Aprender o que não sei que não sei

6 de março de 2024 - 17h19

Este ano marcará a minha estreia no South by Southwest. Depois de muitas vivências em eventos internacionais e de tanto ler sobre o assunto, confesso que não tenho a expectativa de descobrir a melhor palestra ou assistir um grande nome. Certamente, também não tenho vontade de ficar em grandes filas para ouvir algo que estará compilado nas principais plataformas do evento, após 40 minutos do término da apresentação. Já entendi que existem muitas pessoas talentosas em que eu posso me beneficiar com as suas diversas curadorias.

A minha real expectativa está em aprender com o modelo do festival. Seja em conversas de startups ou em painéis menos concorridos, mas com uma grande curadoria, também. Quero exercer a minha escuta ativa em temas que tenho pouco domínio, porque aqui está a beleza, na minha opinião.

Será natural e instintivo buscar conversas sobre Inteligência Artificial (IA), inovação e tecnologia no meio das 24 trilhas temáticas do SXSW. Entretanto, os meus maiores desafios estão em permitir sair do controle, não entrar no FOMO e sair das minhas áreas de expertise, em que busco apenas aprimoramento para aumento de repertório. Eu quero é ficar aberta ao conhecimento e trilhar um caminho ainda pouco explorado por mim.

Quero aprender com a psicoterapeuta Esther Perel e o ator Trevor Noah sobre relacionamentos. Desejo extrair o melhor de figuras míticas, como Bezos, Musk e Branson, executivo este que tem um papel importante no avanço da exploração espacial. E por que não ouvir Laurie Santos? Professora de psicologia na Universidade de Yale, especialista na ciência da felicidade e nas formas como nossas mentes nos enganam sobre o que nos faz feliz.

Eu quero é navegar em todo este oceano de informação, conectando ao máximo com o meu papel múltiplo de executiva, mulher, mãe e gestora. E, também, sair da busca do que eu não sei, de onde estou, para o desconhecido. Estas são as minhas expectativas no SXSW!

Obviamente, quero atrelar, entre um conhecimento e outro, boas conversas com clientes, colegas de mercado, amigos admirados e, até mesmo, pessoas desconhecidas. Ou seja, estabelecer conexões sem atrelar à uma agenda exclusiva de negócio, mas, sim, por afinidade.

Então, se você estiver lendo este texto e me encontrar por Austin com esta mesma energia, vou adorar me conectar a você e aprender o que ainda nem sei que não sei.