ESG na centralidade do cliente
Colocar o cliente no centro também é isso. É demonstrar entrega de valor não apenas para o consumidor final, mas para todo o entorno
Colocar o cliente no centro também é isso. É demonstrar entrega de valor não apenas para o consumidor final, mas para todo o entorno
10 de março de 2023 - 12h13
Cenário pós-Covid, com economias globais fragilizadas e guerra na Ucrânia gerando respingos em todo o mundo. Afinal, diante desse cenário preocupante, o que a humanidade está fazendo? Quais as reflexões e qual o legado que estamos construindo para o futuro?
Nas últimas duas décadas, um contexto diferente parecia se desenhar: olhares aguçados para o futuro, inovações disruptivas e diversas oportunidades surgiam no horizonte. É nesse paradigma de mudanças que o SXSW — um dos maiores festivais de inovação do mundo — estabelece suas expectativas e narrativas.
Em recente artigo publicado aqui no Meio & Mensagem, meu amigo Pyr Marcondes traz essa percepção de forma brilhante. Ele destaca como o ESG vem sendo a temática central do que devemos observar em Austin este ano. De tão utilizada, muitas vezes essa sigla acaba virando sinônimo de uma narrativa do politicamente correto, da atenção ao olhar social, pró-meio ambiente e sustentável. E tudo isso, claro, é algo positivo — sobretudo para as grandes organizações.
Entrentanto, trata-se de apenas uma leitura — uma forma de olhar para algo muito mais complexo e profundo. Diante das consequências da Covid-19 e dos impactos econômicos e sociais da guerra da Ucrânia, ambas com repercussões humanas devastadoras, nunca o olhar para o próximo foi tão importante. Esticar a mão a quem está vulnerável e dar atenção para quem mais precisa são atitudes que precisam pautar a agenda de todos nós, inclusive de líderes e de marcas.
Edu Lyra e a mobilização da Gerando Falcões em torno da tragédia das chuvas do litoral Norte de São Paulo são mais uma evidência disso. Ele tem sido incansável em sua batalha de dar visibilidade e construir um novo futuro para as favelas. Com uma capacidade imensa de mobilização, Com apenas alguns dias de campanha, a instituição arrecadou R$ 5 milhões — sendo R$ 1 milhão da própria organização. Com isso, arrecadou alimentos, kits de higiene, roupas e infraestrutura para dar suporte às famílias desabrigadas.
Colocar o cliente no centro também é isso. É demonstrar entrega de valor não apenas para o consumidor final, mas para todo o entorno. E, não tenho dúvidas, o SXSW vai trazer essa abordagem em sua edição que começa nos próximos dias. Cada vez mais, as pessoas querem se relacionar com marcas que apresentem, de forma verdadeira e com resultados, como estão contribuindo para um mundo mais justo e mais humanitário. E não pode ser apenas marketing: assim como Edu Lyra e tantos outros bons exemplos, precisa ser genuíno. E deve oferecer perspectivas positivas de futuro para toda a sociedade.
Que venha o SXSW! E que venham novos tempos.
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