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Opinião

Quando um meme pode mudar a história de uma marca

O desafio dos produtos de conteúdo é desbravar as redes com formas inovadoras e resultados assertivos


9 de outubro de 2020 - 19h50

(crédito: reprodução)

Uma rápida busca na internet é suficiente para se encontrar uma enxurrada de frases clichês que falem sobre o mundo ser conectado. Há desde passagens bíblicas a histórias modernas com relações virtuais e tudo mais.

O marketing digital sabe muito bem disso e, na atualidade, se apoia nessa realidade. O perfil visitado pelos seguidores para o entretenimento é visto por empresas como plataforma de divulgação. Os seguidores se tornam propagadores do conteúdo e, consequentemente, representam uma nova e poderosa fonte de receita.

Perfis que ganham seguidores e fama por meio do humor e de assuntos variados — e até mesmo aleatórios — começaram a ser buscados por anunciantes, afinal de contas, eles possuem o público-alvo reunido e com bastante atenção, ou seja, uma oportunidade de publicidade funcional e com maior chance de resultado positivo.

É uma forma de transmitir a mensagem de forma legal e orgânica e fazer com que seu conteúdo caia em timelines “disfarçado’’ de meme, de humor, de viral. Na verdade, a grande maioria dos usuários nem percebe que está consumindo publicidade nesses novos formatos de conteúdo/mídia.

Você com certeza já ouviu falar da expressão “perrengue chique”. E deve saber que esse termo — que virou expressão nacional — foi criado a partir de um perfil de conteúdo de humor no Instagram que leva o mesmo nome do meme.

O @perrengue_chique (hoje com 1,9 milhão de seguidores), @greengodictionary (1,3 milhão seguindo) e o @ginaindelicada (5,6 milhões de seguidores), por exemplo, recebem, diariamente, propostas de grandes empresas em busca de uma collab de conteúdo. Uma relação que acontece por uma reunião de substantivos que se relacionam e geram lucro, tais como influência, empatia, identificação, reconhecimento e, claro, desejo.

O conteúdo viral tornou-se uma forma de crescer o número de seguidores e quem os tem em grande quantidade torna-se uma plataforma de divulgação que, por sua vez, pode se transformar em uma forma de criar renda.

Nunca se falou tanto em conteúdo viral. Se você não segue algum desses perfis, com certeza já foi marcado em uma postagem por outro um amigo ou viu um conhecido repostar esse tipo conteúdo. Ou seja, de alguma forma você já foi impactado.

Temos um produto chamado “viral labs”. Nada mais é do que um hub de páginas virais que desenvolve campanhas com grandes marcas. Já cocriamos ações para Havaianas, Consul, Natura, Stella Artois, Guaraná Antarctica e outras marcas.

Percebemos que tem havido um interesse grande dos anunciantes em plugar perfis orgânicos do Instagram e do Twitter em suas campanhas e começamos a testar como páginas de memes e conteúdos virais iriam performar nessas ações. Foi um sucesso! Na virada de 2019 para 2020, por exemplo, vimos que toda a internet estava compartilhando posts com frases de metas para o ano novo do @metasde2020. Esse perfil foi de 0 a 2 milhões de seguidores em 15 dias e tornou-se febre da rede. Entramos em contato com a pessoa responsável por ele e colocamos o @metasde2020 em 16 campanhas entre dezembro e janeiro, validando nossa ideia, pois existia ali um produto que poderia agregar valor ao modelo de negócio de nossa empresa.

A entrada de perfis no mercado publicitário se relaciona diretamente com os hábitos da audiência– na ocasião, fora do ‘momento pandemia’ –, pessoas que dedicavam um tempo considerável para a conferência das redes sociais, gerando engajamento e alcance.

Mas estar na internet não é tão simples, rápido e fácil. Para conseguir alcançar números, engajamento e resultados é preciso conhecimento do meio, formas de consumo, mensagens certeiras, narrativas, timing e muitas outras variáveis. Esse mercado, apesar de ganhar força a cada dia, não é novidade para uma série de profissionais que se preparam, e muito, para atuar nele.

Fica o questionamento de qual será a próxima onda de criadores e a reflexão de como evoluir junto com o mercado. O desafio dos produtos de conteúdo passa a ser desbravar as redes com formas inovadoras e com resultados assertivos e reais.

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