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Opinião

Saúde: negócios aquecidos em busca de um mundo melhor

Milhares de consumidores estão realmente repensando suas compras, buscando cada vez mais marcas conscientes socialmente e ambientalmente


30 de janeiro de 2017 - 15h04

 

Como falamos no último artigo, sono e repouso ganham status de geradores de negócios. Mas, nem só de exercícios, performance e aspirantes a atletas se faz o mercado de bem-estar. Para que estejamos bem conosco, precisamos estar de bem com nossa casa, nossa cidade, o mundo em que vivemos. Prova disso é o chamado The Kondo Effect, como ficou conhecido o movimento gerado pela teoria de organização da escritora japonesa Marie Kondo. O livro, que ganhou tradução para o português como A Mágica da Arrumação, foi também para mais de outros 30 países e vendeu, no mundo todo, mais de quatro milhões de exemplares. Marie entrou para a lista de cem pessoas mais influentes do mundo na revista Time.

A inspiração para divulgar sua técnica de organização que prega que as pessoas fiquem só com aquilo que tem valor sentimental veio logo após o tsunami no Japão, em 2011. Foi por causa da tragédia que milhares de japoneses passaram a repensar sua vida e seus valores. Sem muito espaço disponível para acumular pertences na ilha nipônica, o livro se tornou muito popular. O que pode justificar sua fama também em outras grandes metrópoles como Nova York e Londres.

Anúncio de J.Crew da campanha “Blue Jeans Go Green”, que dá desconto para clientes que levarem calças jeans usadas na hora de comprar novos pares

Anúncio de J.Crew da campanha “Blue Jeans Go Green”, que dá desconto para clientes que levarem calças jeans usadas na hora de comprar novos pares

O fenômeno é global. Milhares de consumidores estão realmente repensando suas compras, principalmente no que se refere a moda. O movimento não é exatamente novo, mas têm ganhado força, impulsionando o mercado “c to c” – consumer to consumer – ou de segunda mão, como conhecemos aqui no Brasil. Fortalecem-se com isso as marcas “slow fashion”.

Quem não é tão slow assim tem tentado se adaptar, abraçando a economia circular de formas diferentes, como a J.Crew com a campanha “Blue Jeans Go Green”, que dá desconto as clientes que levarem jeans velhos e comprarem pares novos nas lojas.

São atitudes (e ações) como essas que aproximam marcas e empresas do novo mindset dos consumidores e acabam pressionando outras marcas a pensar em soluções também.

E como será o mundo dos nossos filhos?

Naturalmente mais conscientes, a preocupação com o futuro se intensifica a partir do momento em que as pessoas pensam em formar suas famílias, tornam-se mães e/ou pais. Nesse período, tudo ganha um olhar mais atento, principalmente no que tange a limpeza e segurança.

Cada vez mais, desde o nascimento, os bebês são colocados em contato com produtos e empresas que sejam social e ambientalmente responsáveis – valores que os pais querem que os filhos tenham no futuro. É como se enxergassem uma relação direta entre o bem-estar do bebê e o bem-estar do planeta. Por isso, se fortalecem tecidos naturais, não tóxicos, que tenham baixa pegada de carbono, por exemplo.

A tecnologia ajuda muito tanto os recém-chegados quanto os pais. Para os bebês, se popularizam equipamentos que tornam o ar mais puro, móveis que tenham preocupação com sua saúde, produtos especializados para que eles tenham sono tranquilo e saudável, além de produtos que façam com que a transição útero-mundo seja a mais natural possível.

E você, qual é o futuro que quer construir para seus negócios?

 

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