2023 começou em 2022 e só termina em 2025
O desafio aumentará exponencialmente para todos nós, principalmente para os negócios
O desafio aumentará exponencialmente para todos nós, principalmente para os negócios
7 de novembro de 2022 - 11h11
2023 já começou. Em muitos sentidos: no setor público, com o resultado do segundo turno, no privado com o imperativo da agenda ESG, e também para nós, sociedade civil brasileira, com tanto chão pela frente na recostura de uma nação. Fato é que esse novembro tá com cara de março.
Agora, prepare-se para outra realidade inescapável: 2023 só acabará em dezembro de 2025. Considere 2023 como o ano da retomada, e então pondere que anos de desarticulação profunda não se rearticulam em meses. Logo, esse ano da retomada vai consumir pelo menos outros dois.
Proponho um outro exercício: enxergar a cena pela perspectiva de 2025. Que tal ir até lá? 2025 é data redonda, hora de balanço! Estaremos a 5 anos da meta dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) segundo a Agenda Global 2030. Considerando que a grande maioria acordou para isso em 2020 – e que até 2022 foi tudo um caos -, como estaremos, afinal de contas, em 2025? Segundo acompanhamento de resultados dos ODS desse ano, publicado pelas Nações Unidas, após dois anos de Covid e um de guerra, andamos várias casinhas para trás em todos os 17 compromissos.
Se focarmos, por exemplo, no ODS 13 – Ação Contra a Mudança Global do Clima, a meta global estipulada para emissões de metano é a redução de 30% até 2030. Na toada em que estamos, segundo recente estudo do Observatório do Clima, o Brasil chegará lá emitindo 7% a mais. Fato. No entanto, temos potencial para reduzir 36% e ultrapassar a meta, só não podemos deixar para colocar esforços nisso lá em 2025, quando simplesmente não haverá tempo para realizar a virada.
A reflexão que proponho é considerar que em 2025 a humanidade inteira terá de subir na balança e reconhecer que ainda se encontra (muito) longe da meta de 2030. Só restarão 5 anos. Tudo, então, se recalibrará: urgência, pressão, velocidade, risco. O desafio aumentará exponencialmente para todos nós, principalmente para os negócios. Por isso, 2023 precisará estar a serviço de uma chegada melhor e menos dramática em 2025.
Definitivamente não podemos operar o ano de 2023 como uma continuidade natural do caos que foi 2022, tampouco na inércia predatória e curtoprazista do business as usual. Abordagem é tudo em estratégia criativa, e o insight que proponho é encarar 2023 como primeiro passo de 2025.
Bora reperceber os planos para 2023 sob essa nova luz?
Provocação criativa pra você: Pense 2025-2023.
#ESGpraJÁ
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