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Acelerando a equidade de gênero

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Opinião

Acelerando a equidade de gênero

Fórum Econômico Mundial diz que levará 108 anos para resolvermos o gap entre mulheres e homens


19 de março de 2020 - 17h13

(Crédito: Fokusiert/istock)

Testar, avaliar e, se for preciso, mudar. O Programa de Aceleração Visa recorreu às metodologias utilizadas pelas startups para, nesta quarta edição, apresentar aos empreendedores os avanços de um programa que tem a meta de auxiliar, preparar, aproximar e conectar negócios disruptivos a um mercado ávido por soluções que melhorem a experiência dos clientes, sempre atentos a uma maior eficiência operacional.

Em 2020, o programa traz novidades, o que inclui uma nova etapa e uma fase final de mentorias ainda mais completa. Também queremos ampliar a participação das mulheres, que até agora tem sido relativamente tímida. Sabemos que este é um desafio global, apesar do fato de que nós, mulheres, temos causado impacto relevante na força de trabalho em todo o mundo. Os avanços são visíveis, mas, ainda assim, a diferença de gênero é tão grande que o Fórum Econômico Mundial diz que levará 108 anos para resolvermos este gap.

Dados do Global Entrepreneurship Monitor, maior estudo unificado de atividade empreendedora no mundo, revelam que, hoje, mais de 250 milhões de mulheres em todo o mundo são empreendedoras e outras 153 milhões de mulheres trabalham em grandes empresas. No entanto, as diferenças de gênero persistem. Dentre os 59 países pesquisados, apenas cinco países estão em paridade de gênero (Bulgária, Cazaquistão, Panamá, Peru e Emirados Árabes Unidos). E tem outro dado que chama atenção: o Brasil é o País onde as mulheres têm três vezes menos chance que os homens de apontar o empreendedorismo como uma boa escolha de carreira.

Talvez isso justifique o porquê, em três edições do programa, contarmos com a participação de 66 startups, mas apenas três tinham mulheres na liderança – menos de 5%. Vale ressaltar que, mesmo em menor número, a participação delas deixou claro que um grupo mais heterogêneo torna as trocas muito mais ricas e interessantes, com diferentes pontos de vista. Estamos comprometidos em apoiar empreendedoras e torcemos para que mais mulheres se inscrevam.

Mas já estamos vendo uma mudança. Em 2019, lançamos a primeira competição global focada unicamente na mulher. Elas disputaram o prêmio de US$ 100 mil por desafio, além de sessões de mentoria, acesso a produtos e programas da Visa e exposição a importantes redes no ecossistema comercial. A competição global de fintechs buscava mulheres à frente de startups do setor fintech. Suas empresas deveriam ter capacidades e soluções singulares para ajudar a transformar os pagamentos e/ou experiências dos consumidores. Recebemos mais de 1,3 mil inscrições, incluindo a brasileira DinDin, uma das finalistas representantes da América Latina. A vencedora foi a Tez Financial Services, do Paquistão, a primeira instituição financeira totalmente digital do país. Eles usam um aplicativo de smartphone para fornecer serviços financeiros à população não bancarizada.

Dentro deste contexto, do que acreditamos e buscamos, fica aqui o convite às mulheres empreendedoras dos quatro cantos deste país: inscrevam-se. Tragam sua persistência, criatividade, paixão e sensibilidade para cá. Esperamos vocês!

**Crédito da imagem no topo: Miguel Bruna/Unsplash

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