O retrato dos grandes grupos no 3º tri
Saiba quais são as principais preocupações de WPP, Omnicom, Publicis, Interpublic, Aegis e Havas
Saiba quais são as principais preocupações de WPP, Omnicom, Publicis, Interpublic, Aegis e Havas
Felipe Turlao
4 de novembro de 2011 - 12h47
A divulgação dos resultados dos grandes grupos da publicidade mundial neste terceiro trimestre trouxe consigo suas principais preocupações. O WPP, por exemplo, teme o que pode ocorrer em 2013 e considera o mercado brasileiro “sobrevalorizado”. O Publicis se preocupa com a decisão da Dentsu sobre a venda ou não das ações que detém na holding francesa no ano que vem. E o Aegis concluiu a venda da Synovate, o que lhe confere uma cara mais especializada em compra de mídia e digital.
Confira abaixo alguns detalhes dos balanços de cada grupo e quais são as principais questões com as quais eles terão que lidar nos próximos meses e anos (Entre parênteses, as principais redes com atuação no Brasil).
WPP (JWT, Grey, Y&R):
O WPP reportou crescimento de receitas de 9% no terceiro trimestre de 2011, atingindo US$ 3,95 bilhões. Mas o crescimento orgânico, que exclui efeitos de variações cambiais e aquisições, foi de 4,7%, inferior aos 6,7% do primeiro trimestre e aos 5,6% do segundo. O maior crescimento de receitas veio do grupo de países do BRIC – com alta de 19%. Segundo Martin Sorrell, CEO do WPP, a política de aquisições da empresa está focada em pequenas e médias empresas de mercados emergentes, novas mídias e pesquisa. No entanto, ele observa que o mercado brasileiro especificamente parece estar “sobrevalorizado”. O executivo também disse que tem mais preocupações com o mercado no ano de 2013 do que no ano que vem, quando ocorrem eventos como as Eleições nos Estados Unidos e Jogos Olímpicos de Londres.
Omnicom (BBDO, DDB, TBWA):
O Omnicom teve alta de 12,9% nas receitas do terceiro trimestre, atingindo US$ 3,38 bilhões. Não foram exibidos os resultados orgânicos, que excluem variação cambial e aquisições. Boa parte do crescimento foi guiado pelos países emergentes, na contramão do rendimento do mercado norte-americano. Fora dos Estados Unidos, o grupo cresceu 21,8%, enquanto em sua terra a alta foi mais discreta: 5,3%. O grande objetivo financeiro do Omnicom é atingir as margens de lucro de antes da recessão de 2008 já no ano que vem.
Publicis (Publicis, Leo Burnett, Saatchi&Saatchi, Vivaki):
O Publicis Groupe teve alta de 6,4% em suas receitas orgânicas, atingindo US$ 1,9 bilhão em receitas. A América Latina apresentou o maior crescimento, com 13,1%, seguida por China,. Com 10,1% e Índia, com 10,4%. O destaque foi o digital, que já responde por 30,2% do total de receitas, contra 31% de publicidaed, 19% de mídia. Os mercados emergentes – no qual está incluído o Brasil, representa 23,7% do total. As grandes questões que afetam o Publicis são a concorrência global pela conta de mídia de US$ 3 bilhões da General Motors, que pode deixar a holding, e a relação com a Dentsu, que é sua maior acionista com 11,2% das ações. Em 2012, expira o acordo entre os dois e os japoneses poderão vender suas ações.
Interpublic (DraftFCB, Lowe, McCann):
O Interpublic teve um grande impacto em seu lucro neste trimestre, que foi quatro vezes maior do que o do mesmo período no ano passado, atingindo US$ 208 milhões. A razão foi a venda das ações que ele detinha no Facebook. As receitas do grupo atingiram US$ 1,73 bilhão no terceiro trimestre, alta de 11,6%. Cerca de 60% das receitas são da América do Norte, sendo que os Estados Unidos demonstraram alta de 10%. O CEO Michael Roth elogiou as agências digitais – especialmente R/GA e Huge (as duas têm operação no Brasil). A holding teve despesas altas muito por conta da perda da conta de SC Johnson, que estava na DraftFCB.
Aegis (Isobar):
O Aegis teve crescimento orgânico de 11,2% no terceiro trimestre, graças aos novos negócios na América do Norte. As receitas subiram 26%, mais do que todas as outras holdings, e excluem os resultados da Synovate, que foi vendida para a Ipsos por US$ 840 milhões. A negociação significou uma mudança estratégica, já que o grupo ficou focado somente em compra de mídia e comunicação digital. Sobre o Brasil, a operação “teve boa performance”, afirmou o grupo.
Havas (EuroRSCG, HVS):
O Havas atingiu um crescimento orgânico de 7,5%, o que representou seu melhor resultado nos últimos três anos. As receitas saltaram 5%, para US$ 542 milhões no período. A estratégia de crescimento do grupo está tanto em aquisições quanto na criação de startups e da micro-rede Arnold Worldwide. Sua maior operação continua sendo a Euro RSCG, que abriu o braço BETC Euro RSCG, que terá um escritório no Brasil em breve.
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