Conar julga e absolve campanha da Volkswagen com Elis Regina

Bárbara Sacchitiello
23 de agosto de 2023 - 8h43

Crédito: Reprodução

Um mês e meio depois de ter aberto representação, o Conselho de Autorregulamentação Publicitária (Conar) julgou a campanha da Volkswagen, que trouxe a cantora Elis Regina, recriada por inteligência artificial, cantando junto de sua filha, Maria Rita.

No dia 10 de julho, o Conar abriu representação para o caso a partir de reclamações feitas por consumidores, que questionavam sobre uma possível falta de ética no uso de ferramentas tecnológicas e inteligência artificial para trazer uma pessoa falecida de volta à vida, como aconteceu na campanha.

A avaliação do Conar sobre a campanha com Elis Regina

Em sessão virtual realizada nessa terça-feira, 22, o Conselho de Ética do Conar avaliou os argumentos dos consumidores, bem como as defesas apresentadas pela Volkswagen e pela AlmapBBDO, agência responsável pela criação da campanha.

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Ao todo, 21 membros da câmara do Conar participaram do julgamento, que considerou não existir irregularidade ou qualquer infração ao código de ética por parte da agência ou do anunciante.

“O colegiado considerou, por unanimidade, improcedente o questionamento de desrespeito à figura da artista, uma vez que o uso da sua imagem foi feito mediante consentimento dos herdeiros e observando que Elis aparece fazendo algo que fazia em vida.”, declarou o Conar, em nota oficial sobre o julgamento da representação.”

Com o arquivamento da denúncia, a Volkswagen e a AlmapBBDO podem manter a campanha no ar, seja em veículos de mídia ou nas redes sociais, sem precisar realizar qualquer alteração.

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A campanha gerou diversos comentários e provocou reações distintas nas redes sociais ao mostrar a recriação da imagem de Elis Regina, que faleceu em 1982. Muitas pessoas elogiaram a iniciativa e a consideraram uma homenagem ao talento da artista, enquanto outras criticaram o uso da tecnologia para fins publicitários.

Para recriar a imagem de Elis Regina, a agência AlmapBBO fez uso de uma tecnologia que mapeou milhares de fotos e vídeos da cantora. A partir desse banco de dados das feições, as características do rosto de Elis foram sobrepostos ao rosto de uma atriz, que participou do comercial.