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Ambiente de trabalho: mulheres, tomem o controle

Metade das empresas afirmam possuir compromisso com a diversidade de gênero


30 de novembro de 2016 - 8h24

(*) Por Maureen McCloskey, para o Advertising Age

De acordo com a recente publicação Women in the Workplace Study, conduzida pela LeanIn.Org e McKinsey & Company, 78% das empresas dizem que o compromisso com a diversidade de gênero é uma prioridade para os CEOs, o que significa um aumento em relação a 2012, quando apenas 56% das companhias colocavam essa iniciativa em primeiro plano. No entanto, menos da metade dos funcionários pensa que sua empresa está fazendo o que é preciso para melhorar a diversidade de gênero.

Mesmo com toda a atenção e com uma percentagem tão elevada de empresas comprometidas com o tópico, por que essa lacuna ao abordar o tema? Mais importante, o que nós podemos fazer para promover uma mudança que os funcionários possam acreditar?

Embora seja fácil falar que você está comprometido com a diversidade de gênero, colocar palavras em ações é algo completamente diferente. Como eu, muitas mulheres que ocupam os cargos de gerência de nível médio a sênior, têm grande parte do controle na formação da cultura da empresa. Passamos o tempo equilibrando as necessidades dos clientes internos e externos, orientando o dia a dia do trabalho, monitorando jovens talentos, resolvendo problemas complexos, enfrentando a música quando nós precisamos entregar más notícias, contratação, demissão, nos certificando de conhecer o KPIs e ganhando novos negócios. Como podemos usar nossas posições atuais para avançar, para implementar esses imperativos e para expor nossos compromissos com a diversidade de gênero?

Como um primeiro passo para criar a mudança que queremos ver, precisamos nos unir e forjar nossos próprios caminhos, aproveitando as posições que atualmente temos. Isso pode parecer difícil de fazer se os CEOs apenas desejarem ganhar caixa, mas, em solidariedade, nós podemos ajudar a moldar o que as empresas de amanhã serão.

Então, como podemos fazer isso, juntos, em 2017?

Comunicar valor e autoestima

Vamos cultivar ambientes, onde todos sintam que sua voz importa. Ouvindo e abrindo as linhas de comunicação, não só compreendendo os pontos fortes e as paixões de cada funcionário, mas também aumentando sua confiança — permitindo que eles sejam percebidos tal como são.

Deixe sua equipe saber que ela é importante para você e para a empresa, e que sua contribuição importa. Ao comunicar valor e autoestima, podemos construir culturas corporativas mais vibrantes.

As relações de mentor e mentorado vão em ambos os sentidos

Criar programas de tutoria, onde o pessoal sênior aconselha os funcionários mais jovens (e vice-versa) sobre uma variedade de tópicos pode impactar as pessoas profissionalmente e pessoalmente. A equipe de funcionários sênior pode aprender com a equipe mais jovem — seja sobre a próxima grande tendência da cultura pop ou sobre como navegar numa situação de cliente difícil. Se passamos mais tempo com nossos colegas de trabalho do que com nossas famílias (o que nós fazemos), temos que ajudar uns aos outros a navegar nas coisas dentro e fora do escritório.

Flexibilidade é a chave

Não confine as pessoas ao tempo ou às suas mesas. Nossas equipes têm paixões fora do trabalho e, se essas não estão sendo cumpridas, elas não são boas para nós dentro do trabalho. Gerentes e diretores precisam entender as necessidades pessoais de sua equipe fora do trabalho. Devemos ajudar a guiá-los na gestão do tempo e, alguns dias por semana, devemos ajudá-los a sair do escritório às 15h30.

Criar flexibilidade é fundamental para os pais que trabalham também. A dinâmica da família tem mudado, e assim deve ser o negócio. Sua carreira não deve acabar porque, agora, tem filhos. A valiosa experiência de paternidade traz uma infinidade de novas lições que se aplicam diretamente ao local de trabalho: paciência, compreensão, delegação, priorização e muito mais. Para aqueles que se preocupam se o trabalho não vai ser feito ou se as pessoas vão abusar da flexibilidade quando é oferecida — acreditem, eles não vão. Se você tem confiança mútua e um entendimento de que todos nós levamos nossas responsabilidades, seriamente, não há nada a temer.

Finalmente, para as mulheres que fazem parte do C-Level, lembre-se que estamos todos assistindo. Suas ações, suas palavras e suas plataformas são importantes. Lembre-se que a você tem sido dada uma oportunidade, e com essa oportunidade vem à responsabilidade de orientar a próxima geração. Aproxime-se de nós. Conecte-se conosco. Guie-nos. Estamos ansiosos, prontos, e — você já sabe disso, mas vale a pena ressaltar — estamos mais do que capazes de tomar um assento na mesa.

(*) Maureen McCloskey é diretora administrativa Kinetic Worldwide

Tradução: Victória Navarro

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