Planejamento estratégico: como fazer e qual a importância para as marcas
Produtividade, redução de gastos e ações mais assertivas são alguns dos benefícios que as empresas adquirem ao adotar a estratégia
Planejamento estratégico: como fazer e qual a importância para as marcas
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Meio & Mensagem
20 de julho de 2023 - 17h00
O planejamento estratégico é um processo sistêmico, que pode servir como um guia para as empresas, determinando as ações necessárias para alcançar determinado objetivo.
Com esse planejamento, é possível prever oportunidades, problemas e direcionar a trajetória do negócio com maior eficiência.
De acordo com dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), apenas 40,7% das empresas sobrevivem no mercado após cinco anos da abertura.
A falta de um plano com visão estratégica está entre os motivos que podem levar ao fechamento de uma organização.
Na prática, existem outros benefícios e processos importantes para o desenvolvimento do plano. Entenda como funciona essa ferramenta de gestão.
Planejamento estratégico é uma ferramenta da gestão empresarial, que visa definir as ações mais adequadas para alcançar determinados objetivos de acordo com o cenário de cada organização.
O processo envolve a análise do contexto organizacional e o desenvolvimento de um plano com ações estratégicas, baseadas nas necessidades e oportunidades previamente identificadas.
Isso pode englobar diferentes áreas da empresa, como o setor financeiro, o de vendas e o de marketing, por exemplo.
O estudo do IBGE, apresentado anteriormente, revelou que as pequenas empresas apresentam as menores taxas de sobrevivência no mercado.
Segundo os dados, apenas 35,5% das organizações de pequeno porte mantêm o negócio funcionando após cinco anos da abertura.
O planejamento com visão mais estratégica pode ser aplicado em companhias de todos os tamanhos, em diferentes segmentos, e tende a contribuir para evitar esse tipo de problema.
A principal diferença entre o planejamento do tipo estratégico para os modelos operacional e tático está no escopo de cada um.
Por apresentar escopos e objetivos diferentes, cada plano tem um prazo e um nível de atendimento.
Apesar das diferenças, os três modelos podem atuar de maneira complementar para auxiliar na gestão de uma empresa e otimizar os resultados do negócio.
O planejamento no formato operacional tem o foco mais direcionado para a execução do projeto em si, tendo como principal objetivo manter o alinhamento entre as ações e os objetivos previamente estabelecidos no plano.
Essa é a etapa final, responsável por fazer com que as metas definidas no nível tático sejam realmente colocadas em prática.
As principais características do planejamento operacional são:
Diferente do plano estratégico, que tem uma visão mais ampla do negócio, o formato tático foca em atividades, objetivos ou setores específicos.
Neste nível, as metas e ações tornam-se mais detalhadas. A partir disso, as empresas podem definir as condições necessárias para que atividades da fase estratégica sejam executadas de maneira mais assertiva.
Entre as características do planejamento tático estão:
Para desenvolver um planejamento eficiente, é importante envolver todos os colaboradores e setores no processo.
Isso ajuda a entender as necessidades, expectativas e metas de cada área e da empresa como um todo para, então, avaliar como os objetivos podem contribuir para o negócio, quais são as prioridades e como eles podem ser alinhados.
Alguns pontos que devem ser considerados pelas empresas para entender como fazer um planejamento estratégico assertivo são:
O planejamento no formato estratégico é uma ferramenta capaz de apresentar soluções completas para o negócio, auxiliando na prevenção de diversos problemas.
Uma empresa que cresce de maneira acelerada, por exemplo, pode enfrentar falhas no processo operacional, logístico e comercial, o que pode impactar na saúde financeira.
Com um plano estratégico, é possível definir ações para um desenvolvimento sustentável e evitar esse cenário.
Entenda outros benefícios do conceito para as empresas.
O planejamento fornece um direcionamento capaz de contribuir para o desenvolvimento de ações e tomada de decisões mais assertivas, que podem realmente impactar positivamente no crescimento do negócio.
Entender quem é a empresa e onde ela deseja chegar também ajuda nesse processo, pois leva o negócio a realizar ações alinhadas a sua realidade e as suas metas.
Sem esse planejamento, a organização pode definir metas irreais dentro do cenário atual, o que pode levar a frustração, causar a desmotivação dos colaboradores ou trazer prejuízos financeiros para a empresa, por exemplo.
Com o plano de ação, é possível determinar objetivos alcançáveis e que realmente podem contribuir para o desenvolvimento da companhia.
Além de ajudar a definir ações mais assertivas, o plano também contribui para determinar a prioridade de cada uma delas – ou seja, permite visualizar de forma mais clara quais são os passos mais importantes para alcançar um objetivo.
Com essa visão, é possível estruturar detalhadamente as etapas a serem realizadas, bem como definir metas claras, mensuráveis e de acordo com a missão da empresa.
Esse processo também pode ajudar a organizar um cronograma de entregas mais realista, dentro das possibilidades da companhia e de acordo com as metas previamente definidas.
Em um cenário mais amplo, o planejamento pode contribuir para a construção do posicionamento de marca no mercado, fortalecendo a empresa como uma autoridade no seu segmento de atuação.
O planejamento estratégico da empresa também tem a função de avaliar os pontos fortes e fracos, bem como as oportunidades e ameaças externas, por isso contribui diretamente para prever oportunidades, problemas e movimentações do mercado.
Nesse contexto, é possível elaborar soluções preventivas, estratégias mais alinhadas com o mercado e evitar surpresas indesejadas no caminho, além de desenvolver ações para lidar com os obstáculos que possam surgir.
Com um plano de ação, a organização sabe onde alocar seus recursos de forma eficiente e, dessa forma, pode evitar despesas desnecessárias, direcionar os investimentos de maneira assertiva e aproveitar melhor as oportunidades de negócio.
Além disso, o planejamento ajuda a antecipar riscos, o que permite traçar ações preventivas a curto, médio e longo prazo para evitar problemas.
Com isso, é possível reduzir custos com investimentos inadequados ou retrabalho que poderiam ser uma consequência de um processo realizado por tentativa e erro, por exemplo.
A priorização de ações e o foco mais direcionado tende a resultar em um aumento na produtividade, uma vez que o time sabe exatamente quais passos seguir para alcançar determinado objetivo.
Outro ponto que pode contribuir para a produtividade é a motivação dos colaboradores, que incentiva a qualidade e a agilidade das entregas, assim como a dedicação no alcance das metas.
Por ser desenvolvido de forma colaborativa, com a participação dos colaboradores, o plano também contribui para o engajamento e incentiva a inovação na empresa, o que colabora para a vantagem competitiva.
O planejamento também alinha a equipe e os diferentes setores da empresa em torno dos mesmos propósitos, o que permite um fluxo de tarefas mais organizado e ágil.
Ao conhecer os próximos passos, todos seguem para uma mesma direção, o que tende a contribuir para um ambiente mais integrado.
Os objetivos também ficam mais organizados, uma vez que a companhia sabe o que precisa ser priorizado, bem como as etapas necessárias para alcançá-los.
Com isso, um líder tem uma visão macro e micro do negócio e pode entender melhor o que precisa ser ajustado.
A partir do planejamento, esse líder pode, por exemplo, identificar as funções específicas de cada um e, dessa forma, saber exatamente quais pontos monitorar e o que cobrar das equipes.
O plano pode variar de uma empresa para outra, de acordo com fatores como a realidade atual do negócio, seus objetivos e sua missão.
No entanto, existem alguns passos gerais que podem orientar a equipe durante a implementação do planejamento. Conheça os principais a seguir.
O primeiro passo é entender o contexto atual da empresa para ter uma visão clara das necessidades, problemas e oportunidades de melhoria.
Para isso, a equipe pode realizar um diagnóstico, avaliando os pontos fortes e fracos do ambiente interno, bem como as oportunidades e possíveis ameaças do ambiente externo.
Essa técnica faz parte da metodologia SWOT, uma das análises mais aplicadas nesse processo estratégico pelas organizações.
Nesse contexto, existem algumas perguntas que podem trazer mais precisão ao diagnóstico, como:
A partir da análise inicial do negócio, a empresa pode determinar a filosofia da organização, que está relacionada à missão, à visão e aos valores previamente identificados.
Essa filosofia pode orientar o direcionamento do plano e, com isso, permitir uma definição de ações mais precisas e compatíveis com a realidade do negócio.
Nesse momento, também podem ser estabelecidos os KPIs a serem analisados durante a execução dessas ações. Esses indicadores ajudam a avaliar se a empresa está colocando o planejamento em prática, bem como os resultados alcançados no processo.
É possível definir KPIs de marketing, de desempenho ou financeiras, por exemplo, alinhadas com os objetivos previstos pelo plano.
Para alcançar os objetivos definidos no planejamento estratégico da empresa, é importante desenvolver um plano de ação, com detalhes sobre os projetos e processos necessários para chegar ao resultado desejado.
Existem algumas perguntas que podem ajudar nesse processo, como:
Nessa etapa, a organização deve determinar as atividades a serem realizadas e detalhar porque elas precisam ser executadas, assim como definir tempo estimado para cada tarefa.
Além das perguntas para direcionar o planejamento, a empresa pode contar com algumas ferramentas tecnológicas para simplificar o processo. As soluções com inteligência artificial, por exemplo, estão impactando diretamente a rotina das empresas.
No caso dos profissionais de marketing, uma pesquisa realizada pela Salesforce e divulgada por Meio & Mensagem mostrou que 53% dos entrevistados acredita que a tecnologia mudará totalmente a forma como realizam suas atividades.
Isso vai desde a produção de conteúdo e o desenvolvimento de campanhas até a análise de dados e a otimização de sistemas SEO.
Para 71% dos participantes, a tecnologia da IA generativa também permitirá mais tempo livre para focar em ações mais estratégicas. Aqui entra a criação de um planejamento mais eficiente.
Com as atividades definidas, o próximo passo é compartilhá-las e distribuí-las entre os colaboradores.
Para isso, as responsabilidades, funções e prazos descritos no plano devem ficar claros para todos. Isso também envolve detalhar os recursos e ferramentas disponíveis para auxiliar na execução da tarefa.
A transparência nesses processos é importante e pode contribuir em diversos pontos, como no engajamento da equipe, melhora no desempenho e assertividade nos resultados.
É possível fazer isso por meio do endomarketing, por exemplo, estratégia voltada para as ações internas da empresa com o objetivo de valorizar o capital humano, seja através de treinamentos, benefícios ou iniciativas para motivar a equipe.
Com o planejamento pronto e em execução, a empresa acompanha o andamento das ações para analisar os resultados.
Esse monitoramento é importante para avaliar se as atividades estão alinhadas com o plano e se apresentam o desempenho desejado.
A partir dessa análise, a organização pode entender o que funciona e também fazer ajustes para aprimorar os resultados, caso seja necessário.
Os KPIs fazem parte desse processo, assim como reuniões de acompanhamento e a revisão periódica do SWOT e do plano de ação como um todo.
É possível definir o tipo de controle e a periodicidade de cada uma dessas ações durante o desenvolvimento do plano.
Isso pode ajudar a criar uma estrutura mais completa, produzindo uma visão ampla do planejamento e direcionando os colaboradores de maneira mais assertiva.
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