou a empresa na quarta-feira. Isso é significativamente menor do que os US$ 850,3 milhões projetados pelos analistas e menos da metade do que era há apenas dois trimestres. 

Em ligação com investidores, Iger anunciou que a empresa lançará uma opção de um único app de streaming que mesclaria o conteúdo do Hulu ao do Disney + até o final de 2023. O CEO apontou que a plataforma permitirá que a Disney monetize ainda mais seus negócios de publicidade.

O anúncio do executivo ocorre no período em que a Disney se aproxima do prazo para comprar a participação de 33% da Comcast, embora a companhia ainda não tenha chegado a uma decisão oficial.

Segundo o CEO, a Disney conquistou mil novos anunciantes ao seu negócio de streaming em 2022, elevando seu número total de parceiros para 5.000. Mais de um terço desses anunciantes estão comprando o inventário de streaming da Disney de forma programática ou por meio de plataformas de compra automatizadas em tempo real.

A empresa aponta, ainda, que todas as categorias cresceram em transações programáticas no ano a ano, com uma força particular em bens de consumo, varejo, automóveis, tecnologia e telecomunicações. O impulso de mídia programática da Disney pode ser um benefício para os anunciantes que desejam direcionar orçamentos ao longo do tempo e com mais flexibilidade devido a incertezas econômicas.

Streaming suportado por anúncios

A Disney introduziu uma assinatura suportada por anúncios para o Disney+ em dezembro, aumentando o custo da versão sem anúncios em 38%, para US$ 11 por mês. Embora represente um aumento na receita, a mudança parece estar pesando. As assinaturas pagas do Disney+ caíram pelo segundo trimestre consecutivo para 157,8 milhões. Analistas esperavam 163,1 milhões.

A receita total da empresa aumentou 13%, para US$ 21,8 bilhões, no período encerrado em 1º de abril, impulsionada pelo forte desempenho dos parques temáticos da empresa. O lucro ajustado de 93 centavos por ação diminuiu em relação ao mesmo período do ano passado. 

A unidade de resorts e produtos aumentou a receita em 23%, para US$ 2,17 bilhões. Em partes, isso ocorreu devido ao retorno à lucratividade dos parques temáticos internacionais da marca..

O lucro do negócio tradicional de TV da Disney, incluindo as redes de TV a cabo ESPN e o negócio de transmissão da ABC, caiu 35%, para US$ 1,83 bilhão. O resultado reflete maiores custos de programação esportiva e menor publicidade. 

Bob Iger tem trabalhado para obter lucratividade no streaming até 2024. Além disso, como parte de um plano mais amplo para colocar a Disney em uma situação financeira melhor, ele está cortando US$ 5,5 bilhões em custos anuais e eliminando 7 mil empregos.

“Estamos satisfeitos com nossas realizações neste trimestre, incluindo o melhor desempenho financeiro de nosso negócio de streaming, que reflete as mudanças estratégicas que estamos fazendo em toda a empresa”, afirmou o executivo em comunicado.

As perdas no Disney+ devem agradar os investidores que mudaram seu foco no ano passado. Eles partiram do crescimento de assinantes ao custo impressionante de construção e operação de plataformas de vídeo online. As perdas de streaming aumentaram sob o comando do ex-CEO Bob Chapek, que foi demitido em novembro depois que a empresa relatou uma perda trimestral de quase US$ 1,5 bilhão em streaming

Os gigantes da mídia estão correndo para empatar seus investimentos em streaming para combater as quedas no negócio tradicional de TV. A Warner Bros Discovery Inc. e a Paramount Global relataram quedas significativas na receita de publicidade na TV na semana passada. 

Sob a liderança de Iger, a empresa reformulou sua estrutura criando três unidades de relatórios. São eles: Entertainment, Parks e ESPN, que inclui a rede de esportes e o serviço de streaming ESPN+. 

O recente corte de custos levou à saída do chefe de streaming, Michael Paull, e da maioria das equipes de produtos e tecnologia que supervisionaram o lançamento bem-sucedido do Disney+ em 2019.

Ademais, a Disney nomeou o Goldman Sachs Group Inc. para ajudar a avaliar se a empresa deve vender sua participação de dois terços da plataforma de vídeo online Hulu ou exercer uma opção para adquirir a participação de um terço da Comcast Corp. no ano que vem. O CEO disse que a Disney examinará o potencial de vendas e ganhos do Hulu antes de tomar qualquer decisão. As assinaturas do Hulu ficaram estáveis ​​no trimestre. 

 

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