IA dá superpoderes, e para voar é preciso aprender a usá-los
Porque a pessoa que se recusa a aprender está, muitas vezes, se excluindo da próxima grande oportunidade

(Crédito: Shutterstock)
Se você estivesse presente quando a energia elétrica começou a ser implementada, escolheria continuar vivendo no escuro? Manteria a casa iluminada à base de velas, mesmo vendo o mundo acender ao seu redor? Optaria por se comunicar apenas por cartas ou por um telefone fixo preso à parede, mesmo com a internet abrindo portas para conexões instantâneas e ilimitadas?
Parece absurdo, mas é exatamente esse o tipo de escolha que muitos ainda estão fazendo agora.
Estamos vivendo uma virada não apenas tecnológica, mas estrutural. A inteligência artificial não é uma tendência passageira. Ela já transformou profundamente setores como saúde, finanças, atendimento ao cliente e logística. E segue avançando com velocidade exponencial. Ignorar esse movimento é como recusar a eletricidade, a internet ou o smartphone quando eles surgiram. É se colocar, por escolha, fora do presente e, inevitavelmente, do futuro.
Na educação, isso é ainda mais evidente. A IA nos dá superpoderes. Não estamos falando de substituir professores ou automatizar o aprendizado. Estamos falando de amplificar capacidades humanas, acelerar descobertas, personalizar trajetórias e multiplicar o impacto no ensino e no trabalho.
Aqueles que souberem usar a IA como aliada não serão apenas mais produtivos, serão exponencialmente mais relevantes. Em um mundo onde a tecnologia já não é diferencial, mas pré-requisito, a decisão de adotar (ou ignorar) a IA é, em última instância, uma decisão sobre pertencer ou não à próxima era.
Portanto, a pergunta permanece: sabendo de tudo isso, por que você ainda escolheria ficar para trás?
Para líderes e recrutadores, isso já é um critério decisivo. Eu mesma não contrataria alguém hoje que não usa ou não quer usar IA. 66% dos líderes te diriam “não” em uma oportunidade hoje por essa condição. 71% dos executivos preferem candidatos que dominam IA, mesmo que tenham menos experiência.
A pessoa que se recusa a aprender está, muitas vezes, se autoexcluindo da próxima grande oportunidade. Apesar de muitas pessoas a verem como uma vilã, ela já se mostrou muito mais como uma aliada.
Na Rocketseat, observamos efeitos concretos desse poder: estudantes que utilizam IA avançam até 3 vezes mais rápido, colocando em prática conceitos técnicos em dias, o que geralmente levaria semanas.
Esses “superpoderes” são interligados, na minha avaliação:
- Velocidade: tarefas que levariam horas são resolvidas em minutos.
- Escala: processos repetitivos são automatizados, sem perder qualidade.
- Eficiência criativa: a IA reduz o esforço manual, liberando espaço para inovação.
- Relevância de mercado: ser fluente em IA agora é critério de seleção e evolução de carreira.
Mas potência sem domínio é risco. Não basta estar próximo dessas ferramentas, é preciso usar com propósito. É por isso que, na Rocketseat, nosso papel vai além: ensinamos a utilizá-la para transformar carreiras, negócios e processos de aprendizagem.
Esses princípios refletem como vejo meu papel como líder: inspirar e capacitar, mas também oferecer caminhos concretos para quem quer protagonizar. Porque não se trata apenas de dados: trata-se de pessoas. Aquelas que transformam orgulho e resistência em curiosidade e evolução. Aquelas que enxergam na IA o que ela é de fato: uma alavanca para quem quer construir algo maior.
Por isso, deixo um convite: se você está começando na sua carreira, coloque a IA no seu currículo, nos seus projetos e no seu estudo. Se já faz parte do mercado, atualize-se e seja intencional, para não ser substituído por quem dominou antes.
E uma provocação: a inteligência artificial já está escolhendo seus aliados. Você está pronto para ser um deles?