Após queixas do mercado, BRF cancela concorrência
Processo realizado em formato de leilão reverso homologaria agências de live marketing para futuros trabalhos e previa o pagamento das empresas em 90 dias
Após queixas do mercado, BRF cancela concorrência
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Teresa Levin
12 de maio de 2020 - 19h05
A concorrência da BRF que definiria agências para realizarem futuros trabalhos de live marketing foi cancelada pelo anunciante. O processo que estava sendo desenvolvido na forma de leilão reverso previa o pagamento dos fornecedores em um prazo de 90 dias. Os dois fatores causaram uma repercussão negativa junto ao mercado que vem se mobilizando para questionar práticas que considera predatórias para o segmento, historicamente, mas, principalmente em um período de crise como o enfrentado agora por conta da pandemia da Covid-19.
O imbróglio envolvendo o processo da BRF ganhou foco quando um post do CEO Global da multinacional Lourival Luz no LinkedIn foi inundado de críticas de representantes do mercado. Na postagem, ele comemorava resultados do ano passado e comunicava doações da empresa, mas o espaço acabou sendo palco de questionamentos, não só o formato da concorrência que estava em curso, mas também em relação ao prazo de pagamento previsto para os fornecedores.Procurada pela reportagem do Meio & Mensagem, na ocasião a BRF informou que já vinha implementando a modalidade de leilões eletrônicos na área de Suprimentos, por ser uma prática que assegura a transparência e a livre concorrência. No texto, a empresa ressaltou que o leilão eletrônico é uma das etapas do processo, que também inclui avaliação técnica de cada fornecedor participante. “Todo o processo é realizado com regras e condições preestabelecidas e claras, que são comunicadas aos participantes desde o início do leilão”, apontou.
Estas e outra práticas do mercado de live marketing geraram um movimento do segmento liderado pela Associação de Marketing Promocional (Ampro). Intitulado #jobEntreguejobPago, ele pede uma mudança definitiva nas condições de contratação das agências do segmento por parte dos clientes e conta com a adesão e o apoio da Associação Brasileira de Agências de Publicidade (Abap) e da Federação Nacional de Agências de Propaganda (Fenapro). A realização de concorrências não remuneradas e contratos sem garantias também estão entre as práticas questionadas pelo setor.
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