Deuses e heróis salvam a receita do cinema
Ritmo de lançamentos fez com que o número de espectadores subisse 11,1% em 2015 e o faturamento ultrapassasse R$ 2 bilhões
Ritmo de lançamentos fez com que o número de espectadores subisse 11,1% em 2015 e o faturamento ultrapassasse R$ 2 bilhões
Luiz Gustavo Pacete
26 de fevereiro de 2016 - 8h00
Na véspera do Oscar 2016, a indústria do cinema no Brasil só tem motivos para comemorar. No ano de 2015 não faltaram opções para quem curte se emocionar nas telonas. Executivos do setor não hesitam em afirmar que o ano passado foi um dos melhores em termos de lançamentos e bilheteria.
Quem trouxe mais ação ao mercado foi o grupo dos super-heróis com lançamentos como "Os Vingadores 2 Era de Ultron", "Homem Formiga" e "Quarteto Fantástico". Não faltaram opções de reboots como "O Exterminador do Futuro" e a continuação de "Velozes e Furiosos", além de "O Mundo dos Dinossauros". Por fim, para a animação o ano também foi especial com o sucesso de "DivertidaMente", da Pixar e "Minions". O ano foi fechado com chave de ouro com "Star Wars" batendo recordes de bilheteria.
Tanta ação e emoção ajudaram o cinema brasileiro a alcançar números recordes em 2015, de acordo com o Informe Anual divulgado pela Agência Nacional do Cinema (Ancine). No ano passado, foram registrados 172,9 milhões de espectadores nas salas de cinema do País, alta de 11,1% em relação a 2014.
“Mesmo no meio de uma crise, o mercado cresceu em torno de 17% no faturamento e, a Cinepolis por sua vez, teve crescimento próximo de 34%. Neste ano, tudo indica que vamos bater recordes. Janeiro com a chegada de "Os 10 Mandamentos" teve crescimento de 24% em faturamento”, diz Paulo Pereira, diretor comercial da Cinépolis do Brasil.
Em 2015, a renda gerada em bilheteria foi de R$ 2,35 bilhões, alta de 20,1% em comparação ao ano anterior. De acordo com a Ancine, essas são as maiores taxas de crescimento de bilheteria e de público registradas nos últimos cinco anos.
O informe da Ancine, que traz dados sobre distribuição, exibição e produção de obras para cinema, mostra ainda que o público dos filmes brasileiros, em relação ao total de espectadores, passou de 12,2%, em 2014, para 13% em 2015. Foram 22,5 milhões de espectadores de filmes nacionais, ante 19,1 milhões em 2014.
De acordo com Maricy Leal, gerente de marketing da Cinemark, o mesmo ritmo de 2015 deverá ser mantido pelo mercado em 2016. “. Esse ano há uma grande expectativa no mercado por causa de grandes lançamentos. Além disso, continuamos a explorar nossa plataforma de conteúdos especiais que atrai um público diferenciado, seja apaixonado por esportes, música ou por clássicos do cinema”, explica Maricy.
Na visão de Patricia Cotta, gerente de Marketing do Kinoplex, se houve um momento positivo com a produção e as bilheterias, os custos foram um dificultador para o mercado. “O difícil foi vencer o grande aumento nos custos, como por exemplo o custo de energia elétrica que subiu muito em 2015”. A executiva chama a atençao para o sucesso de filmes brasileiros. “Os Dez mandamentos foi um filme que nos surpreendeu com resultados espetaculares. Batemos todos os recordes de venda antecipada e tivemos várias sessões lotadas em todos os cinemas”, explica.
Em 2015, foram lançados 128 longas-metragens nacionais. Comparado a 2014, com 114 lançamentos, houve aumento de 12,3% em títulos brasileiros nos cinemas.
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