A vida normal do Robson
Como é que uma rotina impacta tanta gente?
Como é que uma rotina impacta tanta gente?
24 de novembro de 2016 - 13h48
Deixa eu apresentar o Robson. Ele é um cara normal, com uma vida normal e que gosta de coisas normais. Já fez algumas coisas boas e aprontou outras por aí também, normal. Mas ele ficou famoso e tomou as ruas de São Paulo e do Rio. Frases descrevendo a rotina do Robson foram tomando conta do imaginário das pessoas e despertando a curiosidade delas. Quem é o Robson? Ele também esquece onde parou o carro? Ei, ele também pega o metrô errado? Foi aí que nos interessamos por ele.
Gostamos de nos enxergar nos outros ao ouvir — ou ler, no caso — suas histórias. Saber que não estamos sozinhos nas loucuras e nas rotinas de todo dia nos alivia e nos deixa no mesmo grupo. E estar no mesmo grupo significa ter objetivos em comum.
Para citar um exemplo, você conhece o Whindersson Nunes? Eu resumiria ele como um cara normal que gosta de contar histórias normais que acontecem com qualquer pessoa. Se engana quem acha que ele apareceu do nada: ele fez isto consistentemente durante mais de 4 anos, as pessoas foram se identificando com várias de suas histórias e hoje ele tem mais de 12 milhões de inscritos em seu canal que continuam ouvindo e replicando suas trivialidades.
Claro que o humor tem um peso no sucesso da comunicação, ele ajuda a “desarmar” o público para receber melhor a mensagem. Mas se o conteúdo não for relevante, se as pessoas não sentirem que a conversa é com elas, não tem graça que dê jeito.
Claro que o humor tem um peso no sucesso da comunicação, ele ajuda a “desarmar” o público para receber melhor a mensagem. Mas se o conteúdo não for relevante, se as pessoas não sentirem que a conversa é com elas, não tem graça que dê jeito
Uma ou talvez a principal maneira das pessoas se tornarem replicadoras da sua mensagem é acreditar nela. Sua mensagem deve ser sincera para se tornar verdade para o seu público. Foi o que aconteceu com o Robson.
A campanha da #vidadeRobson, da Associação Brasileira de Out of Home e que ganhou as ruas de São Paulo e do Rio, despertou a curiosidade das pessoas. Conquistou mais de 27 mil fãs no Facebook e teve mais de 110 mil impressões no Twitter, mostrando que o out of home não só funciona, como também pode ter um engajamento grande e ainda medirmos o seu retorno!
Nos últimos 10 anos aumentou em 25% o tempo que ficamos fora de casa e a publicidade pode usar este fato como uma oportunidade incrível de interagir e impactar profundamente as pessoas. O OOH pode complementar e potencializar a comunicação das marcas e, com algum planejamento, integrar diversas outras mídias. Uma pesquisa no Reino Unido já comprovou que o OOH aumenta em 17% a interação do consumidor com a marca nos celulares. Ou para o pessoal de antigamente: é o off interagindo com o on.
Mas a gente sabe que esse negócio de on e off já ficou pra trás faz um tempo, hoje as áreas das agências ou melhor ainda, as próprias agências entre si, precisam trabalhar em conjunto para a comunicação do cliente ser completamente integrada. Precisam apresentar ideias que não sejam só “inovadoras”, mas que sejam relevantes para o consumidor e que mostrem efetivamente os resultados deste investimento.
Mas é difícil. Sempre aparece alguém pra colocar a culpa na crise, na falta de profissionais, na remuneração das agências…
Normal.
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