Como os dados podem anabolizar o marketing corporativo?
Diretores de marketing incorporam novas tecnologias ao seu arsenal a fim de otimizar processos e reduzir custos; inovar é a nova joia da coroa do mercado
Como os dados podem anabolizar o marketing corporativo?
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(Crédito: Shutterstock)
Um antigo – e enviesado – ditado dizia que em terra de cego, quem tem um olho é rei. E quem governaria num cenário em que todos enxergam muito bem, alguns até com telescópios para ver mais longe? É uma metáfora para nosso ambiente atual que mistura na mesma receita pressões econômicas, vigilância permanente com a cibersegurança e o desenvolvimento explosivo da inteligência artificial.
Provavelmente, o rei precisaria de um olho biônico, que no reino corporativo seria o apoio de líderes de marketing que apostem em inteligência de dados para gerar conexões mais profundas e valiosas entre clientes e marcas.
Com a missão de entregar os resultados esperados para a empresa conquistar a confiança do mercado, diretores de marketing incorporam novas tecnologias ao seu arsenal a fim de otimizar processos e reduzir custos.
Inovar é a nova joia da coroa do mercado. A inovação demonstra capacidade de (re)alinhar pontos de inflexão do setor, de acordo com as demandas atuais, para se adequar rapidamente às mudanças objetivando aumentar a eficiência e a satisfação dos clientes.
O Gartner prevê que, até 2025, as organizações que usam inteligência artificial em toda a função de marketing mudarão 75% das operações da equipe de produção para atividades mais estratégicas.
Espera-se que em alguns anos líderes do setor irão captar o valor de programas de fidelidade como uma estratégia eficaz para recompensar os clientes e coletar dados críticos para personalização e aprimoramento de suas experiências.
A Amazon é uma das empresas que mais utiliza o marketing data-driven para se manter em alta e conquistar verdadeiras legiões de clientes mundo afora.
A partir do cruzamento de informações sobre os consumidores, a gigante do e-commerce cria estratégias de marketing para antever o potencial de demanda de certos produtos e já os deixa prontos na distribuidora, reduzindo o tempo de entrega.
Para diminuir preços e fidelizar novos seguidores para a marca, a Amazon monitora a concorrência, com base na coleta de dados, e gerencia a demanda e a disponibilidade dos produtos.
Apesar da assertividade da estratégia do marketing baseado em dados, um levantamento recente mostrou que apenas 5% das empresas acreditam fazer bom uso da inteligência de dados em seus negócios. Isso significa que a maioria dos negócios perdem oportunidades por não tomar decisões alicerçadas em dados.
Quando o assunto é gestão de dados dos consumidores para ativação de uma audiência mais qualificada, o estudo aponta que 43% das empresas ainda não conseguem capturar padrões e hábitos de consumo por meio dos canais de comunicação e de vendas online.
Entender e conquistar a fidelização de clientes torna-se um torneio progressivamente desafiador para as empresas, que se conformam em ‘gastar dinheiro para ganhar dinheiro’.
No último ano, tive a oportunidade de testar algumas hipóteses e validar teses. Uma delas foi a de que basear iniciativas a partir de dados impulsiona as vendas otimizando custos.
Em apenas 4 meses, a geração de demanda cresceu de residual a 30%. Outros números do setor mostram a evolução do negócio:
Quando me perguntam se a melhor solução para o marketing é formar um time interno ou procurar uma agência, a minha resposta é: depende do seu orçamento, da estratégia e do resultado que deseja entregar.
Com uma equipe reduzida, alguns profissionais freelancers para atender demandas específicas e ferramentas tecnológicas que nos auxiliam em tarefas repetitivas, destaco 5 ações que realizamos que valem a pena para startar uma operação:
Se hoje a inteligência artificial generativa auxilia na produção de conteúdo na web, a expectativa do Gartner é de que, até 2027, 80% dos profissionais de marketing corporativo precisarão autenticar o conteúdo para combater a desinformação e o material falso.
O avanço no escopo e na sofisticação da desinformação tem causado preocupação em líderes de marketing. Assim como a IA e outras tecnologias contribuem para o problema, também podem fazer parte da solução, especialmente quando complementadas com equipes qualificadas que ouvem, envolvem e escalam os interesses da marca em todo o ecossistema de conteúdo digital.
Até porque é importante não esquecermos que mesmo com toda a evolução tecnológica, as pessoas desejam ser tratadas como pessoas e querem ser reconhecidas e ter suas necessidades atendidas de uma forma personalizada.
Por essa razão, vejo como principal função do marketing criar estratégias e recursos que posicionam bem a marca no mercado, com objetivo de atrair e fidelizar esse consumidor que se torna mais rigoroso no relacionamento.
Porque hoje esse público toma decisões de compra cada vez menos objetivas e previsíveis, e com a evolução de hábitos e comportamentos do próprio ser humano, o novo consumidor, além de se importar com a qualidade do produto ou serviço, leva em consideração também a experiência de compra e sua identificação com a marca.
Sorte a nossa que a tecnologia conquistou seu espaço nas estratégias de marketing corporativo e se, assim como eu, você atua como liderança desse setor em permanente revolução, sabe que esse produto da ciência e da engenharia, que envolve um conjunto de instrumentos, vale o tanto quanto pesa. Afinal, eu quero e preciso enxergar cada vez mais longe. E os dados, sem dúvida, são nossa melhor bússola.
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