Os 10 destaques regionais
Confira dez fatos que chamaram atenção nos mercados regionais neste ano
Confira dez fatos que chamaram atenção nos mercados regionais neste ano
Meio & Mensagem
19 de dezembro de 2013 - 12h02
Motor Econômico
Em dez anos de Bolsa Família (BF), programa de transferência de renda injeta R$ 1 bilhão por mês na economia do Nordeste e impulsiona o consumo na região. Ao completar uma década, em outubro, o BF já atendia a 13,8 milhões de famílias, 6,9 milhões delas nos Estados do Nordeste. O valor médio do benefício na região é de R$ 157,98. Dinheiro que faz girar a roda da economia: cada R$ 1 do BF adiciona R$ R$ 1,78 ao PIB e faz girar R$ 2,4 no consumo das famílias. “Além disso, a transferência de renda aqueceu o consumo interno, estimulando a produção local em diversos segmentos. Ativou-se o mercado de alimentos, vestuário, medicamentos, itens de higiene pessoal e até de cosméticos”, afirma a gestora do programa no Ceará, Silvana Márcia Araújo Crispim. O empreendedorismo também ganhou força, segundo José Carlos Ferreira Passos, gestor do programa no Sergipe. “Mesmo com pouco dinheiro, as pessoas são estimuladas a iniciar um negócio próprio”, afirma. “Temos estatísticas contundentes que mostram que Bolsa Família é um sucesso e transformou a realidade do Brasil”, avaliou a ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome Tereza Campello.
O fim e o começo
Depois de 27 anos de história e 500 prêmios acumulados, a DCS, uma das mais tradicionais agências do Rio Grande do Sul, fechou as portas em março deste ano. O encerramento das atividades da agência comandada pelo Grupo WPP (61% do capital) aconteceu após um período de perdas de contas e profissionais-chave, devido ao envolvimento em escândalo político e financeiro em 2010. Com o controle acionário nas mãos do grupo de Martin Sorrell, a agência se reportava financeiramente ao escritório de São Paulo da JWT. Com o fim da DCS, a Tramontina, principal cliente da agência, entregou sua conta para a JWT de São Paulo. Em menos de seis meses, a agência montou uma estrutura em Porto Alegre para atender a marca de utensílios domésticos. Atualmente, a divisão gaúcha da JWT é comandada por Lilian Chwartzmann (na foto), conta com 22 profissionais e também atende a Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre.
Parintins Rachado
No ano do centenário dos Bois Caprichoso (azul) e Garantido (vermelho), o Festival Folclórico de Parintins (AM) atraiu um número maior de patrocinadores e investimentos para a inauguração do novo Bumbódromo, mas enfrentou um fato inédito na história do evento: o racha na transmissão televisiva. A Agremiação Folclórica Boi Bumbá Garantido fechou com a Rede Calderaro de Comunicação (RCC), proprietária da TV A Crítica, afiliada da Record; e a Agremiação Folclórica Boi Bumbá Caprichoso assinou com a Rede Amazônica (TV Amazonas), afiliada da Globo. Em junho, a transmissão do Boi Garantido aconteceu pela TV A Crítica, Record News e Record Internacional, além de cobertura especial do jornal A Crítica, do mesmo grupo de comunicação. Já a apresentação do Boi Caprichoso foi ao ar pela Amazon Sat, também pertencente à Rede Amazônica, e pela TV Tiradentes (afiliada ao Esporte Interativo). Em nota divulgada em junho, a TV Amazonas (Globo local) informou que manteria o contrato com o Boi Caprichoso, mas não levaria ao ar o festival. Não ocorreu transmissão nacional em canais abertos, como foi realizado entre 2008 e 2012, quando a Band detinha os direitos. O racha na transmissão pode continuar nas próximas edições, já que os contratos são válidos por cinco anos.
Mudanças na gestão
O Grupo Rede Independência de Comunicação (RIC) anunciou uma reestruturação de seu comando, em maio. Mário Petrelli, que fundou a empresa na região Sul em 1988, assumiu o posto de conselheiro estratégico e presidente emérito. Os filhos Leonardo e Marcello Petrelli, que exerciam a função de vice-presidentes dos braços da RIC no Paraná e em Santa Catarina, respectivamente, passaram a responder como presidentes executivos em cada Estado. Depois de realizar mudanças em sua gestão, o Grupo Rede Independência de Comunicação (RIC) cresceu 8% e espera ter uma ascensão ainda maior no ano que vem. As mudanças ainda abriram espaço para a aquisição da Editora View, de Curitiba (PR), detentora da revista de lifestyle Topview. O Grupo RIC também investiu em tecnologia, engenharia, expansão, recursos humanos e capacitação de todo o corpo gerencial com cursos de gestão específica, o que totaliza R$ 8 milhões. Afiliada da Record, o grupo dispõe de 11 emissoras de televisão no Paraná e em Santa Catarina; jornais em SC; quatro emissoras de rádio e o site RIC Mais, que já mostra resultados. “O portal é novo ainda, voltado para a mídia regional para que os telespectadores interajam e construam a notícia junto com a gente”, destaca Leonardo Petrelli (na foto).
De olho em Brasília
O mercado de leitores de Brasília entrou no radar de grandes grupos de mídia do País. A Editora Abril lançou em junho a Veja Brasília, quarto título do gênero, após as edições de São Paulo (lançada em 1985), Rio de Janeiro (1991) e Belo Horizonte (2012). Como nas demais praças, a revista chega semanalmente às bancas e assinantes de Veja no Distrito Federal, trazendo reportagens com pautas focadas na cidade, além de crônicas, sessões voltadas ao consumo e roteiro gastronômico e de entretenimento. O projeto foi desenvolvido ao longo de dois anos e o lançamento foi programado para o mês em que a capital nacional recebeu um jogo da Copa das Confederações — a partida de abertura, entre Brasil e Japão, no dia 15 de junho. O mercado de Brasília tem números atraentes de mercado: dez mil estabelecimentos gastronômicos, 68 parques, 73 salas de cinema, 60 museus, 12 shopping centers, terceiro maior PIB do Brasil. Todo este potencial também chamou a atenção do grupo mineiro Sempre Editora, que anunciou o lançamento dos jornais Super Notícia (o mais vendido do Brasil) e O Tempo em Brasília, no primeiro trimestre de 2014. “É onde o País pulsa. Há espaço grande para ocupação de um bom jornal local”, explicou Luiz Tito, vice-presidente do grupo Sempre Editora.
Ação conjunta
Duas agências pertencentes ao Grupo ABC se uniram na criação de uma startup, a TudoMorya, em Santa Catarina. Lançada em agosto, a agência tem como sócio local o executivo Paulo Centeno, ex-diretor de operações das TVs e rádios do Grupo RBS em Santa Catarina (na foto). A agência com sede em Joinville nasceu graças à vitória do consórcio formado por ambas na concorrência da rede varejista Salfer, que possui mais de 170 lojas em cem cidades de Santa Catarina e Paraná. A conta estava havia 20 anos na agência NovaPEB. Atualmente, para atender ao único cliente da agência, a TudoMorya conta com 13 funcionários diretos, além da equipe de cada uma das agências que dão suporte. A Winehouse é a parceria no âmbito digital. A ideia é abrir um segundo escritório em Florianópolis entre o segundo semestre de 2014 e o primeiro de 2015; caso a agência conquiste um cliente com sede na cidade, os planos de expansão podem ser antecipados.
Canal Rural na J&F
O Canal Rural, que pertencia ao grupo de comunicação gaúcho RBS, mudou de mãos este ano. A J&F Investimentos, empresa que detém as marcas JBS, Friboi, Vigor e Flora Cosméticos, entre outras, partiu para o investimento em TV com a aquisição da emissora, que está 16 anos no ar. A negociação, anunciada em fevereiro, foi aprovada pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), em março. O Canal Rural tem programação totalmente voltada para o agronegócio e atinge aproximadamente 110 milhões de espectadores (na foto, detalhe do estúdio). O canal é transmitido em sinal UHF e também está presente na oferta de operadoras como Net, Sky e Claro TV. Na época da negociação, Joesley Batista, CEO da J&F, declarou que a aquisição do Canal Rural traria ao grupo o melhor ativo do setor, proporcionando um ganho relevante ao seu portfólio. “Irá agregar muito para o nosso grupo, que já tem uma importante atuação no agronegócio brasileiro”, comentou o CEO.
Programação regional aprovada
A Comissão Mista de Consolidação de Leis e de Dispositivos Constitucionais do Congresso aprovou em julho, o projeto de lei de autoria do deputado Sérgio Zveiter (PSD/RJ) que obriga emissoras de rádio e televisão a dedicar parte da sua programação para produção regional e independente, como faz a Record Bahia com o programa Luau Bom D+ (na foto) . O projeto, que foi aprovado por unanimidade, ainda será votado pelo Senado e pela Câmara. Se aprovado, as emissoras terão até cinco anos para adaptação. Os percentuais de tempo dedicado a esses conteúdos vão aumentando gradativamente, até chegar às exigências finais — por semana, o tempo dedicado à produção local pode variar de 336 minutos a 840 minutos, de acordo com o tamanho da população das cidades. A assessoria do deputado Zveiter informou que a votação provavelmente não sai este ano.
Rede Bom Dia com novo dono
O Diário de S. Paulo (na foto) e os outros títulos da Rede Bom Dia de Comunicações mudaram de mãos em setembro. O Grupo Traffic negociou a venda do jornal e dos outros produtos para a Cereja Comunicação Digital, empresa que tem entre seus sócios Mário Cuesta, que também é dono da editora RMC e da gráfica GMA, em Jarinu (SP). Detalhes da negociação não foram divulgados, mas sabe-se que desde janeiro o empresário J. Hawilla, do Traffic, havia decidido vender a Rede Bom Dia. Com isso, mudaram de mãos os oitos jornais que são publicados em cidades do interior de São Paulo, entre elas, Jundiaí, Sorocaba e São José do Rio Preto, além de uma edição voltada para o ABCD, na região metropolitana. Entre os produtos vendidos o mais cobiçado era o Diário de S. Paulo, que foi fundado em 1884 com o nome de Diário Popular. Em 1988, foi vendido a Orestes Quércia que, por sua vez, passou o jornal para as mãos da Infoglobo em 2001. No começo deste ano, foi adquirido pelo Grupo Traffic, que já detinha na época a Rede Bom Dia. A Cereja Digital foi criada em 2007 e até esta negociação atuava exclusivamente com mídia out-of-home, com destaque para o serviço de monitores em 87 hipermercados Extra.
Operação plástica
Depois de uma série de idas e vindas e muita expectativa, ficou para 2014 a licitação que definirá as mudanças no mobiliário urbano de Porto Alegre. A cidade se prepara para trocar mais de duas mil peças instaladas em suas ruas, incluindo neste pacote painéis, totens, placas de ruas, abrigos de ônibus (na foto), relógios públicos, placas de parede e postes informativos, entre outros. A expectativa do mercado, que esperava para este ano a licitação e aguarda ansiosamente pelo edital, é de que o processo finalmente seja lançado até o final do primeiro semestre do ano que vem. A apreensão se justifica em números: estimativas apontam que, após a licitação, a combinação das atividades exibidora e publicitária no nicho poderá adicionar entre R$ 20 milhões e R$ 25 milhões ao mercado publicitário da cidade. Nenhuma alteração em grande escala foi realizada nas peças out of home cidade desde a segunda metade do século XIX.
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