Vivenda do Camarão mira o exterior

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Vivenda do Camarão mira o exterior

A rede entra em uma nova fase de negócio com a proposta de se tornar sinônimo de frutos do mar e diversificar suas fontes de receita


6 de julho de 2016 - 8h26

Fernando Perri, CEO da Vivenda do Camarão

Fernando Perri, CEO da Vivenda do Camarão (crédito: divulgação)

Principal rede de frutos do mar do País, a Vivenda do Camarão teve um início curioso. Seu fundador, Fernando Perri, fazia importação de máquinas copiadoras na década de 1980 quando se viu obrigado a exportar algum produto para manter suas cotas de importação. Ouviu que a exportação de camarão poderia ser um bom negócio, e decidiu investir. No entanto, suas cotas foram suspensas e, ao fechar sua empresa, ficou com um contêiner lotado de camarão. A solução encontrada foi criar um restaurante. Com a promessa de oferecer o melhor camarão do Brasil a um preço justo, como dizia uma faixa na fachada, surgiu, em 12 de junho de 1984, no bairro de Moema, em São Paulo, o primeiro restaurante da rede. Filas se formaram na porta no dia da inauguração, mas um problema com a energia elétrica transformou a noite num fracasso. Mas uma semana depois o restaurante reabriu e iniciou a trajetória de sucesso da empresa.

Mais de três décadas depois, a Vivenda do Camarão entra em uma nova fase de negócio. Com a proposta de se tornar sinônimo de frutos do mar e diversificar suas fontes de receita, a companhia tem investido em novas frentes, como franquias na Europa e na Ásia, linha de produtos congelados para o Brasil e o exterior, e-commerce e a importação de peixes e frutos do mar de Alasca, Chile, China e Peru, dentre outros mercados, para a venda no atacado. “A importação e venda está se tornando um grande negócio e tem potencial de ser maior que a rede Vivenda do Camarão”, afirma Perri.

Além das vendas no atacado, que começaram há pouco mais de três meses, a abertura de lojas no exterior é outro vetor de crescimento. Em 21 de junho o máster franqueado de Portugal inaugurou sua quarta loja no país — todas na capital Lisboa — em três meses de operação. O objetivo é ter 25 unidades em cinco anos em Portugal e, a partir de 2017, entrar em novos mercados da zona do euro. Mas o próximo destino da Shrimp House, marca internacional da rede, será a China.

“Temos a expectativa de abrir a primeira loja ainda neste ano. O parceiro chinês tem apoio político, foi embaixador no Brasil, e fala português. Ele nos ajudará a desenvolver um máster franqueado a cada província. A ideia é ter 16 máster franqueados”, projeta Perri. As 116 lojas próprias e 44 franquias da Vivenda do Camarão no Brasil representam atualmente mais de 85% do faturamento anual da empresa, que é R$ 200 milhões. Mas a expectativa é de que a participação das novas frentes de negócios represente 50% da receita em breve. “Principalmente se fecharmos com a China”, projeta o fundador.

A linha de produtos congelados, lançada há cinco anos, também está no plano de expansão internacional. Os itens já são comercializados em redes voltadas para o público latino nos Estados Unidos e em lojas para brasileiros no Japão. No Brasil, eles são vendidos em supermercados e no e-commerce Vivenda do Camarão em Casa. Os itens também fazem parte do projeto de microfranquias lançado em 2015. A empresa já tem 40 contratos assinados, mas nem todos em operação. O objetivo é chegar a 100 no ano que vem e começar a investir em comunicação.

Reportagem publicada na edição 1717 de 4 de julho, exclusivamente para assinantes do Meio & Mensagem, disponível nas versões impressa e para tablets iOS e Android.

 

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