É hora de pensar dentro da caixa
É um pedido comum, que deveria estar nos objetivos de cada empresa, seja uma companhia nacional de bens de consumos ou multinacional de tecnologia sediada no Vale do Silício

Crédito: octomesecam/iStock
É hora de pensar dentro da caixa. Mas temos medo de pensar dentro da caixa quando todos os dias somos convidados a pensar fora dela. Os clientes querem algo que nunca tenha sido feito, inédito, inovador, criativo, inteligente, quebrador de regras, disruptivo, entre outros adjetivos que são sinônimos do tradicional pedido: “Crie algo fora da caixa”.
O problema é que, muitas vezes, quando queremos pensar em algo fora da caixa, esquecemos de olhar para dentro dela. E é exatamente dentro da caixa que moram muitas das respostas que precisamos.
Dentro da caixa é onde tudo acontece.
Fazendo um paralelo com a biologia, olhar para dentro da caixa é como olhar para o núcleo de uma célula. É lá que todas as informações genéticas são armazenadas e controladas.
Olhar para dentro é viver onde a marca habita, onde objetivos e estratégias de negócio fluem nos corredores, inovações em produtos e serviços se encontram no cafezinho, ideias e soluções não encontram paredes, tudo evolui como deveria, pois, cada um que vive por lá, respira a marca como um só organismo.
Sim, um só organismo. Sem distrações, concorrências e Riviera Francesa.
Dentro da caixa, marca e agência estão alinhadas, objetivos de negócio caminhando na mesma direção, processos sendo otimizados em tempo real, ineficiências eliminadas a olho nu, ideias e soluções criadas e, principalmente, cocriadas a todo momento.
Estar dentro da caixa não significa se fechar para o mundo, ignorar as pessoas, os consumidores e voltar o olhar só para si. Muito pelo contrário. Quem vive o interior da caixa é alimentado pelo seu exterior e sabe processar e interpretar com muito mais propriedade o que acontece fora dela.
É hora de deixar os pré-conceitos de lado e começar a pensar dentro da caixa.
E é pensando dentro da caixa que soluções fora da caixa aparecem.
*Créditos da imagem no topo: ISpiyaphong/iStock