Marcas que pensam em saúde nunca ficaram tão vivas

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Opinião

Marcas que pensam em saúde nunca ficaram tão vivas

Ikea e ESPN não são marcas de personal care, animal care ou pharma, mas ganharam Leão na categoria Health & Wellness


4 de julho de 2019 - 17h26

(Crédito: Reprodução/Ikea)

Aconteceu o que tanto já se previa. Saudabilidade agora é assunto para marcas de outros setores. Por quê? Simples, pois o consumidor está aficionado em viver mais e melhor. Tirando o Keith Richards, todo ser humano desse planeta está pensando em fazer alguma coisa para ser mais saudável. Não é apenas uma tendência, já é realidade. E adivinha? As pessoas esperam que as marcas façam isso por elas, como mostra a pesquisa Prosumer Report — Taking healthcare to the next level, realizada pelo Grupo Havas, que aponta que 72% dos entrevistados defendem a ideia de que as marcas têm responsabilidade em estimular hábitos saudáveis.

Mas será mesmo que a saudabilidade é a maior tendência deste ano? Eu diria que é o conceito expandido de saudabilidade. Viver mais saudável agora abrange várias questões como viver num planeta melhor com todas as pessoas inclusas, sem estresse e preconceito. Ecologia, inclusão, diversidade e consumo consciente já podem ser considerados assuntos ligados à saúde.

Pelas minhas contas, 17 dos Grand Prix deste ano abordam temas como esses. E, mesmo quando se olha para doença, já é de um jeito mais saudável. Na categoria Pharma, onde fui jurada, os cases que desmistificaram alguma patologia ou incluíram o doente na vida comum, ganharam destaque. É o caso do case da Havas Lynx “U-U”, que retrata o paciente com Aids da forma mais comum e cotidiana possível. E o case “SmartRead”, da Langland, sobre uma revista inclusiva para pacientes com degeneração macular — condição médica que provoca perda de visão.

Nesse contexto, as metáforas apareceram menos e retratar a vida como ela é virou premissa. Além do mais, é lógico que esse tipo de peça precisa de produções impecáveis, senão, não tem verdade.

A empatia também apareceu como vencedora do Leão de ouro na categoria, com o case “One Word” que mostra uma perfeita dramatização sobre o que se passa na cabeça do paciente. Porque o tratamento também passa por emoções.

Vejo com muito otimismo essa tendência, não só pelo impacto na vida das pessoas, mas pela indústria da comunicação. Afinal, cuidar da saúde significa entrar ainda mais no negócio do cliente, assim como ampliar as áreas de atuação das agências, principalmente quando se quer transformar marcas que nunca pensaram nisso antes.

O que devemos esperar para o ano que vem? Mais saúde. Deveríamos brindar.

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