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Women to Watch

Digitalização, um caminho sem volta

Transformação digital feitas às pressas na pandemia pode ser o acelerador que faltava para as empreendedoras, mas é preciso capacitar


9 de dezembro de 2022 - 8h15

De acordo com a pesquisa da RME, 73% das empreendedoras passaram a utilizar estratégias de comunicação para divulgar produtos e serviços, e 57% começaram a usar um canal de vendas digital. 9 em cada 10 mulheres afirmam que usam a internet para trabalho e para lazer.

Esse uso é também o espelho de imposições. Durante a pandemia, a digitalização dos negócios virou uma urgência – feita às pressas, na medida do possível -, pois ficou evidente que, fora do universo digital, as chances de um negócio sobreviver são menores. No mapeamento qualitativo feito pela Rede Mulher Empreendedora, afirma Ana Fontes, ficou nítido que as mulheres que entraram de cabeça no mundo digital alavancaram suas ideias. E esse uso foi feito de muitas formas: para organizar estoque, venda por plataformas, agendamento, logística.

 

Ana Fontes, da RME: mulheres que entraram no mundo digital de cabeça alavancaram suas ideias (Crédito: Divulgação/Priscila Prades)

Esses negócios viram, então, um fenômeno positivo acontecer diante de tantos recuos causados pela pandemia, que foi a transformação de empresas locais, de bairro, para empresas que conseguem atingir consumidores de qualquer lugar.

Aliado a tecnologia, um outro conceito fundamental para o mercado entrou de vez na vida delas com a pandemia, que é a atenção à inovação. Teve quem transformou a produção de roupas sofisticadas em pijamas, e quem fazia camisetas e passou a produzir aventais para os hospitais, o que na macroeconomia é chamado de conversão.

Inovar é, também, conhecer a atualizar esse conhecimento constantemente sobre as necessidades do público. Hoje, um dos principais parceiros da Rede Mulher Empreendedora é o Itaú Unibanco, por meio do programa Mulher Empreendedora Itaú.

A meta do banco era fornecer 11 bilhões de reais em crédito para pequenas empreendedoras até 2025. Essa meta foi batida em 2021, e agora a ideia é que sejam oferecidos aos menos 17,8 bilhões de reais em créditos para elas.

Segundo Luciana Barroso, gerente de relações institucionais do Itaú Unibanco, o programa oferece ainda mentoria e capacitação para essas mulheres, mas é na troca entre elas e a instituição que está uma das potências do projeto.

Troca entre as mulheres e o Itaú Unibanco é uma grande potência, ressalta Luciana Barroso (Crédito: Divulgação)

“Hoje trabalhamos muito a conexão entre o saber dessas mulheres, as trocas que ocorrem dentro do programa com elas, com o nosso setor de desenvolvimento de produtos. As necessidades delas são outras, e é preciso trazê-las para dentro. Há um mercado enorme que pode ser desperdiçado se ouvirmos mal a empreendedora”, afirma Luciana.

Digitalização 

Na outra ponta, se empreender para a mulher ainda é a maneira de solucionar o desemprego e a falta de oportunidades, isso significa dizer que o acesso dessa mulher, muitas vezes empobrecida, a internet e a smartphones ainda é ruim. E, mais: ainda que haja acesso, falta entender as melhores formas de fazer uso das ferramentas disponíveis.

Em todas as organizações citadas aqui, há capacitação para um uso consistente dos recursos digitais. E a verdade é que elas aderem sempre que podem. No Itaú, há também a plataforma Itaú Meu Negócio, onde qualquer pessoa, com CPNJ ou não, pode se inscrever para acessar conteúdo sobre empreendedorismo, e as mulheres gabaritaram.

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