Assistentes pessoais e ativação por voz redefinem relevância
Não se trata apenas de mais um ponto de contato, mas sim de ganhar a dianteira em um contexto em que vendas podem ser fechadas em segundos
Assistentes pessoais e ativação por voz redefinem relevância
BuscarAssistentes pessoais e ativação por voz redefinem relevância
BuscarNão se trata apenas de mais um ponto de contato, mas sim de ganhar a dianteira em um contexto em que vendas podem ser fechadas em segundos
À medida que mais e mais consumidores incorporam assistentes pessoais e dispositivos acionados por voz às suas rotinas, está claro que essa onda veio para ficar. Para os gestores de marketing, é uma mudança importante, uma vez que reordenam a jornada de compra e passam a concentrar os pontos de contato das marcas com seus consumidores. A “conversa” evolui tanto que fica difícil, muitas vezes, colocar uma linha entre interação e vendas.
O principal dispositivo para a utilização destes recursos é o smartphone, mas os usuários de assistentes pessoais — os mais conhecidos são Apple Siri, Google Assistant, Amazon Alexa e o Microsoft Cortana — já somam 710 milhões em todo o mundo e devem chegar a 1,831 bilhão em 2021 (Tractica). Em 2018, acompanhamos também dois movimentos importantes: a disseminação dos smart speakers e os assistentes saindo de suas plataformas originais e ganhando outras interfaces, às vezes até de outras empresas, em automóveis, geladeiras, TVs e uma infinidade de outros gadgets. Associado a esses movimentos, a busca por voz mantém sua curva ascendente: representava cerca de 30% em 2017 e deve chegar a 50% em 2020, de acordo com estimativas da comScore.
Com a decolagem dos assistentes pessoais e da busca por voz, agora é a hora das marcas entrarem neste mundo. Não se trata apenas de mais um ponto de contato, mas sim de ganhar a dianteira em um contexto em que vendas podem ser fechadas em segundos e em novas oportunidades. Tanto que uma pesquisa da iProspect com clientes aponta que 69% dos gestores de marketing acreditam que a ascensão dos assistentes digitais é uma oportunidade para se aproximar e desenvolver relações mais profundas com os consumidores e que essas tecnologias são a segunda prioridade emergente em 2019, atrás apenas da maximização das vendas em marketplaces. Essa mesma pesquisa aponta que a busca por voz está entre os canais prioritários de marketing para 2019, empatado com a utilização de bots.
O estudo da iProspect vai ainda mais longe, mostrando o desenvolvimento desse comportamento em vários países. Na Espanha, um em cada cinco consumidores está disposto a receber propagandas em suas buscas por voz. No Reino Unido, 43% das pessoas que usam comandos de voz utilizaram esse recurso para realizar uma compra. No México, 86% dos entrevistados alegam que usam comandos de voz, pois é mais rápido do que digitar. Na Índia, 82% dos entrevistados afirmam utilizar tecnologia de voz seus smartphones. E, por fim, mesmo no Brasil, onde especialmente os assistentes pessoais não são tão difundidos, 32% dos entrevistados entre 50-55 utilizam comandos de voz pelo menos uma vez ao dia.
Outro estudo da iProspect realizado na Ásia aponta caminhos interessantes para o desenvolvimento de uma estratégia de voz. O primeiro fator é a conveniência, inserindo a interação de marca dentro do cotidiano das pessoas e em momentos que os consumidores estão com as mãos livres, isto é, sem celular ou computador. As ferramentas das marcas precisam saber responder as perguntas simples e se integrar aos sistemas dos assistentes. Com resultados precisos e diretos é possível, inclusive, gerar novas vendas com um nível de atrito mínimo.
O segundo fator está associado as buscas por voz mais comuns. Elas estão se tornando uma maneira significativa de descobrir produtos, locais e outras tipos de indicações ou sugestões. As marcas precisam otimizar suas estratégias de SEO e conteúdo de marca para atender essa sistemática conversacional. Lembre-se: se na busca por voz há apenas um resultado, você deve se certificar que seja o da sua marca! Por fim, uma estratégia de voz, deve levar em consideração as diferenças de estágio em cada país ou mercado. Afinal, podemos identificar nuances significativas em termos de cultura, comportamento, condição técnica etc.
Dar conta dessa onda pode intimidar, mas comece pequeno selecionando um de seus públicos para um projeto piloto. Pouco a pouco, a interação por voz irá ganhar a voz da marca, poupando recursos no relacionamento com os clientes e alavancando os contatos em negócios. Sim, é uma nova realidade, mas as empresas e os consumidores têm muito a ganhar com isso.
*Crédito da foto no topo: Reprodução
Compartilhe
Veja também
Marketing de influência: estratégia nacional, conexão local
Tamanho do Brasil e diversidade de costumes, que poucos países têm, impõe às empresas com presença nacional o desafio constante de expandir seu alcance sem perder de vista a conexão com as comunidades
O novo eixo na comunicação das marcas
A base (fraca) do modelo persuasivo está sendo substituída pelo informativo