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Opinião

Marketing de influência e o comportamento do consumidor

Opiniões individuais podem alcançar milhões de pessoas em questão de segundos, mas nem toda influência das redes sociais é positiva


2 de maio de 2024 - 14h00

As redes sociais são hoje uma parte integral da vida moderna e transformaram a maneira como nos conectamos em diferentes áreas da vida, pois compartilhamos informações e interesses, que acabam reforçando nossos comportamentos e a forma como consumimos produtos e serviços.

A influência dessas plataformas na tomada de decisões de compra dos consumidores é inegável e profunda. No entanto, é crucial questionar até que ponto torna-se positiva ou negativa. Comentários, avaliações e recomendações de amigos, familiares e influenciadores têm peso significativo nas decisões de compra.

A capacidade de compartilhar experiências de consumo em tempo real, cria uma espécie de interação amplificada, onde opiniões individuais podem alcançar milhões de pessoas em questão de segundos. Esse fenômeno pode ser extremamente benéfico para as marcas que utilizam estratégias de marketing a fim de alcançar um público mais amplo de forma autêntica e econômica.

Por outro lado, nem toda influência das redes sociais é positiva. Uma armadilha comum é a comparação constante que essas plataformas incentivam. Os consumidores muitas vezes querem um padrão abstrato de vida, baseado no que é representado de forma online. E, isso pode levar a um ciclo de consumo insustentável e exacerbado, onde as pessoas compram produtos, não porque precisam deles, mas para manter uma imagem ou status percebido. A pressão para se encaixar nesse ideal pode levar a problemas de autoestima e financeiros.

Os consumidores estão cada vez mais cientes do marketing de influência e podem ficar duvidosos em relação às recomendações que encontram nas redes sociais, embora os geradores de conteúdos tenham criado o hábito de dizer quando uma publicação é patrocinada, deixando claro, o teor, já que a publicidade impacta a vida de muitas pessoas. Muitos internautas desejam consumir aquilo que o seu influenciador assistido consome. Isso representa um desafio para as marcas que buscam construir confiança e lealdade entre os consumidores.

De acordo com um estudo que estava vendo da Archrival, agência de cultura jovem sediada nos EUA, 51% da Geração Z acredita que os influenciadores das redes sociais criam novas tendências, e 40% procura avaliações de influenciadores online antes de realizar uma compra.

Uma das soluções fundamentais para lidar com a influência das redes sociais é a educação e a alfabetização digital. Os consumidores precisam ser capacitados com habilidades críticas para navegar pelo ambiente digital de forma consciente. Isso inclui entender os mecanismos, reconhecer estratégias enganosas e desenvolver resiliência contra a pressão social e a comparação constante.

Inclusive, o UGC (User-Generated Content), conteúdo gerado pelos próprios usuários em oposição ao conteúdo criado pela marca ou pela empresa, traz uma importância de humanização. Por ser autêntico, é uma poderosa e envolvente ferramenta de marketing. Ele é um fator-chave na construção da comunidade. Isso cria a ideia de que, após a compra, os consumidores podem continuar fazendo parte da história da marca. Além disso, incorporar estratégias eficazes para incentivar e gerenciar o UGC pode ser a parte fundamental de um plano de marketing de comunidade bem-sucedida.

As redes sociais têm um impacto profundo e variado no comportamento do consumidor. Embora ofereçam oportunidades sem precedentes para a influência social e o engajamento com as marcas, também apresentam desafios significativos, incluindo a comparação constante e a questão da autenticidade. No entanto, é essencial reconhecer que as redes sociais não são totalmente boas ou ruins. É a forma como as utilizamos que determina seu impacto. Como consumidores e profissionais de marketing, devemos buscar um equilíbrio saudável entre aproveitar os benefícios desses canais.

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