Ações de marketing no Metaverso para esta Black Friday

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Opinião

Ações de marketing no Metaverso para esta Black Friday

Para diferentes setores, estas ações terão representatividade diferente em volume de vendas. O metaverso já é uma realidade, formando um mercado multibilionário, com milhões de consumidores ativos

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27 de outubro de 2022 - 6h00

Crédito: Shutterstock

Metaverso tem sido uma buzzword, usada em diferentes contextos e vista por uns como o caminho inexorável da evolução da internet e, por outros, como uma utopia inatingível. Apesar das percepções distintas, todos concordam que ainda estamos há anos de chegarmos a uma conclusão sobre os usos do metaverso, seja sua maturidade e popularização, seja para seu completo descarte como possibilidade.

Pesquisa recente feita pelo emarketer mostrou que 57% dos americanos acreditam que, em breve, o metaverso será tão popular quanto às redes sociais. Outras pesquisas, feitas por bancos e consultorias, buscam dimensionar o tamanho do impacto econômico do metaverso. Segundo a Mckinsey, diversos setores passarão por uma transformação com este novo ambiente tecnológico, criando uma nova economia de US$ 5 trilhões. Entre os setores, o que apresentará a maior disrupção será o de e-commerce: uma oportunidade de US$ 2,6 trilhões até 2030.

Para além de uma projeção para a próxima década, o estudo da Mckinsey dimensiona o tamanho do mercado atual do e-commerce no metaverso. Estamos falando de cerca de US$ 200 bilhões sendo movimentados por cerca de 300 milhões de pessoas que já estão no metaverso, este ambiente que oferece experiência social imersiva, permanente e ancorada na blockchain.

Estrategistas de negócios sempre procuram espaços no mercado menos disputados (os oceanos azuis) a fim de obterem melhores resultados. O metaverso é um desses espaços hoje, o que o configura como um ambiente interessante para empresas se destacarem num momento hipercompetitivo como o da Black Friday. Vamos ver agora algumas das possibilidades que o metaverso oferece já para este ano, segundo um levantamento feito pela Deloitte:

1 – Experiência na loja física
Driblar a limitação de espaço do mundo físico, possibilitando uma experiência imersiva de prova de produtos na loja, é uma das possibilidades do metaverso para o varejo. Segundo o emarketer, roupas e móveis são os tipos de produtos que os consumidores mais desejam poder experimentar usando tecnologias imersivas, como AR ou VR. Além de poder facilitar a decisão de compra, oferecer esse tipo de experiência na loja é um atrativo para o fluxo. Em resumo, usar experiências de imersão nas lojas físicas atrai mais clientes e os fazem comprar mais.

2 – Product Placement
Hoje, milhões de pessoas já usam o metaverso para entretenimento (especialmente jogos) e trabalho. É possível usar a popularidade destas aplicações para oferecer um contato do público com produtos e serviços. Por um lado, product placements são comuns em produções audiovisuais, por oferecer um contexto que favorece o entendimento de como o produto entra no dia a dia. De maneira complementar, oferecer provas de produtos (amostras grátis) é uma ação comum no trade marketing. No metaverso, é possível unir os dois mundos: posicionar o produto num contexto de alta relevância e permitir que o consumidor interaja com ele e já possa realizar uma compra.

3 – Eventos Imersivos
Muito tem se falado sobre o live commerce, que deve movimentar cerca de US$ 20 bilhões em 2022, e é possível unir essa tendência com a experiência imersiva no metaverso. Marcas têm criado ambientes em metaversos como Descentraland e Sandbox, onde permitem que os consumidores tenham contato com seus produtos, enquanto interagem com outros consumidores e participem, por exemplo, de um show virtual ou algum outro tipo de evento que atraia a atenção de quem está conectado naquele momento. É mais interessante assistir uma apresentação de produto imerso num ambiente, que apenas olhar um conteúdo linear numa tela.

4 – Programa de fidelidade baseados em NFTs
Cartões fidelidade são usados há décadas no varejo. Ao agregar NFTs a esse processo, dão um salto em todo o processo. Em 2021, o Alibaba criou uma galeria de NFTs, que se adquiridos davam vantagens aos compradores. Isso criou um “evento imersivo” (que citamos acima), gerando audiência e receita. Além disso, vale lembrar que NFTs são ativos únicos, rastreáveis e negociáveis, o que significa que um cliente pode decidir vender seu NFT para outro e, neste processo, o emissor original (o varejista) será remunerado. Quanto mais vantagens à comunidade perceber que o token oferece, maior valor ele terá e mais gente desejará tê-lo. A Black Friday pode ser um excelente momento para lançar um loyalty NFT.

5 – Ofertas de produtos digitais
Segundo o JP Morgan, em 2020, cerca de US$ 54 bilhões foram gastos em produtos digitais para uso em ambientes imersivos. Esta informação mostra que é importante pensar em estratégias promocionais também para estes produtos. Uma estratégia interessante que tem sido seguida por alguns varejistas é ofertar “gêmeos”: a compra de um produto físico dá o direito a um produto digital, por exemplo, ou, ainda, a compra de um produto digital, dá desconto na aquisição de seu “gêmeo” físico. Os usuários percebem seus avatares como uma representação de suas personalidades, de modo que se interessam em compartilhar elementos usados virtual e fisicamente.

Estas são apenas cinco ações que já são possíveis de serem executadas neste ano no metaverso. Para diferentes setores, estas ações terão representatividade diferente em volume de vendas, mas o que gostaria de destacar, especialmente, é que para além de qualquer hype, o metaverso já é uma realidade, formando um mercado multibilionário, com milhões de consumidores ativos. Vale lembrar que disrupções como a do metaverso crescem de maneira escalar, o que oferece aos pioneiros uma vantagem competitiva muito significativa. Em outras palavras, quem esperar a novidade virar mainstream, já perde a maior parte da festa.

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