Chueri: “ajudamos o mercado a evoluir da compra de mídia para modelo contemporâneo”
Presidente da independente Ampfy, André Chueri fala sobre os avanços da agência em novos negócios e modelo de trabalho
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Isabella Lessa
3 de maio de 2023 - 12h28
Há 12 anos, quando iniciou atividades, a Ampfy era uma agência bastante diferente do que é hoje: nasceu com a premissa de atender às demandas das marcas nas redes sociais, algo que, hoje, todas as agências devem estar preparadas para fazer.
Com a dissolução das fronteiras entre online e off-line, o escritório, que na época figurava entre o que se chamava de agências nativas digitais, foi amplificando as entregas e, há dois anos, estreou no ranking de novos negócios publicado anualmente por Meio & Mensagem.
No ranking publicado em 2022, com dados referentes a 2021, a agência ocupou o sexto lugar, posição que manteve na compilação deste ano, com dados de 2022.
Ao longo do ano passado, a agência conquistou seis novas contas: assumiu a área de UX de Bradesco; o hub de conteúdo digital e performance de Bauducco; da Dr. Oetker (ex-SunsetDDB); de Alelo e Veloe, da Elopar (ex-BETC Havas); de Ruffles, da Elma Chips (ex-AKQA); e o marketing digital de Piracanjuba (ex-Riot).
Nesta entrevista, André Chueri, presidente da Ampfy, comenta fala sobre o crescimento da agência, disciplinas em ascensão e modelo de trabalho:
Meio & Mensagem – A que você atribui a ascensão da Ampfy nas duas últimas edições do ranking do M&M? Quais foram as principais conquistas de negócios no ano passado e neste começo de ano?
André Chueri – Atribuímos à crescente necessidade dos anunciantes por atuar com agências parceiras que tenham boa fluência em todas as disciplinas do digital (além da propaganda) e que também tenham capacidade de liderar suas estratégias de comunicação integrada. Acreditamos que estamos ajudando o mercado a evoluir de um modelo baseado em compra e volume de mídia; para um modelo mais contemporâneo, baseado na geração de valor para todo o ecossistema do negócio do cliente. Não à toa, nas últimas edições da pesquisa Agency Scope, também figuramos como a agência que mais entrega ROI unindo estratégia, criatividade e mídia – tudo isso sem abrir mão da transparência nas relações comerciais.
M&M – Muitas agências têm investido na estruturação de áreas em ascensão, como commerce, games e IA. Qual é a abordagem da Ampfy sobre isso?
Chueri – A história da Ampfy é pautada por inovação contínua. Nossa vocação sempre foi de adotar o que existe de mais contemporâneo em tecnologia, pesquisas, tendências de comportamento de consumo e plataformas. Games, commerce, IA, já foram sendo integrados ao nosso trabalho nos últimos tempos, em todas as áreas. Buscando continuamente que o entendimento das plataformas e tecnologias seja difundido por toda a agência e não apenas em uma determinada área específica. Os nossos trabalhos para Outback nas diferentes edições da CCXP formam um ótimo exemplo de como, ano a ano, atuamos de maneira inteligente no universo dos games. Outro bom exemplo foram os nossos investimentos na estruturação das equipes de CX/UX/UI para apoiar a transformação digital de nossos clientes.
M&M – A cultura das agências vem sendo assunto de debate há tempos, mas ganhou novos contornos com a adoção de novos modelos de trabalho. Como a agência trabalha hoje e quais são os mecanismos para manter uma cultura sólida?
Chueri – Há quase 12 anos, fundamos a Ampfy tendo como premissa criar uma cultura que fosse o oposto das relações tóxicas que existiam e infelizmente ainda existem em nosso mercado. Somos entusiastas e otimistas de que é possível criar um modelo diferente: mais leve, horizontal, que permita às pessoas terem voz, respeito e a ajudar a agência a sempre evoluir – sem as barreiras hierárquicas, sem a burocracia que trava, atrasa e bloqueia as mudanças. Um bom exemplo, foi o nosso processo colaborativo de definição da nossa nova rotina no mundo pós-pandemia. Todo o time ajudou a construir o modelo que batizamos de 3Cs – cultura, colaboração e celebração – que permite que os gestores junto com suas respectivas equipes decidam quando se encontrarão presencialmente, caso necessário. Não existe uma obrigatoriedade com dias pré-definidos para as pessoas irem à agência. E quando temos algum evento que faça parte de algum dos 3Cs, incentivamos as pessoas a irem na agência. Por exemplo, quando fazemos nosso All Hands mensal. É um momento de celebrarmos as conquistas, as pessoas que chegaram, os trabalhos que fizemos, de atualizarmos o time sobre a estratégia da agência, entre vários outros temas. Como hoje aproximadamente 20% das pessoas moram fora da Grande São Paulo, o All Hands também é transmitido online para que todo time possa participar. Transparência total. Historicamente, várias questões internas de recursos humanos e cultura como essa foram melhoradas através deste diálogo franco que temos com os times. Também realizamos com um parceiro independente uma pesquisa anual de Clima Organizacional. Para nossa felicidade os índices de satisfação das pessoas em trabalhar na agência e indicar para seus amigos e amigas são exemplares – quase chegam a 100%.
M&M – O background de agência digital desafiou a Ampfy à medida em que as fronteiras entre digital e off-line deixaram de fazer sentido? Como a agência fez para manter a relevância ao longo dos anos?
Chueri – Mais do que desafiar a Ampfy, acabou nos favorecendo bastante. Ser um porto seguro de toda jornada digital é uma premissa do nosso trabalho na agência. Para isso, estudamos e dedicamos muito tempo no entendimento de jornadas e ecossistemas, que são cada vez mais complexos: e-commerce, games, CX, analytics, trade digital, games, IA, voz, entre muitos outros. Que essas fronteiras entre o digital e off-line deixariam de fazer sentido era um caminho sem volta. Que o share de investimento em digital cresceria muito acima dos outros meios, idem. Com isso, o que faria mais sentido para os anunciantes? Concentrar seus investimentos de comunicação numa agência com DNA digital capaz de fazer comunicação integrada ou o oposto? Naturalmente a opção de concentrar numa agência com DNA digital tem feito muito mais sentido. E isso acabou posicionando a Ampfy como a agência líder (ou integrada) para a maioria dos nossos clientes. Evidente que tivemos que investir em mais pesquisas, mais ferramentas, mais pessoas, evoluir nossos processos e com isso garantir que não perderíamos nossa essência de digital e ao mesmo tempo estivéssemos preparados para entregar um nível de serviço igual (e superior) que estes anunciantes tinham com suas agências de comunicação off-line. Os resultados são excelentes, e figuramos como a agência número #1 (dentre todas do mercado) no Agency Scope em satisfação dos clientes é um indicador que estamos no caminho certo. Ainda temos muito a melhorar e evoluir, mas isso também é uma premissa em quem está disposto a fazer diferente, como nós estamos.
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