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Tutinha: “a Jovem Pan estará entre o top 5 em dez anos”

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Mídia

Tutinha: “a Jovem Pan estará entre o top 5 em dez anos”

CEO e presidente do Grupo Jovem Pan compartilha estratégias de internacionalização, aproximação de agências e anunciantes e em tecnologia


12 de julho de 2022 - 13h00

Em junho, o Grupo Jovem Pan completou 80 anos de existência. Embora use o passado como alicerce, a visão do presidente e CEO, Antônio Augusto Amaral de Carvalho Filho, também conhecido por Tutinha, é orientada para o futuro. Em cerca de uma década, quer ter estabelecido o Grupo Jovem Pan entre as top cinco maiores empresas de comunicação do País.

 

Empresa realizou um jantar para clientes para celebrar os 80 anos do grupo (Crédito: Divulgação/Grupo Jovem Pan)

Para isso, o empresário lança mão de alguns planos, que incluem internacionalização, soluções que visam facilitar a compra de mídia para clientes grandes e PMEs, mudança no comercial para se aproximar do mercado publicitário e uma estrutura data driven. Este ano, a expectativa é concluir o ano com três vezes maior do que 2021.

Atualmente, o Grupo Jovem Pan soma 88 emissoras FM e 21 de News, 35 milhões de inscritos no YouTube, o canal de TV Jovem Pan News, a plataforma sob demanda Panflix, propriedades digitais e sua vertical de fóruns, cursos, eventos e produção de conteúdo.

Ao Meio & Mensagem, Tutinha detalhou as novidades que entram em voga ainda este ano, a mudança da empresa mais centrada no digital e dados e os investimentos massivos em se aproximar das agências e anunciantes.

NOVAS APOSTAS
Temos várias novidades. Uma delas é a internacionalização da Jovem Pan. Vamos entrar em países de língua portuguesa e que têm brasileiros. Através de uma empresa indiana, estaremos dentro de Fast TVs. Isso pode ocorrer em Portugal, Inglaterra, Estados Unidos e diversos locais onde têm brasileiros. Teremos a Jovem Pan já configurada dentro das Fast TV. Outra novidade é que estamos trabalhando para facilitar a compra de anúncios para os nossos clientes. Vamos ter um aplicativo que vai simular a audiência que o cliente vai ter através dados nos canais que ele quiser apostar. Se quiser atingir dez milhões de pessoas, por exemplo, pode escolher campanha de rádio, Internet, TV e vai dando uma simulada para atingir o objetivo. Cada vez mais a mídia vai ser mais focada, mais dirigida e com foco nos clientes. Então, a gente vai continuar trabalhando bastante para poder afinar isso para o cliente e poder acertar o alvo dele, gastando menos dinheiro e atuando de forma mais objetiva, pois sabemos o resultado que será atingido antes mesmo da campanha começar. Posso dizer que nós estamos investindo muito em tecnologia. Contratamos gerente de tecnologia para desenvolver aplicativos, inclusive, coisas de conteúdo.

JUNTO COM AS PMEs
A Jovem Pan está desenvolvendo um aplicativo que ajudará até médios e pequenos anunciantes interessados em comprar slots de comerciais, como um espaço no Pânico. Nós vamos trabalhar com um sistema tipo avião. Muitas vezes há oferta de passagens poucas horas antes de um voo. Faremos o mesmo com comerciais. Vai ter um desconto, por exemplo, quando estivermos seis horas antes de um programa entrar no ar e um slot de um comercial estiver vazio. Para o cliente vai ser ótimo. Então, por exemplo, pode-se experimentar os resultados de um programa ou canal. Vai funcionar bem para clientes menores, interessados em ofertas 50 minutos antes de um programa para aproveitar um comercial por 30% do valor. Está em construção. Os novos projetos são para este ano, ainda no segundo semestre, mas já estão bem adiantados.

MEDIATECHS E TECNOLOGIA
Eu acho que temos que estar atualizado. A Jovem Pan trabalha sempre para estar super atualizada. Quais são os próximos passos da Jovem Pan? Eu acho que o futuro é digital. Então é isso. Investimento é muito feito no digital. A TV nós já fizemos. O investimento tem que melhorar, tem que crescer. Mas acho que não pode esquecer nunca que o mundo está correndo para o digital. Estamos trabalhando nisso e levando a sério os dados.Nós temos muita audiência hoje que gera dados e ter isso é muito forte. Contratamos uma empresa para fazer isso e profissionais de tecnologia para trazer novas ideias e novos projetos.

ESCAPANDO DA MORTE
É uma disputa grande. Tem que entender bem, pois são milhões de pessoas ou de influência dos canais. É digital com milhões de pessoas. Se você entender bem o cliente, consegue trazer um produto realmente que o cliente gosta do resultado. Tem que dar resultado porque é muita concorrência. Antigamente tínhamos apenas três jornais, cinco TVs. Agora são milhões de influenciadores. Existem muitos canais de TV e a cabo. Se não conseguir entender bem o que o cliente, você está morto. Então, cada dia temos que entender mais sobre o cliente, estar mais perto e saber as necessidades deles para gerar resultado. Sem resultado ninguém vai para a frente porque a concorrência é muito grande. Temos um novo executivo (Zeca Vianna) acima dos diretores comerciais para trabalhar melhor o planejamento e estar mais perto dos clientes. A Jovem Pan tem que se aproximar das agências e dos clientes e estamos fazendo isso. Estamos conversando mais com as agências e vendo novos negócios com agências. O Zeca é o executivo que faz essa aproximação porque o comercial acaba não tendo tempo para fazer isso.

FORMIGAS FORA DO FORMIGUEIRO
A Jovem Pan foi uma grande revolução que ninguém fez. Ninguém colocou câmera no rádio. De repente, começou a dar uma audiência tão grande no YouTube, que montamos uma TV por causa disso. A TV não estava nos nossos planos. Nosso plano era fazer uma TV de internet. Só que a audiência foi tão grande que vimos que era importante montar uma TV. Ganhamos espaço rapidamente até da CNN, que é um grupo gigante. Somos a formiguinha que vai caminhando para frente. Tenho certeza de que a Jovem Pan vai ser um dos maiores grupos de comunicação do Brasil. Em dez anos, a Jovem Pan vai estar no top 5 dos maiores grupos de comunicação do Brasil, com certeza, porque a cada dia estamos melhores. É uma empresa que tem o alicerce do passado, que dá sustentação, e que tem uma cabeça mais jovem, uma burocracia é menor e é uma empresa mais enxuta, capaz de tomar decisões mais rápidas. Enquanto outras TVs demoram um mês para tomar uma decisão, saímos à frente.

EM MOVIMENTO
Muitos achavam que a Jovem Pan ia dar certo na TV. Muita gente. Esqueceram que ela tem 80 anos, e 80 anos são 80 anos. Não é qualquer empresa que consegue comemorar 80 anos. A Jovem Pan fez um trabalho de renovação muito grande. Foi a primeira mídia a fazer transformação digital das rádios. Foi a primeira a colocar vídeo no rádio. A nossa campanha de 80 anos é sobre não ficar parado. Não podemos parar. A campanha mostra isso: movimento. Não podemos parar nem na vida particular, pois temos que fazer ginástica, correr e exercitar. Se você para, tem problemas. As empresas seguem esse mesmo modelo: não podem parar. Temos que nos movimentar. Temos que estar atualizados. Tem que procurar o futuro. Então estamos nessa de trazer mais tecnologia para o nosso negócio, entender melhor o nosso público. Estamos também investindo em ‘Data’. No passado não olhávamos isso, mas agora contratamos uma empresa para arrumar toda a parte de dados, de cadastro, de informações para entender melhor nosso público, trabalhar mais e vender mais. Nós temos que vender mais porque agora mudamos de patamar.

PASSADO COMO ALICERCE
Todo mundo queria fazer uma campanha sobre no passado e eu não quis porque eu acho que o passado é só alicerce. Os 80 anos mostram que você tem uma história que você tem alicerces fortes para poder crescer. Mas eu não gosto de falar do passado. Eu gosto de falar do futuro. Acho que o futuro é isso: a gente tem que se movimentar. Meu avô foi maravilhoso e meu pai também. Foram pessoas incríveis, mas temos que pensar no futuro, não é? Eu acho que o tempo passa muito rápido.

CONTRIBUIÇÃO À IMPRENSA
A imprensa do Brasil só tem atualmente um lado. Todo mundo fala a mesma coisa. Globo, Estadão, Folha… todo mundo só explora um lado. Acho que a Jovem Pan destaca que é importante ter os dois lados. A Jovem Pan é uma empresa mais conservadora e sempre foi, defende a família e religião. Mostramos os dois lados da moeda. Temos, por exemplo, seis comentaristas de esquerda e outros seis de direita. Olha, a Jovem Pan ajuda muito o Brasil, porque se não fizesse isso só iriamos ter um lado da moeda. A Jovem Pan tem um papel importante na história. Ela tem um compromisso com a democracia, com a verdade, com a família e mostra o outro lado da moeda. As pessoas que decidem o que elas querem, mas é importante ter alguém que não seja igual aos outros para mostrar que não existe apenas um lado. Não divulgamos fake news, falamos a verdade. As pessoas querem que todo mundo fale a mesma coisa, e nós não somos a mesma coisa que os outros.

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