Como os CMOs estão redesenhando o futuro dos negócios
Em um cenário cada vez mais competitivo, profissionais se destacam por integrar marketing, tecnologia e dados
Vivemos uma virada importante na liderança de marketing. O que antes era visto como um território exclusivo da comunicação ou da publicidade hoje se consolida como peça-chave na estratégia de crescimento das companhias.
Acompanhamos essa transformação de perto. Trabalhamos ao lado de CMOs e diretores que estão redesenhando suas estruturas, decisões e fluxos de crescimento com base em dados, tecnologia e IA. O marketing deixou de ser um setor de apoio e passou a ocupar um lugar definitivo na mesa de decisão.
Em 2025, é visível o avanço no perfil de CMO: alguém que articula dados, criatividade e visão de negócio para gerar impacto real, não somente no valor da marca, mas também na rentabilidade das ações publicitárias. Acompanhar essa evolução não é mais opcional, é essencial para qualquer executivo C-level que deseje manter sua empresa competitiva em um cenário volátil e exigente.
O papel do CMO ganhou contornos cada vez mais estratégicos. A figura do líder de marketing deixou de estar restrita à gestão de campanhas e construção de marca para assumir uma posição de influência direta nas decisões de crescimento das companhias. Em um cenário cada vez mais competitivo, os CMOs mais estratégicos se destacam por integrarem marketing, tecnologia e dados com clareza de negócio, e essa convergência tem ditado o ritmo da transformação em grandes organizações.
Uma das principais prioridades desses executivos é a orquestração inteligente de dados. Mais do que relatórios ou dashboards, o que se busca agora é uma leitura estratégica que conecte comportamento do consumidor, performance de canais, eficiência de investimento e projeções de negócio. O marketing passa a operar como um núcleo de inteligência que subsidia decisões do board, ajudando a identificar gargalos, prever movimentos do mercado e alocar recursos com precisão.
Temos visto empresas que reposicionaram completamente seu marketing a partir da consolidação de dados de CRM, mídia e comportamento digital em uma única visão integrada. Isso destrava decisões antes travadas por silos e subjetividades.
Outro foco relevante é a busca pelo equilíbrio entre venda e posicionamento. CMOs com visão estratégica compreendem que investir apenas em conversão no curto prazo pode ser tão arriscado quanto apostar somente em construção de marca sem retorno claro. Por isso, constroem narrativas sólidas ao mesmo tempo em que operam com metas bem definidas de aquisição, retenção e rentabilidade. O marketing passa a ser não só um centro de custo controlado, mas um motor de geração de valor financeiro, estratégico e reputacional.
A experiência do cliente também se tornou uma frente crítica. A jornada deixou de ser responsabilidade exclusiva de atendimento ou produto. Em empresas lideradas por CMOs com visão ampla, o marketing participa ativamente do desenho de experiências que geram encantamento, fidelidade e receita recorrente. Desde o onboarding até o pós-venda, cada interação é pensada de forma estratégica, com base em dados reais e com foco em retenção e lifetime value.
A inteligência artificial, por sua vez, passou a ser vista não como uma tendência passageira, mas como uma competência que diferencia líderes de executores. Os CMOs que mais crescem em influência são aqueles que dominam as aplicações estratégicas da IA, da personalização em escala à automação de análises e testes. Mais do que adotar ferramentas, eles lideram a transformação cultural necessária para que o uso da IA se torne parte do DNA das equipes.
Por fim, há uma mudança profunda na forma como se toma decisão. Em vez de grandes planejamentos anuais, os CMOs mais bem posicionados têm adotado uma lógica de ciclos curtos, testes constantes e aprendizado contínuo. Criaram uma cultura que valoriza a experimentação orientada por dados e que reduz a aversão ao erro. Isso acelera a capacidade de resposta da empresa, tornando o marketing uma área ágil, conectada e cada vez mais próxima da alta liderança.
Seja com tecnologia, automação, dados ou estratégia de marca, nosso papel tem sido construir ao lado de CMOs que entendem que o marketing não é mais sobre visibilidade. É sobre resultado.
O CMO é, antes de tudo, um arquiteto de crescimento. Um líder que conecta estratégia, inovação e execução com uma visão ampla do negócio. Em 2025, quem ocupa essa cadeira com protagonismo já entendeu: o marketing não é mais suporte. É direção.