Efeitos da mudança climática e o papel das empresas no combate
Altas temperaturas, secas e espécies em extinção são alguns efeitos de mudanças climáticas no mundo; saiba como as empresas podem exercer papel importante na preservação do planeta
Efeitos da mudança climática e o papel das empresas no combate
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Meio & Mensagem
16 de junho de 2023 - 8h00
Os efeitos de mudanças climáticas podem ser sentidos diariamente com o aumento das secas, alagamentos, aumento do nível do mar e outros fatos que apontam para um desequilíbrio ambiental.
Essas consequências são causadas por ações como a emissão de gases do efeito estufa na atmosfera.
Segundo o relatório Emissions Gap Report 2022, da ONU (Organização das Nações Unidas), o Brasil está entre os sete maiores emissores desses gases no mundo.
De acordo com o estudo, os países desse ranking, juntos, foram responsáveis por metade das emissões globais em 2020.
O Brasil também aparece entre o chamado Grupo 20, que reúne 20 países responsáveis por 75% das emissões de gases do efeito estufa no mundo.
Diante desse cenário, as empresas passam a exercer um papel fundamental no combate às alterações de temperatura no planeta.
As mudanças climáticas são alterações nos padrões de temperatura do planeta, causadas por processos naturais e pela ação humana.
Essas alterações causam o aumento da temperatura e trazem impactos para o ecossistema terrestre. Com isso, os efeitos de mudanças climáticas começam a surgir e podem ser sentidos a longo prazo.
Segundo dados da ONU, a última década, entre 2011 e 2020, foi a mais quente já registrada. Em comparação ao século XIX, a Terra está cerca de 1,1º mais quente.
O relatório da ONU aponta as ações antrópicas, ou seja, aquelas geradas pelo ser humano como principal impulsionamento para o aumento nas temperaturas.
Neste contexto, as causas de mudanças climáticas destacadas abaixo estão entre as principais influenciadoras das alterações anormais no clima.
O efeito estufa é um processo natural da Terra, responsável por manter a temperatura adequada para a existência de seres vivos.
No entanto, esse fenômeno pode ser agravado pela emissão excessiva de gases poluentes na atmosfera, como metano e dióxido de carbono (CO2). Esses gases retém o calor e por isso geram o aumento na temperatura quando presentes em grande quantidade.
Esse processo gera o chamado aquecimento global, que se refere ao aumento anormal de temperatura no globo terrestre.
A emissão de gases de efeito estufa está relacionada principalmente às indústrias e aos veículos, mas também pode surgir de outras fontes, como aterros para lixo, energia e agricultura.
Além de retirar a cobertura vegetal do planeta, responsável por absorver o CO2, o desmatamento de florestas também pode lançar o carbono armazenado nas plantas e no solo na atmosfera, ampliando a intensidade do efeito estufa.
O problema também pode elevar a emissão de gás metano, produzido pela decomposição de matéria orgânica e também pela pecuária.
A alteração nos padrões de chuva é outra consequência do desmatamento, que pode aumentar a incidência de secas e gerar impactos à biodiversidade da floresta, como escassez de água, alimentos para a fauna e maior suscetibilidade a queimadas.
A água e o solo são recursos essenciais para a manutenção da vida na Terra, mas quando contaminados por substâncias poluentes podem trazer efeitos de mudanças climáticas.
Com a poluição do solo, por exemplo, há uma redução na capacidade de absorção de água e de armazenamento de carbono, além de impactar a qualidade da terra para plantações.
A poluição da água gera uma alteração na qualidade e na quantidade de recursos hídricos disponíveis no planeta para consumo e uso em atividades como a agricultura e a geração de energia.
Sem água suficiente para gerar energia a partir das hidrelétricas, recursos mais poluentes podem ser utilizados, como os combustíveis fósseis.
A queima de combustíveis fósseis, como carvão, gás natural e petróleo, libera gases de efeito estufa na atmosfera.
Todas essas substâncias são formadas a partir da decomposição de organismos vivos e, portanto, apresentam carbono em sua composição. Por isso, soltam o CO2 no ar quando são queimadas.
O processo ocorre em atividades como transporte, geração de energia e abastecimento industrial.
As ações de emissão de gases, poluição e desmatamento impactam o meio ambiente e geram as alterações no clima. No entanto, o aumento na temperatura não é a única consequência.
Uma vez que a Terra funciona como um sistema conectado, esse desequilíbrio nas temperaturas pode afetar a biodiversidade do planeta como um todo, o que desencadeia outros problemas.
Conheça os principais efeitos de mudanças climáticas.
A escassez de água, um dos efeitos das mudanças climáticas, leva ao aumento das secas, que tornam-se mais intensas principalmente em áreas com quantidades reduzidas de recursos hídricos.
As secas, por sua vez, aumentam as chances de incêndios, que podem levar à perda de biodiversidade.
Com a falta de chuvas e escassez hídrica, as atividades agrícolas também podem enfrentar desafios, prejudicando a produção de alimentos.
O aumento da temperatura média do planeta está entre as principais consequências da mudança climática, responsável não apenas pelas secas, mas também por outros impactos, como o degelo das geleiras.
Esse fenômeno tende a gerar outra consequência: o aumento do nível do mar, que pode levar a intrusão de água em cidades litorâneas a longo prazo.
Enquanto algumas regiões podem ser afetadas pelas secas mais intensas, outras podem enfrentar períodos de tempestades mais severas.
Isso pode gerar inundações e deslizamentos de terra, além de impactar nas produções agrícolas.
O desmatamento, as secas e as inundações também ocasionam a perda de espécies da fauna e da flora. Essa é uma consequência da falta de alimentos, escassez de água, poluição dos solos e destruição do hábitat natural dos animais.
Com isso, aumentam os números de espécies em extinção e reduz-se a biodiversidade do planeta.
Para combater os efeitos de mudanças climáticas, existem políticas e ações definidas com o objetivo de preservar o meio ambiente e reduzir os impactos no planeta.
Alguns exemplos são:
– Carbono Zero: também conhecida como net zero, a ação adotada por empresas busca alcançar níveis de emissão de carbono mais próximos possíveis de zero;
– Acordo de Paris: assinado em 2015, o acordo define metas para a descarbonização a longo prazo, com o objetivo de manter o aumento da temperatura abaixo de 2ºC;
– Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS): reúne 17 metas globais definidas pela ONU, com foco em alcançar três objetivos até 2030 – um deles é o combate às mudanças climáticas;
Além desses acordos e políticas, existe também a agenda ESG (Environmental, Social and Governance, ou Ambiente, Social e Governança, em português), que reúne recomendações voltadas à sustentabilidade empresarial.
Os dados da ONU, compartilhados anteriormente, mostram que as ações do homem estão entre as principais causas para o aumento da temperatura.
Neste contexto, as indústrias aparecem entre as maiores emissoras, o que amplia a necessidade de cuidados pelas empresas em geral, com o objetivo de reduzir os impactos da produção ao meio ambiente.
Essa necessidade tem impulsionado o posicionamento das marcas no combate aos efeitos de mudanças climáticas. Um exemplo foi uma ação realizada pela Natura em 2022, com cobranças dos candidatos à presidência sobre o desmatamento.
Em ação mais recente, a Unilever também abordou o tema por meio da ação digital #UmaÁrvoreUmaVoz. Confira a reportagem da TV Meio & Mensagem sobre a campanha:
Isso reflete também uma demanda crescente dos consumidores, que têm demonstrado sua preferência para marcas que se posicionam em relação a questões socioambientais.
Dessa forma, a tendência é que temáticas como as pautas ESG cresçam e cada vez mais organizações busquem alternativas sustentáveis para suas operações.
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