Adsplay Educação investe na formação para programática
A especialista em mídia programática lança plataforma simplificada para agências e promete mais novidades para 2023
Adsplay Educação investe na formação para programática
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Renan Honorato
9 de maio de 2023 - 6h03
Após dois anos no ar, a Adsplay Educação realizou a formação de quase 17 mil pessoas, sobretudo, de estudantes e profissionais de comunicação. A área de cursos gratuitos e sem fins lucrativos surgiu da iniciativa de Eduardo Sani, CEO da Adsplay, em democratizar o acesso à informação e ajudar a profissionalizar novas gerações. “O desafio do mercado é que são poucas empresas de programática e, em todo momento, uma tenta pegar os funcionários da outra”, comenta Sani.
Em parceria com faculdades, o Adsplay Educação é oferecido aos alunos como opções para aulas complementares, exigência para graduação. “Os estudantes são mais engajados do que os profissionais de marketing”, diz. Além disso, a Adplays, como empresa-mãe, utiliza os cadastros desses alunos em bancos de talentos, enviando anúncios em primeira mão de oportunidades de trabalho.
Os quatro cursos disponíveis exploram os principais players de publicidade paga na internet e são lecionados pelos executivos da Adsplay. “O desafio das plataformas de programática, diferentemente do Facebook Ads ou do Google Ads, é que você precisa ter uma licença atrelada a um valor de investimento. As grandes agências têm acesso a essa documentação, mas, as pequenas agências e estudantes não”, comenta.
Por isso, além de criar módulos voltados ao letramento em plataformas de mídia programática, a Adsplay lançou há cerca de três meses o Adsplay X. “Um pequeno anunciante não tinha como fechar um negócio de R$ 15 mil. Criamos um lugar em que ele pode começar a anunciar por R$ 500”, explica. Com foco na simplificação e no didatismo, a plataforma permite que, individualmente, sejam colocadas campanhas em espaços publicitários de sites, aplicativos e portais de notícia, como o UOL.
Em 30 dias de aplicação, a Adsplay X chegou ao volume de clientes que a empresa demorou dois anos para reunir. Com 78 campanhas no ar na plataforma e ticket médio de R$ 5 mil, os executivos tomaram um susto quando viram que o mecanismo estava sendo usados por agências. “As agências que começaram a usar queriam autonomia e não mais depender de terceiros para subir as campanhas. Criamos uma plataforma para os pequenos e quem está usando são empresas de grande e médio portes”, esclarece. Dos 60 clientes na plataforma, 40% são agências.
A CTRL365 começou como agência de marketing digital na qual Sani era sócio. Sendo responsável pela venda de mídia programática, a Adsplay surgiu para sanar a demanda da CTRL. “Fiz um spin-off, criei uma empresa dentro da CTRL, que, após alguns anos, acabou se tornando maior do que a agência”, lembra. Porém, por compartilharem a mesma estrutura, em 2022, resolvem fundir em parcerias e investimentos. Atualmente, a empresa afirma ter trabalhado com quase 200 agências e estima que tenham passados mais de três mil marcas pelo seu tráfego.
Ainda considerado este como o ano de expansão, Sani revela que pretende lançar a Adsplay Lab com quatro novos produtos. Dentre os quais, uma plataforma de unificação de relatórios que possa reunir dados de outras empresas, como Meta e Google. Além disso, os executivos querem trazer “uma solução para unir mídia programática e influenciadores” para o mercado.
Ademais, para que todos esses projetos possam se manter no ar, a Adsplay têm os maiores faturamentos oriundos do tráfego pago, cerca de 80% da receita. Desse percentual, aproximadamente 50% são de empresas de tecnologia, seguidas por bancos digitais e empresas de apostas.
Para Sani, o mercado programático este ano está em recessão por dois motivos: política e a crise nas big techs. “Primeiro, o momento político tem afetado, desde o segundo turno das eleições, porque os investidores têm ficado receosos e diminuem os aportes. Além disso, as grandes empresas de tecnologia, ao mesmo tempo que encurtam o time, freiam as verbas em publicidade”, diz.
Por fim, acrescenta que, nesse cenário, a tendência é que as empresas foquem nas estratégias de performance. “Temos que ser criativos porque fazer o que vínhamos fazendo não está sendo criativo e este ano está sendo mais desafiador que os dois últimos”, finaliza.
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