Procon-MG multa Netflix em R$ 11 milhões
De acordo com o órgão, a gigante do streaming estaria praticando publicidade enganosa, além da falta de informação adequada e vantagem excessiva sobre o consumidor
De acordo com o órgão, a gigante do streaming estaria praticando publicidade enganosa, além da falta de informação adequada e vantagem excessiva sobre o consumidor
Meio & Mensagem
16 de julho de 2024 - 9h54
A Netflix Brasil foi multada em R$ 11 milhões pelo Procon-MG devido a cláusulas abusivas no contrato de prestação de serviços, bem como em seus termos de privacidade.
O órgão do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) alega que a plataforma tem praticado irregularidades como publicidade enganosa, falta de informação adequada e exigir do consumidor vantagem excessiva.
A cláusula do contrato que exime a Netflix de responsabilidade em relação ao consumidor foi dada com ilegal, uma vez que contraria o Código de Defesa do Consumidor.
A empresa teria, ainda, termos contratuais abusivos no que diz respeito à privacidade. Segundo o Procon-MG, gigante do streaming exerce a divulgação ilimitada dos dados do cliente sem o seu consentimento. A prática fica ainda mais clara no momento em que o consumidor não tem a possibilidade de requerer o fim da cessão.
Em 2023, o órgão chegou a se reunir com a Netflix em audiência para discutir cláusulas contratuais e termos de privacidade. À época, a companhia não aceitou a proposta de um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC).
Foi também no ano passado que a Netflix anunciou uma taxa adicional de R$ 12,90 para o compartilhamento de senhas no País. A plataforma apontava que os dispositivos conectados deveriam ser associados a um local principal, a chamada “Residência Netflix”, a partir de uma mesma conexão de Internet.
De acordo com a decisão administrativa, é possível que um indivíduo tenha múltiplas residências. Assim, o Código Civil prevê que seu domicílio pode ser considerado qualquer uma dessas.
“Se um serviço de streaming de música, por exemplo, utilizasse o mesmo modelo adotado pela Netflix, não se poderia sequer escutar música enquanto dirige. Logo, o novo sistema de cobrança utilizado contraria a própria publicidade dela, que preconiza: ‘Assista onde quiser’”, afirmou o promotor de Justiça Fernando Abreu, em comunicado por meio de assessoria de imprensa do Ministério Público de Minas Gerais.
Em maio de 2023, o Procon-SP chegou a notificar a Netflix sobre a cobrança extra para compartilhamento de senhas. O objetivo era entender se esse novo sistema de acesso acarretaria em eventuais infrações do Código de Defesa do Consumidor – o que acabou sendo concluído pelo Procon-MG.
Naquele momento, a Netflix vinha sofrendo diversas críticas nas redes sociais desde quando anunciou a nova política para o mercado brasileiro.
Compartilhe
Veja também
Globo amplia atuação no marketing de influência com Serginho Groisman
Após Tadeu Schmidt, Eliana e Maria Beltrão, Serginho Groisman é mais um apresentador da casa a ter seus contratos comerciais geridos pela Viu
Com Mercado Pago, Record chega a 7 cotas no Brasileirão
Banco digital integra o time de patrocinadores das transmissões na emissora, que já conta com Magalu, Grupo Heineken, Sportingbet, EstrelaBet, General Motors e Burger King