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A decolagem da indústria de games em 2023, sem Aviãozinho

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Opinião

A decolagem da indústria de games em 2023, sem Aviãozinho

O ano foi bom para os gamers que esperavam bons títulos, mas nunca mais será tão generoso em quantidade como no passado porque as novas tecnologias requerem um alto investimento e profissionais de ponta

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22 de dezembro de 2023 - 6h00

Fim de dezembro, todo mundo com a paciência do tamanho do saco do Papai Noel, trabalhando o dobro para poder folgar uma semana…hora de fazer o balanço do mercado de videogames 2023.

O ano foi bom para os gamers que esperavam bons títulos, mas nunca mais será tão generoso em quantidade como no passado porque as novas tecnologias requerem um alto investimento e profissionais de ponta. Sendo assim, a tendência é que as grandes publishers produzam cada vez menos títulos, porém com uma qualidade de tirar o fôlego!

Um exemplo é Baldur’s Gate 3, que faturou o GOTY -Game of The Year, no Game Awards 2023, o Oscar dos Videogames. Desenvolvido e publicado pelo estúdio independente Larian Studios, ele levou 3 anos para ficar pronto e obteve as maiores notas da crítica e do público.

O que Baldur’s Gate 3 tem de diferente? Ele é inspirado em um dos ícones dos RPGs de mesa, o D&D (Dungeons & Dragons), e sua jogabilidade permite que as decisões dos jogadores interfiram no resultado do jogo. Esse fator é muito apreciado hoje em dia.

A Sony Interactive Entertainment, fabricante do console PlayStation, recentemente comunicou que vai adiar alguns dos 12 jogos first-party que seriam lançados até março de 2024. Comenta-se que The Last of Us , um dos exclusivos mais cultuados, possa estar na lista.

Lembrando que são os exclusivos que pesam na balança na hora do gamer optar por um PlayStation ou um Xbox neste Natal, a Microsoft colocou no mercado Starfield, RPG de mundo aberto exclusivo para Xbox e PC, desenvolvido pela Bethesda nos últimos 25 anos.

Um fato relevante para países emergentes como o Brasil e que ganhou notoriedade este ano foram as TVs gamers, que dispensam a compra de um console. Segundo a Newzoo, os consoles ainda movimentam US$ 56,1 bilhões, quase um terço do faturamento do mercado global de games que deve gerar US$ 187,7 bilhões em 2023.

Nintendo, a terceira fabricante de consoles, tem um mundo à parte. Fãs do Mario e Zelda nunca pensam em ter outro console. A boa notícia veio das entrevistas que Bill van Zyll, diretor da divisão latino-americana da Nintendo deu na BGS -Brasil Game Show. Segundo ele, a Nintendo decidiu olhar para o Brasil porque o país está apresentando uma taxa de crescimento maior do que a taxa do México, país que lidera o consumo da Nintendo na LATAM; e aproveitou para desculpar-se porque nem todos os títulos estão localizados para Português.

Para 2024, eu espero ansiosamente pelo “pai” dos games survival horror: Alone in The Dark, aguardado para janeiro. Este foi o primeiro jogo que divulguei na minha carreira, nos anos 90, na época ele era desenvolvido pela Atari e distribuído pela Infogrames.

Por falar em velha guarda, aproveito para registrar aqui a aposentadoria de um dos ícones da indústria de videogames. Pete Hines, SVP, Head de Publicação da Bethesda Softworks deixou a indústria depois de 24 anos. E por último, mas não menos importante, a ESA anunciou o fim da E3 (Electronic Entertainment Expo), a maior feira da indústria de videogames do Ocidente, onde eu conheci ícones que fizeram da nossa indústria o que ela é hoje – a maior fonte de diversão do mundo, e que não inclui jogo do Aviãozinho da Blaze, embora influenciadores milionários como Neymar, Gabriel Medina e Felipe Neto circulem pelos dois mundos.
Feliz Natal e muitos games para vocês!

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