Grupo In Press reestrutura modelo operacional e muda lideranças
Companhia cria diretorias executivas especializadas; Kiki Moretti assume a presidência do conselho e Roberta Machado se torna presidente-executiva do grupo
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Caio Fulgêncio
9 de dezembro de 2024 - 6h15
Kiki Moretti, fundadora e presidente do conselho (ao centro) e Roberta Machado, presidente-executiva do grupo, com as lideranças (Crédito: Divulgação/Julio Cesar Soares)
Com o objetivo de potenciar as estratégias de crescimento, o Grupo In Press realiza um processo profundo de reestruturação operacional, o que inclui mudanças na liderança executiva de suas empresas. Assim, a ideia é evoluir o que chama de “modelo de ecossistema”, implementado em 2014, quando o Omnicom se tornou sócio da companhia brasileira.
Entre as principais alterações, Kiki Moretti, fundadora do grupo, deixa a cadeira de CEO e assume a presidência do conselho. Dessa forma, a executiva passará a ocupar uma função mais estratégica com foco na expansão. Isso inclui, segundo ela, a busca de oportunidades de negócio, aquisições, parcerias e incremento de novos serviços.
A presidência-executiva do grupo ficará com Roberta Machado, que, nos últimos sete anos esteve à frente da InPress Porter Novelli, uma das agências de relações públicas da organização. Então, para o lugar dela, chega à operação Rodrigo Pinotti, que liderou a Giusti, do Grupo FSB, durante cinco anos. Ana Domingues segue como CEO da FleishmanHillard.
Além da agência InPress, o grupo conta com a FleishmanHillard e Brodeur Partners, também de RP; Vbrand (projetos audiovisuais de branded entertainment); Critical Mass (mídia e UX); e The Buzz Now (marketing de influência e marketing de conteúdo). Também é sócio da Oficina Consultoria, de Public Affairs, e da Dialog, HR tech.
“O mercado de comunicação vem passando por transformações aceleradas que exigem das agências senioridade e uma estrutura que consiga, de fato, entregar estratégia integrada, assertiva e criativa. Por isso, vamos fazer a integração de serviços especializados”, pontua Kiki.
As agências que compõem o In Press, na prática, seguirão atuando no mercado de maneira independente. Porém, o grupo passa absorver aspectos gerais na gestão, abrindo espaço para que os CEOs se aproximem ainda mais dos seus clientes. Além disso, houve a criação de diretorias executivas especializadas que servirão a todo o ecossistema.
Uma delas é negócios & mercado, cuja liderança ficará com Lorenzo Mendonza, ex-Accenture Song, que acaba de chegar à companhia. As outras diretorias são produtos & serviços, com Thaís Szpigel; métodos & processos, com Camila Alvarenga; administrativo/financeiro, com Soraya Segantim; pessoas & cultura, com Sheila Farah; e experiência do cliente, com Silvia Szarf.
“De fato, o que muda é que vamos operar em um modelo em que todas as especialidades estarão a serviço para que cada núcleo de atendimento tenha todos os serviços. Hoje, o cliente ‘compra’ pessoas e queremos entregar um serviço integrado”, acrescenta a executiva.
A nova presidente do grupo, acrescenta que, com a estruturação, será possível entregar visão integrada de comunicação, com estratégia, criatividade e resultados de negócios. “O grande benefício para o cliente é um time multidisciplinar com a visão focada em tudo isso”.
“Temos uma experiência reconhecida na parte de prevenção e gestão de crise e gestão de temas e setores críticos. Agora, tudo isso será integrado, conforme a necessidade”, complementa. Internamente, haverá a formação de comitês de inovação e de desenvolvimento das equipes.
Roberta ressalta que tecnologia será um dos principais pilares de crescimento nesse novo momento. “Do ponto de vista interno, falamos muito sobre eficiência para o cliente. Já temos investido em ferramentas e inteligência artificial. Agora, vamos intensificar isso tanto em prol de um trabalho mais fluído quanto para a criação de novos produtos”, comenta.
Juntamente a isso, marketing de influência, relações no âmbito das esferas de poder, gestão de temas sensíveis, advocacy (conjunto de ações para influenciar políticas públicas) e emergência climática também são áreas que receberão investimentos em 2025.
Kiki ressalta que 2024 foi um ano de “olhar para dentro” e organizar a restruturação da companhia. A estimativa é que o grupo termine o ano com um crescimento orgânico ao redor de 10%, tendo em vista não houve nenhuma grande compra ou inclusão de serviços.
“No ano que vem, o objetivo é, de fato, fazer aquisições, não necessariamente de empresas que vão trazer receita, mas que vão ajudar nossas ofertas a ficarem mais robustas. Além disso, queremos atrair profissionais nesse modelo integrado”, revela.
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