Agências preparam guia de boas práticas para premiações
Lideranças de grandes agências se uniram para redefinir a atuação das empresas criativas em premiações
Crise deflagrada no Cannes Lions mobiliza indústria publicitária brasileira (Crédito: Shutterstock)
Após a crise enfrentada na edição deste ano do Cannes Lions, que culminou na cassação e devolução de troféus da DM9, além da desconfiança em relação à veracidade de cases de outras empresas, lideranças de grandes agências brasileiras se uniram para tentar redefinir a atuação das empresas criativas em premiações.
Em conversas que vêm sendo realizadas nas últimas semanas, dirigentes de agências, em conjunto com a Abap — Espaço de Articulação Coletiva do Ecossistema Publicitário, vêm elaborando um guia de boas práticas que deverá orientar as inscrições e participações das agências em premiações nacionais e internacionais.
O material será apresentado em breve. Após a edição de 2025, a organização do Cannes Lions divulgou um documento, denominado Novo Padrão Global de Integridade Criativa.
Segundo a organização do Cannes Lions, houve uma completa revisão nas regras do festival para garantir “responsabilidade, rigor e confiança”, motivada por “preocupações coletivas em torno da manipulação, da mídia sintética e do uso de IA”.
A partir de 2026, todas as inscrições no Festival Internacional de Criatividade estarão sujeitas a novas medidas de responsabilização e padrões de integridade.
Para garantir a nova regra de Propriedade e Autoria, toda inscrição, incluindo os videocases, deverá ser aprovada pelo líder de negócios da empresa participante e por um profissional de marketing sênior da marca contratante.
O segundo tópico se refere a Veracidade das Informações. Para isso, o festival promete um sistema rigoroso de verificação de fatos em duas camadas, combinando checagens manuais com análises conduzidas por IA para questionar a veracidade das informações constantes em cada inscrição.
As Consequências da Fraude são o terceiro quesito do Novo Padrão e dizem que o Cannes Lions poderá desqualificar ou retirar qualquer inscrição, em qualquer fase do, inclusive após a premiação, caso seja constatada falsidade ideológica. Estabelece também sanções por má conduta deliberada: empresas que apresentarem intencionalmente trabalhos falsos ou enganosos poderão ser banidas da participação por até 3 anos.
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