IA nos negócios: 74% das PMEs veem impacto positivo, aponta Microsoft
Micro, pequenas e médias empresas têm perspectiva positiva quanto aos potenciais da inteligência artificial
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Meio & Mensagem
9 de maio de 2025 - 6h03
Microsoft divulga estudo sobre o impacto da inteligência artificial nas micro, pequenas e médias empresas (Créditos: Harpshark Shutterstock)
Segundo a pesquisa “IA em Micro, Pequenas e Médias Empresas: Tendências, Desafios e Oportunidades”, encomendada pela Microsoft à Edelman Comunicação, os 77% dos tomadores de decisão consideram que a inteligência artificial (IA) agiliza os processos em suas empresas.
No estudo, 75% das empresas entrevistadas afirmam que estão otimistas em relação ao impacto da IA em seu trabalho.
Portanto, isso se reflete nos planos de investimento das companhias, que respondem que continuarão investindo ou investirão pela primeira vez em IA (73%), sendo que 61% já possuem plano de ação ou metas específicas relacionadas à essa tecnologia.
Sobre o impacto da IA nos diferentes níveis hierárquicos das micro, pequenas e médias empresas (MPMEs), 54% dos líderes afirmam que a tecnologia já é uma prioridade em suas empresas, enquanto 64% dos funcionários demonstram otimismo em relação aos resultados que pode proporcionar.
Os tomadores de decisão destacam diversos benefícios da tecnologia em suas operações.
Para 65% dos entrevistados, a IA impacta positivamente a motivação e o engajamento dos colaboradores.
Portanto, entre algumas das aplicações estão a assistência virtual no atendimento ao cliente (73%), a realização de pesquisas na internet (66%) e a oferta de serviços personalizados (65%).
Segundo os tomadores de decisão, os maiores benefícios da IA são: | |
Posição | Benefícios |
77% | Agilização dos processos |
77% | Melhoria na qualidade do trabalho |
76% | Ganhos de produtividade |
70% | Melhoria na satisfação dos clientes |
65% | Melhoria na motivação e engajamento dos colaboradores |
Ainda, sobre a familiarização com a tecnologia, aproximadamente metade (52%) dos tomadores de decisão afirmam estar extremamente ou muito familiarizados.
De fato, o movimento é liderado pelas pequenas empresas (10 a 99 funcionários) com 85%, seguido pelas micro (1 a 9 funcionários) com 71% e médias (100-249) com 64%.
Em resumo, em relação às expectativas e finalidades claras ao investir em IA, para 59% das empresas de médio porte e 53% das pequenas, os ganhos em eficiência, produtividade e agilidade são o principal motivo para adoção generativa.
Por outro lado, para 60% das microempresas, a principal motivação é a melhoria no atendimento e na satisfação dos clientes.
Assim, a redução de custos foi apontada como razão principal por apenas 13% das micro e pequenas empresas e 12% das médias.
Resultados do uso da IA | ||
75% | Otimistas com o impacto da IA | |
73% | Investem ou investirão em IA pela primeira vez | |
61% | Tem plano de ação |
As áreas de marketing (17%), TI (16%) e atendimento ao cliente (14%) são as principais responsáveis pela adoção de inteligência artificial nas empresas no Brasil.
Portanto, entre as não nativas digitais, o marketing lidera a adoção da IA e a administração participa ativamente na decisão de compra.
Já nas empresas nativas digitais, de fato, a TI é o principal responsável pela adoção e decisão de compra.
Ainda, de maneira distribuída entre os setores, também foram observadas participações importantes das áreas de finanças (28%), serviço ao cliente (27%), recursos humanos (25%) e vendas (16%) no processo de tomadas de decisão de compras de ferramentas de inteligência artificial.
A tecnologia de IA generativa (GenAI), capaz de gerar conteúdos e processar grandes volumes de dados, também tem ganhado aplicações específicas.
A especificação é usada, principalmente, na criação de novas soluções e produtos (57%), na agilização do trabalho (52%), no processamento de dados para tomadas de decisão (45%), na tradução de documentos (42%) e no suporte a tarefas de marketing e aquisição de clientes (39%).
Portanto, quando perguntadas sobre o principal benefício da IA, cerca de 53% das MPMEs citaram a economia de tempo.
Ainda, as empresas destacaram ganhos em eficiência e produtividade (47%), melhoria na experiência do cliente (44%) e redução de erros humanos (38%).
Segundo o estudo, 28% das MPMEs destacam problemas para contratar talentos especializados. Já 24% relatam dificuldades para capacitar seus times atuais, com um recorte maior nas médias empresas (33%).
De fato, as habilidades em IA já são a principal demanda das empresas de médio porte (63%) no processo de captação e desenvolvimento de talentos.
Assim, a procura também é alta entre as pequenas (41%) e micro (30%) empresas, embora essas também priorizem as soft skills, como trabalho colaborativo (52%) e habilidade interpessoais (52%).
Seis em cada dez empresas reconhecem a necessidade de promover mudanças culturais para aproveitar plenamente os benefícios da inteligência artificial.
Já na hora de colocar a tecnologia em prática, os principais desafios apontados são os custos de investimento e acesso (34%), as preocupações com a privacidade de dados (33%) e as ameaças à cibersegurança (27%).
Ainda, os riscos relacionados a roubo ou mau uso de dados são as principais preocupações das empresas em relação à IA com 48% das respostas.
Em seguida, são citados o receio da manipulação de modelos de IA (33%) e do uso de softwares maliciosos alimentados por essa tecnologia (30%).
Portanto, em termos de regulação, 53% dos tomadores de decisão estão muito ou extremamente familiarizados com o panorama regulatório da IA, embora essa familiaridade seja menor entre as microempresas (31%).
O estudo realizou 306 entrevistas por meio de questionário online, com metade das pessoas que se autodeclaravam dono(s) ou sócio(s) da empresa e metade de funcionários de MPMEs entre novembro e dezembro de 2024.
De fato, a área de trabalho do respondente é variada, prevalecendo Vendas (21%), Administração (26%) e Gerenciamento (19%).
A maioria são mulheres (62%) e correspondem principalmente à faixa entre 25 e 44 anos de idade.
Por fim, São Paulo se destaca como o estado onde há a maior concentração de centros de operação com 100 respostas, seguido por Rio de Janeiro (39), Minas Gerais (24), Bahia (23) e Rio Grande do Sul (22).
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