Setor de eventos se une para plano de retomada

Buscar

Setor de eventos se une para plano de retomada

Buscar
Publicidade

Comunicação

Setor de eventos se une para plano de retomada

Movimento Go Live Brasil, inspirado em ação de mesmo nome no exterior, busca definição de protocolos; Rio terá drive-in ainda este mês


19 de maio de 2020 - 10h47

Dream Parks, projeto da Dream Factory, deverá começar em julho e irá para oito cidades (Crédito: Divulgação)

Sucesso no país no século passado, os drive-ins estão aparecendo como um primeiro passo para a retomada de projetos do segmento de eventos no mercado nacional. Mas, desta vez, indo além dos cinemas, com shows e apresentações de DJs, eles começam a ser realidade em alguns países como Dinamarca, Noruega e Alemanha. No Brasil, o projeto LoveCine, da Party Industry, começará este mês, no dia 28, ocupando o estacionamento da Jeunesse Arena, no Rio de Janeiro. Com uma série de protocolos rígidos, como um distanciamento de 1,5 m entre os carros e som disponível apenas dentro dos veículos, ele marca um novo momento do mercado de eventos. Empresários, entidades e governos já estudam regras para a volta destas atividades ao fim do isolamento social, prevendo novos comportamentos exigidos por conta das medidas de segurança e sanitárias necessárias para evitar a contaminação pelo novo coronavírus.

“Será uma ação de um mês. Como é o primeiro projeto do tipo aqui, a ideia é que seja um modelo para outros”, conta André Barros, sócio-diretor da Party Industry. O LoveCine envolverá eventos de quatro horas de duração, de quinta à domingo, com atrações antes e depois dos filmes, e noites temáticas. A Dream Factory também desenvolveu uma iniciativa que envolve o formato drive-in e começará, a princípio, em julho. Intitulada Dream Parks, ela acontecerá em oito cidades, entre elas, Rio de Janeiro, São Paulo, Belo Horizonte, Porto Alegre, Recife e Fortaleza. A empresa busca parceiros regionais para o projeto; no Sul, o Grupo Opus já se associou à agência para desenvolver o Dream Park, enquanto no Nordeste a Carvalheira será parceira e em Belo Horizonte o Grupo NaSala.

Claudio Romano, CEO da Dream Factory, conta que os drive-ins serão montados em áreas de 10 mil m2, para respeitar o espaçamento entre os carros e para comportar entre 100 e 150 veículos. “Estimamos três meses de projeto, é algo para ser feito antes da retomada completa, quando as pessoas poderão frequentar casas de shows, salas de cinema etc. Será como um trampolim”, fala. A agência está negociando com empresas de conteúdo para definir a programação, mas a ideia é que o evento vá além de sessões de cinema. Claudio acrescenta que o setor tem ciência de que a retomada irá demorar,  mas que, visando este momento, grupos de trabalho já estão atuando em diversos mercados. “Junto com o poder público, para ajudar a colocar critérios, seguindo as orientações da Organização Mundial da Saúde (OMS)”, fala.

Go Live Brasil

Justamente pensando na elaboração de protocolos para a retomada do setor, o empresário Juan Pablo De Vera, CEO do Grupo R1, liderou o lançamento no Brasil do movimento Go Live Brasil, uma coalização de empresários e instituições inspirada no movimento Go Live Together, criado nos Estados Unidos. Este último, já conta com o apoio de mais de 600 associações e 1500 empresas do mundo inteiro. Entre as entidades que já integram a coalizão estão Abeoc, Abrace, Abrafesta, Apresenta, Ampro e Ubrafe. Segundo Juan, a iniciativa quer promover a união dos empresários e profissionais do setor para ajudar a divulgar os preparativos da retomada da indústria de eventos. “Também queremos auxiliar as empresas organizadoras, promotoras, produtoras e todos seus fornecedores a coordenar esforços comuns para uma retomada sustentável e segura, seguindo os protocolos sugeridos, quando as autoridades entenderem que é oportuno”, diz.

O projeto envolve três pilares: segurança, impacto e legislação. As entidades desenvolveram um Protocolo para a Retomada da Indústria de Eventos no Brasil, com base em protocolos da OMS e outras instituições nacionais e internacionais, que está sendo disponibilizado a autoridades governamentais. “Estudamos um protocolo sugerido para influenciar governos e ser um guia base para instituições como a Ampro”, diz Alexis Pagliarini, presidente da Ampro.

Publicidade

Compartilhe

Veja também

  • Mark Read, sobre WPP: “Esperamos ver crescimento no segundo semestre”

    Mark Read, sobre WPP: “Esperamos ver crescimento no segundo semestre”

    Holding encerra primeiro trimestre com queda de 1,6% na receita orgânica, resultado que estava, segundo o CEO, dentro do esperado

  • Banco Inter e Talent escalam Tatá Werneck como apresentadora de game show

    Banco Inter e Talent escalam Tatá Werneck como apresentadora de game show

    Agência estreia parceria com o anunciante em comunicação para destacar os serviços financeiros do aplicativo