Record muda postura para projetos de 2015
Sem caçar liderança a todos custo, emissora quer ser alternativa para marcas e parceiros de conteúdo
Sem caçar liderança a todos custo, emissora quer ser alternativa para marcas e parceiros de conteúdo
Bárbara Sacchitiello
3 de novembro de 2014 - 2h25
A meta da Record para os próximos meses é se abrir para projetos comerciais diferentes e trabalhar em coproduções. Internamente, o processo é chamado de Projeto Record 65 anos e a ideia também deverá aparecer no conceito a nortear as ações de 2015: “uma TV aberta para o novo”.
Paulo Franco, superintendente artístico e de programação, é o responsável pelo projeto. Ele recebeu de Marcelo Silva, vice-presidente artístico e de programação, uma missão estratégica. “Foi pedido que eu dedicasse metade do meu tempo para gerir a atual grade de programação e os assuntos do dia a dia e reservasse outra metade para planejar a Record para os próximos anos”, conta o executivo.
Na prática, a emissora quer estruturar sua grade com coproduções, formatos internacionais e, principalmente, muito branded content. “Queremos quebrar paradigmas, abrindo nossa grade para programas e ideias que atendam às necessidades dos anunciantes”, diz o executivo. “Nossa proposta é mostrar ao anunciante a disposição de criar junto com ele”, comenta o superintendente.”
Coproduções
O novo programa de Gugu Liberato, que estreia em fevereiro, já faz da filosofia de parcerias. Produzida pela GGP, do próprio apresentador, a atração será exibida pela Record, com lucros e investimentos compartilhados.
Para a Record, a postura é imprescindível para manter o negócio saudável. “Não podemos cometer a irresponsabilidade de fazer programas que não dão lucro. A emissora deve sempre ganhar. Se o custo for dividido com anunciantes ou parceiros de produção, conseguimos ter mais reservas para investir em novos produtos”, diz Franco. Embora discorde que os altos investimentos feitos pela Record na década passada tinham o intuito de montar uma grade semelhante à da Globo, o superintendente diz que o objetivo, agora, é se posicionar como um veículo alternativo à emissora líder.
A atual programação deverá ser incrementada com adaptações de formatos internacionais. Entre as estreias já confirmadas estão a versão nacional do reality Power of Couple e a oitava edição de A Fazenda. Na dramaturgia, as séries Na Mira do Crime — coprodução da Record com a Fox — e Os Milagres de Jesus — feita com a Academia de Filmes — ganham novas temporadas. O esporte volta a ser um pilar importante com a transmissão exclusiva dos Jogos Pan-Americanos, que acontecerão em Toronto, no Canadá.
Leia a íntegra desta matéria na edição 1634, de 3 de novembro, exclusivamente para assinantes de Meio & Mensagem, disponível nas versões impressa ou para tablets Apple e Android.
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