Musical.ly mira o mainstream
A chinesa Bytedance Technology comprou o aplicativo de dublagem por US$ 800 milhões com foco em dar escala global e envelhecer a base
A chinesa Bytedance Technology comprou o aplicativo de dublagem por US$ 800 milhões com foco em dar escala global e envelhecer a base
Luiz Gustavo Pacete
16 de novembro de 2017 - 10h56
O aplicativo de dublagem Musical.ly, criado em 2014, foi comprado na sexta-feira passada, 10, pela empresa chinesa Bytedance. O valor estimado da aquisição, segundo a Reuters, foi de R$ 800 milhões. Os últimos dados de usuários da plataforma apontam um total de 200 milhões sendo o público adolescente o principal.
Avaliada em US$ 20 bilhões, a Bytedance desenvolve plataformas móveis com recursos de inteligência artificial e é dona de serviços como o Toutiao, agregador de conteúdo. “Ao integrar o alcance global do Musical.ly com a base de usuários massiva da Bytedance na China e nos mercados da Ásia, nós queremos criar uma plataforma global significante para nossos criadores de conteúdo e marcas interagirem com novos mercados”, afirmou, em nota, Zhang Yiming, presidente executivo do grupo chinês.
Rodrigo Tigre, sócio-diretor da RedMas, explica que com o Musical.ly terá fôlego para que a empresa possa estender ainda mais sua expansão global. “O aplicativo tem um grande potencial para marcas, principalmente porque, além dos formatos “tradicionais de mídia” como os vídeos verticais, ela possibilita que as marcas trabalhem com conteúdo. Não só criando canais das marcas para publicação de vídeos próprios como é feito hoje nos EUA com a NBA que tem mais de 2,5 milhões de seguidores como também fazer campanhas que instiguem e façam com que os usuários postem vídeos para a marca ou com a marca”, diz Tigre.
Dicas de Toddy para usar o Musical.ly
A própria agência já desenvolveu uma ação de Avon no aplicativo e outras marcas já utilizaram o aplicativo como Warner Pictures, Universal Pictures e Riachuelo. “As marcas ainda estão descobrindo o que pode ser feito e como fazer ações no aplicativo. É sempre muito importante envolver os top Musers em ações de conteúdo pois eles são os maiores “impulsionadores” de vídeos, ações e virais dentro da plataforma.”
Segundo Tigre, o Musical.ly tem o desafio de “envelhecer” um pouco mais a sua base de usuários que hoje tem entre 12 e 16 anos, principalmente. “Lá fora vemos isso acontecer e no Brasil também, isso vai fazer o aplicativo se consolidar como uma rede social de entretenimento, onde as pessoas entram para ver e criar vídeos curtos divertidos. A oportunidade que o aplicativo tem é de justamente se posicionar neste segmento de entretenimento que está entre um Facebook onde as pessoas compartilham conteúdo e o Instagram, que é basicamente um diário visual. ”
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