WMcCann foi a agência que mais trabalhou com diretoras de cena em 2023

Meio & Mensagem
11 de abril de 2024 - 10h44

De acordo com a edição de 2023 do relatório Free The Work, a WMcCann foi a agência que mais contratou filmes dirigidos por mulheres em 2023.

A agência foi responsável por 15,1% do total de trabalhos do tipo contratados. Talent, Suno Paim, Soko e Africa aparecem na sequência, empatadas com 13,2% de menções.

(Crédito: guruXOX\Adobestock)

Em 2022, a liderança era ocupada em empate pela Publicis, Suno e Gut. Em nota, Mariana Youssef, embaixadora do FreeTheWork no Brasil, comenta: “Não me surpreende que hoje uma agência liderada por uma mulher seja a agência que mais dá espaço às mulheres na Direção. Isso só reflete a importância da presença feminina empoderada em posições de liderança para que possamos avançar nessa agenda de diversidade e inclusão”.

O levantamento levou em consideração mais de 50 respostas de diretoras que fazem parte do movimento. A análise abrangeu informações sobre faturamento, diversidade e sentimento sobre equidade de gênero no mercado.

Já entre as agências que mais orçaram com diretoras mulheres no ano passado, aparecem Soko (23%), Publicis (18%)  e WMcCann (17%).

Apesar dos números referentes à agências, a quantidade de diretoras representadas por uma produtora audiovisual caiu. Em 2022, o dado era de 91%, contra 82% no ano passado.

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Dados inéditos

Essa é a primeira edição que o levantamento aborda dados  demográficos étnico-racial das profissionais. A maior parte das diretoras (89%) são brancas. Apenas 7% são negras, e a origem afro-indígena e amarela representa 2% cada da amostra.

Já no que diz respeito ao faturamento, 32,1% disseram ter faturado até R$ 1 milhão. Já 9,5% delas apontaram um faturamento menor que R$ 1 milhão e 7,5% não faturaram nada durante o ano. Só 3,8% das diretoras ganharam até R$ 9 milhões e 3,8% não souberam responder.

Segmentos de produção

O relatório indica que as categorias mais dirigidas pelas diretoras seguem iguais aos de 2022. Beauty/fashion lidera, com 54,7% das produções. Já lifestyle aparece em segundo com 39,6%. A terceira posição foi, diferente do ano anterior, ocupada por storytelling (32,1%).

Além disso, enquanto 74% disseram trabalhar com temas aleatórios, 26% afirmaram atuar com temáticas voltadas para o ativismo, diversidade e representatividade.